Som da semana: Funke'n'stein - That's Funk!!

Tuesday, December 30, 2008

2009 - Este ano é que vai ser!... com C.S.I. à mistura

Caros blogers, leitores casuais, curiosos, pesquisadores intencionais ou ocasionais, conhecidos, amigos e afins, quero desde já deixar o meu desejo de um Funktástico 2009 para todos. Sem hipocrisias. A sério! Mesmo, ok?! Porque faço minhas as palavras do grande Zé da Fruta: ESTE ANO É QUE VAI SER!
E se 2008 foi um ano bissexto, giro e tal, porreiro, passou-se..., como diz o mítico Roy Ayers ("Just things, and bees and flowers"- un hino ao funky lounge) 2009 vai ser "aquele" ano! É um feeling pessoal. Sim porque a profecia da desgraça proclamada por Sócrates nada me intimida, mas ainda me dá mais força pra dar a volta por cima. "Yes We Can!!!" Não vivo com o reflexo da política nem quero reger a minha vida pela conjectura que atravessamos mas confesso que me irrita solenemente. Para mim não passam de cromos com estatuto com recalcamentos de infância e origem no Cabo nas Tormentas, o bicho papão da nossa história que continua a provocar insónias a muita gentinha.
Também posso ser uma espécie de cromo, mas sou de uma onda bem mais positiva. E tu também és cromo(a)?! Se calhar também és e não sabes... Mas não há crise porque saber rir de nós próprios é uma grande terapia e há estudos que o comprovam. É com este espírito que deves enfrentar o Bicho Papão de 2009, sem medo e com o maior optimismo que conseguires reunir.
O velho 2008 foi um ano rico em cromos: os meus amigos, os meus colegas de trabalho, a minha família, os colegas de BTT, os cromos da TV (com um óscar para a Teresa Guilherme em Momento da Verdade, o programa mais decadente que já vi em Portugal), os cromos do governo (óscar para melhor filme de terror a Maria de Lurdes Rodrigues), os cromos da música (com uma menção honrosa da chunguice a Tony Carreira) e enche o Pavilhão Atlântico...sem comentários; entre outros. Para Barack Obama vai o óscar Funky!! Para bom entendedor meia palavra basta.
E é com cromos que me despeço, pois aqueles que me inspiram jogam todos em casa, na vila histórica de Mafra, que um dia certo escritor...já com uma grande viagem de elefante pelos caminhos da literatura, imortalizou em Memorial do Convento.
O DrFunkenstein irá continuar a dar cartas por esta paragens, com afunkalhanços à lá carte mas sempre em prol da filosofia Funkadélica. Em 2009 continuará uma nova saga de C.S.I. Mafra mas por estas bandas.
Feliz 2009, PORQUE ESTE ANO É QUE VAI SER!!...

E em 2009 não perder em TV Funkenstein :

C.S.I. Mafra - Cromos Sob Investigação


Thursday, December 18, 2008

Um Funky Natal para todos vós

O DrFunkenstein deseja a todos os um Funky Natal, cheio de brilhantina, lantejoulas, estrelas reluzentes, cor, bolas de espelhos e muito "groove" nos corações.
O Natal só faz sentido se houver alguma cena que ilumine a malta ao longo de um ano inteiro.
Não faz sentido ficarmos ofuscados com o brilho comercial do Natal apenas nesta época, se não houver algum brilhantismo individual em prol de alguma causa positiva ao longo de um ano inteiro.
Não faz sentido oferecer prendas se durante um ano inteiro não oferecemos sorrisos e empatias.
Não faz sentido ficar mais sensível agora se ao longo do ano fomos insensíveis.
Não faz sentido criar um ambiente especial se ao longo de um ano nunca se criaram ambientes especiais.
Para mim o Natal é todos os dias. Este ano tem um significado especial. Na minha vida existem 3 mulheres muito importantes (até nem é mau estar rodeado de mulheres...), e está para breve o dia de estreia de mais uma. O debut no palco da vida para a 4ª! Vai ser Especial esse dia de Natal apesar de não ser em Dezembro.
Aqui deixo um beijo muito especial para elas, que me vão contagiando todos os dias com o brilhozinho do Natal.
E nesta quadra natalícia deixo uma sugestão funky para preencher de boa música a época que atravessamos. "Funky Christmas" do lendário James Brown.




Saturday, November 1, 2008

Histórias de Vidas em Sketches (II)

Aqui deixo mais um sketch de inspiração hitchcokiana made por DrFunkenstein. Aterrorizem-se por favor...

O aviso

Era Domingo e a “família” estava reunida. Festejava-se mais um aniversário da matriarca do clã. Tinham combinado uma celebração de evocação à experiência e à sabedoria por mais um ano. Ao se encontrarem todos reunidos decidiram entrar. Um arrepio atravessou-me a espinha, como se de algo transcendente me quisesse dizer: Saiam!
Havia gente. Muita gente. Olhavam-nos de soslaio. Enquanto uns se refastelavam com a carnificina dos seres já inanimados, outros agoniavam enquanto eram encaminhados para a fila da tortura. O tempo era tortuoso e aguardava-nos sensações horríveis. Não consegui deixar de pensar no arrependimento que me invadia. Estúpido engano o nosso.
Mais alguns minutos eternos de espera até que aquela mulher nos faz o sinal. Éramos os próximos. Pensei que talvez fosse rápido, já não aguentava mais, apenas queria sair dali o mais rapidamente possível porque o cheiro era intenso, mas infelizmente aquele era um dia negro. Lá diz o dito: “Há dias de manhã, que um homem à tarde, não pode sai à noite.”
Fomos forçados a sentar-nos. 5 por metro quadrado como prisioneiros agrilhoados e apertados numa nau escravizadora do Portugal de outrora. O desconforto começara-se a sentir, os membros inferiores estavam como que acorrentados e os tóraxes começavam a sentir-se esmagados pela pressão à retaguarda por excesso de acomodações.
A mulher aproximou-se com cara de desprezo e deu-nos a escolher… Ah triste ironia, pois quem nos tinha escolhido tinham sido “Eles”.
Talvez pudesse ter sorte, mas não. Era uma autêntica roleta russa. As cartas estavam em cima da mesa e cada um aguardava com nervosismo o que irreversivelmente se poderia escolher naquele sítio horrendo, mesquinho e agoniante.
Observei os outros. Uma mulher já de meia-idade desconfortavelmente situada, visivelmente frustrada e arrependida por se ter deixado encontrar naquele lugar, olhava-me sofrida. Abanava a cabeça com um gesto de cumplicidade pela mesma desgraça pois partilhava connosco longos momentos de agonia. Entretanto, eis que alguém deixa cair dissimuladamente um bilhete em pedaço de papel gorduroso. Caiu-me no colo e quase como um reflexo fechei-o na minha mão. Fiquei apreensivo mas não me contive. Desenrolei o bilhete e dizia em letra trémula. «Saiam daqui agora. Ainda têm tempo. Isto não presta.» Fiquei perplexo e fitei os meus com ar de despreocupação. Fingi pois não lhes quis aumentar o pânico. Não mereciam nem mais um segundo de tortura.
O tempo consumia-se e mais dois idosos eram apanhados nas malhas daqueles velhacos e energúmenos. Fizeram-me pena, mas não havia nada a fazer…
Longos minutos depois, regressa a mulher do “Demo”. Traz consigo o que menos desejámos naquele sitio… Que seja rápido! – pensei. Só queria fugir dali e comigo levar os meus. Mas a tortura ainda não tinha acabado.
Ao abrir a boca uma sensação de frio e dureza atravessou-me o esófago, como se tivesse engolido um punhal. A insistência obrigou-me a repetir aquele gesto que se tornara um suplício até que finalmente e contrariando os carrascos, desisti.
Com um vazio no estômago e os olhos carregados de raiva, procurei outra saída. Desta vez um pouco menos agressiva. Com a faca tive que cortar. O desespero anestesiara-me e a dor psicológica era maior do que a impressão de espetar na carne. Cerrei os dentes e aguentei…
Já prestes a terminar aquele momento de tortura, consegui sair e com um pé fora da porta jurei a mim mesmo nunca mais me aproximar daquele sítio.

Tinha sido o pior bacalhau que já comera. Frio e duro, com cebola em cima para disfarçar a incompetência do cozinheiro. As batatas eram oleosas e escassas. Só a carne do lombo de porco mereceu uma pequena consideração. E o serviço…horrível. Uma mulher mal encarada com sotaque de leste e desajeitada com o serviço, quase nos obrigava a escolher o que tinha. Já para não falar do tempo de espera até me sentar e o tempo que aguardei pela comida.
Jurei a mim mesmo, que nunca mais voltaria àquele... restaurante.

Friday, October 31, 2008

Funky Halloween!!...ou Pão por Deus.

Frankenstein versus Funkenstein
Enquanto a tradição decorre, os putos lá vão com os seus saquinhos à caça do comercial "Trick or treat", que em bom português é o nosso Pão por Deus. O Halloween passa a ser a tradição cá pelo "rectângulo" à beira mar plantado. A origem da nossa tradição já passou à história entre os mais novos e deu lugar a uma tradição importada com aspectos de diversas partes do globo. A expressão Halloween (noite assombrada) provém da Irlanda e diz respeito a celebrações celtas onde no dia 31 de Outubro para 1 de Novembro se celebrava uma espécie de sabat de sacerdotizas (bruxas) de cariz oculto e pagão. A expressão viajou até aos States e entretanto começou a ser adulterada com objectivos comerciais. Existe também o paralelismo com as celebrações católicas do 1 de Novembro (Dia de todos os Santos e de Finados). E lá vêm as almas penadas dar mais uma vez o mote para o clima paranormal da cena. Em Portugal o Pão por Deus devido ao Terramoto de 1 de Novembro de 1755 (coincidência ou não...), onde milhares de desalojados procuraram nas zonas limitrofes a Lisboa, ajuda alimentar e outra, onde o chavão seria, suponho, "Pão por amor de Deus", passando a expressão Pão por Deus para a ribalta dos pormenores histórico-sociais. E a tradição continuou até chegar à minha infância onde também bati todos os cantinhos lá do bairro, carregado com um saco de coisinhas boas, graças aos mais generosos crentes na tradição.
É caso para dizer: "A tradição já não é o que era". Obrigado capitalismo...

Mas continuarei a dizer : FELIZ PÃO POR DEUS!

Sunday, October 26, 2008

Histórias de Vidas em Sketches (I)

Qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência. No entanto as personagens e as situações são baseadas em factos reais, com ficção à mistura com uma pequena dose humorística. Os temas são simplesmente situações que entram numa encruzilhada de aspectos baseados na realidade social vigente. Estes são alguns Sketches que irei publicar onde pretendo partilhar algumas ideias de um projecto que está em "standby" e que, quem sabe um dia, venha a ter pernas para andar...
A branca

Enquanto pseudo escritor, tenho passado algum tempo atrás de um computador, convencido por alguns… supostos momentos de inspiração, em criar textos. Textos auto reflexivos, textos humorísticos, irónicos ou lacónicos, textos da treta parecendo por vezes careta ou com linguagem irreverente parecendo um tipo muito à frente. Bem mas aquilo que quero hoje contar, bem aquilo que vos venho dizer é…pode-se dizer que… bem, é qualquer coisa como… (...










...) … Ups! Não estava nada à espera disto. Deu-me uma branca. Só um momento, já volto.

"Uma multa de merda"



Era já lusco fusco quando Gracinda Beijinho saiu de casa. Estava frio, mas o calor humano e amor que transmitia ao seu cãozinho era maior. A solidão era triste nesta idade e um animal de estimação preenchia uma grande lacuna emocional.
Hora das necessidades! Saiu de casa. Levava o seu canito pela trela enquanto que o maroto, regava aqui e ali, muros e recantos do passeio.
Gracinda Beijinho era uma velhota solitária, viúva. Era simpática e querida por todos lá no bairro. Já se arrastava mas não prescindia da voltinha diária ao fim da tarde, quase como um ritual obrigatório. Afável e respeitadora, nunca deixara ao abandono um presente mal cheiroso do seu Fiel mais que tudo.
Mas, naquele dia, quando se preparava para fazer desaparecer a prova do crime, eis que esquecera do bem dito saquinho.
Sentia-se culpada. As faces ficaram coradas de vergonha pois podia comprometer o seu sentido de cidadania. Desta e única vez, era inevitável.
Tremendo como varas verdes, a doce velhota, foi-se arrastando pela energia do cachorro, mas sempre com a desconfiança de ser vista. O seu reumático impedia que se deslocasse mais depressa.
Aproximou-se da porta de casa e quando estava prestes a entrar, o seu corpo debilitado estremeceu. Com um arrepio na espinha, sentiu-se apanhada como um rato.
- Desculpe senhora! Mas ali atrás reparei que foi algo descuidada e infringiu a lei da higiene pública. Blá, blá, blá… por isso, no cumprimento do meu dever vou ter que autuá-la. – interveio a autoridade...
Pobre Gracinda! Sem capacidade de argumento, nada pôde fazer, frente a um G.N.R. intimidador e calmeirão, com cara de poucos amigos.
No dia seguinte dirigiu-se ao posto e procedeu ao pagamento sem qualquer reclamação. 60 Euros, qualquer coisa como, um terço da sua reforma.
Saiu com a cara simpática que a caracterizava, mas com um sentimento de injustiça.
Ao atravessar a rua foi obrigada a deter-se, pois diante de si passavam 2 soldados de Cavalaria, montados em imponentes corcéis. É sabido que em algumas localidades, a G.N.R. patrulha as ruas a cavalo.
Avança dirigindo o olhar para o outro lado da rua e… quando dá mais um passo, sente o seu pé enterrar-se em algo macio, pastoso e quente. Tinha pisado três quilos de merda compacta de cavalo. Um monte de merda!
Atravessada por um sentimento de fúria, não conseguiu conter-se e solta:
- Meeerdaaaaaaa!
Nem uma resposta à sua indignação imediata. Sem que notassem o seu grito de revolta, as duas máquinas de cagar urbanas e seus “condutores”, continuaram em passo altivo e cínico, ecoando os cascos pela estrada de alcatrão por entre carros e peões...

Moral da história: Os cães ladram e a caravana passa.


Friday, October 24, 2008

Reflexão de fim-de-semana

Se um dia quiser desaparecer por sentir um enorme vazio dentro de si, vá comer! Pode ser fome. Isto não deixa de ser verdade...cada um só acredita naquilo que quer, ou então, nem acredita naquilo que gostava de acreditar.

E também há Fernandos quem um dia disseram:

"O único sentido íntimo das coisas é elas não terem sentido íntimo nenhum."
Fernando Pessoa



"E esta heim!"
Fernando Peça

"Mai nada!"
Fernando Rocha

Friday, October 17, 2008

Contrariedades

Do que é bom...desconfia-se...
Do que é mau...desculpabiliza-se...
Do que é banal....torna-se diferente...
Do que é normal...disseca-se...
Do que é vulgar...exagera-se...
Do que é invulgar...desvaloriza-se...
Do que é possível...desacredita-se...
Do que é impossível...confia-se...
Do que é hipotético...refuta-se...
Do que é comum...discorda-se...
Do que é certo...ignora-se...
Do que é óbvio...afasta-se...
Do que é adquirido...contradiz-se...
Do que é honesto...abstrai-se...
Do que é básico...argumenta-se...
Do que é sentimento...
Há quem viva de contrariedades, que, com o passar do tempo se tornam na essência mais realista da sua existência. Se a vida fosse tão bela e linear, e comparada a um estilo musical seria sem sombra de dúvida o Funk. Mas depois há o canto gregoriano; o jazz abstracto; a balada melancólica ; o heavy metal agressivo e o grunge com distorções à mistura... que numa combinação errada lá vão produzindo uma certa ondulação, que pelo andar da banda, vai ecoando destoada da batuta do maestro...


Sunday, October 12, 2008

Anhar ou não Anhar - Eis a questão!

Quem nunca experimentou a sensação de "Anhar", provavelmente não conhece uma das ocupações mais relaxantes, quer para o corpo quer para o espírito. Os fins de semana são as alturas ideais para o "Anhanço" e este foi especialmente um deles para a Funky family. E não é que é mesmo bom poder ficar na cama até mais tarde, sem horários para cumprir, sem rotinas para seguir! E mal te levantas, comes qualquer coisa (se for bom, melhor) e passas o resto do dia com os presuntos esticados naquele móvel celestial que se chama Sofá. Lá fora a chuva cai e a sensação de conforto aumenta. É então que o ambiente caseiro atinge uma dimensão de prazer único. Entre torradas, chazinhos e bolo de iogurte, o comando vai trabalhando constantemente na procura do canal certo. O Zaping consegue assumir função de desporto nomeadamente no desenvolvimento das articulações do polegar, o que já é qualquer coisita se me chamarem lambão. Sem dar por ela, queimam-se horas à imagem de minutos...
A actividade de Anhar já era por mim sobejamente conhecida à bastante tempo mas passar o fim de semana sem fazer pívia, sem o mínimo trabalho sabendo que tenho cenas importantes para adiantar, apenas passando categoricamente o tempo sem fazer puto, é simplesmente confortante para o body & soul. Cá em casa já nos consideramos praticantes de Anhanço e cada vez com mais intensidade. Esta prática intimista, ganhou consistência nas nossas vidas por intermédio de uma ilustre amiga que representa para nós uma Expert, uma Guru ou mesmo uma Profeta do Anhanço, já com um vastíssimo currículo nesse campo. Graças a ela esta expressão voltou a ganhar um sentido específico cá pelas ordes. Se em tempos pensaríamos que era uma mera perca de tempo, hoje alterámos completamento esse conceito dada a sua importância.

Mas como em tudo na vida, há o bom e o mau. Um mau Anhanço não será tão prazenteiro como um Anhanço com qualidade: num ambiente confortável, acolhedor, sem ruídos enervantes, um televisor generoso com uma lista interminável de canais, um bom filme de vídeo, uma boa aparelhagem, um sofá fofo e generoso de preferência com chaise long, temperatura ideal e petiscos a condizer. A chuva é nestes casos um envolvimento por excelência nesta prática. Estas são apenas algumas propostas para um Anhanço burguês, mas haverá com certeza outras propostas bem interessantes. O diálogo; o paleio; o sofismo; a trela; a conversa; essas trivialidades são imediatamente relegadas para segundo plano, pois podem interferir no reset que vai acontecendo ao nível cerebral.

E é assim meus caros, um post nada de especial a condizer com um tema dedicado ao nada de especial...

Anhar - o m.q. empatar (tempo); baldar-se; esticá-la; chonar; sornar; hibernar...

Wednesday, October 8, 2008

Instinto comum em naturezas diferentes...

O cão, o gato e o rato. De eternos inimigos em cadeia passaram a conviver unanimemente sem perseguiçoes. Apesar de poder haver uma educação nesse sentido, o resultado é simplesmente um apogeu à diferença Se eles conseguem nós também...deveríamos. Aqui fica um pequeno filme para reflectir.
A vida é feita de pequenos nadas, mas só os iluminados conseguem encontrar a paz na coisas mais simples. É aquilo que os transforma em grandes. E enquanto vivemos em disputas diárias sob o comando dos nossos gladiadores internos - os egos, não há lugar para o respeito, a harmonia, a partilha, a solidarieade... o reconhecimento sem retorno. É pena que num mundo onde somos pu... nunca deixará de haver disputas.

Saturday, September 13, 2008

Conta-me como foi...

Hoje foi daqueles dias em que inevitavelmente, fui forçado a recorrer às memórias. Começou o ano lectivo e mais uma vez, assisti àquelas cenas que certamente ficarão, tal como eu, na memória de muitos e muitas… a entrada pela primeira vez na escola, vulgo “primária”. Doces anos a meia dúzia! E é especial ver a kiducha da casa também no seu debut. É lindo!
É sempre um momento especial poder observar as caras daqueles minorcas. Uns cheios de entusiasmo enquanto outros de pânico numa combinação perfeita com os respectivos progenitores. Lá se vão arrastando para as salas atrás daqueles que, ao longo de 4 ou mais anos vão ser os seus mestres, amigos, pais, guarda-costas, guias ou ainda… babysitter (pena é que cada vez a cena se repita com mais frequência.)
Ao contrário de há 30 anos atrás os petizes assemelham-se mais a bebés em ponto grande, carregados com pilhas duracell mas sem o necessário controlo de autonomia na programação a que foram sujeitos, antes de serem lançados no mercado. Antigamente a malta saía de casa já com a lição estudada antes de entrar na escola. “Porta-te bem ou levas no focinho, e ai de ti que tenha que ir à escola!” ouvia eu quase todos os dias. E não é que resultava mesmo! Quatro anos depois, estava pronto para a vida. O verdadeiro artista! A “querida” e distinta professora era soberana e a partir daí estávamos à mercê de sua majestade, sem caganeirices. Agora os professores (uma espécie de reprogramadores de miúdos no início de vida escolar) têm pela frente uma tarefa bem mais complicada. Há que ir aos livros de programação, aferir escrupulosamente os passos a seguir e incutir um novo software com várias funções básicas tais como: conseguir ficar sentadinho durante mais de 10 minutos; não interagir com os colegas buzinando constantemente os ouvidos do stôr; evitar fazer xixi nas calças, meter o dedo no nariz ou fazer queixinhas para chamar a atenção. E há aqueles que ainda nem sequer sabem limpar o rabiosque, já para não falar em comer com talheres ou limpar os beiços cheios de chocolate depois de comer o gorduroso Bolicao ao intervalo. Meus amigos, garanto-vos que a tarefa não é fácil. Também um dos problemas que um professor tem que enfrentar, é aturar os paizinhos. Este capítulo exige uma formação especial já que o burgo assume-se como uma das maiores ameaças à qualidade do ar que se respira nas escolas. Sobre este assunto, um conselho é “no mercy” aos progenitores galinha. Aquela guerra é só minha e mais nada! Trata-se de “savoi faire”, ou um espécie de pressão psicológica ao estilo do “Silêncio dos Inocentes”. -Eh lá o gajo é duro, parece que sabe controlar a cena! – dizem os pais já resignados com a sorte do filho, mas já desarmados pelos limites impostos. Mas sempre antes isso que mole, o que dava azo a umas manipulações birrentas dos papás. É que começar com uma derrota em casa a coisa fica difícil pró resto do campeonato. E não é preciso ser nenhum guru da educação ou um Eduardo Sá (des)iluminado para constatar estas cenas vulgares do sistema. Hoje a psicologia é palavra de ordem nas escolas. E se as avaliações psicológicas dos pequenos ditadores se encomendam tal qual os pedidos de um movimentado restaurante da city, também seria recomendável fazê-lo aos fabricantes das peças… A verdade dos factos baseia-se sempre na origem das causas.
Contudo, e felizmente, posso dizer convictamente que os professores são melhores, mais ecléticos, mais atentos, mais capazes, mais interactivos, mais justos e muito mais funcionais. Mas como não há bela sem senão também são mais burocratas, mais resignados, menos cúmplices entre colegas, mais escravos do marketing das editoras e das marcas, mais acorrentados ao sistema. Os tempos são outros é verdade, mas porque tive uma infância “resmas” de feliz num ambiente bairrista da capital da beira baixa, não consigo deixar de me desprender deste saudosismo de época que vai e volta ao sabor dos tempos. Enquanto durar irei sempre ver esta doce imagem, com retratos de inocência e ternura que me iluminam os olhos atentos e continuando a sentir o ensino não apenas com rectidão, mas sobretudo com o coração.

Monday, September 8, 2008

(Des)articulações da (des)educação

Antes de mais, cumprimentos funkinianos a todos. Cá estou eu novamente, após uma longa pausa de férias e de início do ano laboral, no meu caso, ano lectivo. E enquanto por aí andei de lés a lés por terras lusitanas e assim o orçamento o permitisse (sim, porque vida de professor é difííííííícil), algures num castelo assombrado ministerial, se apurava um doce veneno, a servir aos servos da terrível bruxa má de seu nome Lurdes “maquiavélica” Rodrigues. Confesso que o entusiasmo não foi o mesmo de anos anteriores, e o que faço por paixão há 9 anos não deixa de o ser. Mas é com amargura e raiva interior que me embrenho nos meandros do sistema, onde (apesar do inegável valor dos professores na luta por esta nobre causa) repugna-me o sabor traiçoeiro do veneno que é a Avaliação dos professores neste molde. E não é difícil aperceber-se do nervosismo e da insegurança que paira no ar. É uma missão ingrata quer para avaliadores quer para avaliados, até porque existe demasiada cumplicidade entre colegas nas escolas e agrupamentos, alguns de uma vida de ensino. Nada será impossível, apesar das premissas picuinhas e arrogantes, que estão implícitas na avaliação de desempenho dos docentes.
Como se não bastasse, agora a nova palavra de ordem cá no sítio é ARTICULAÇÃO. Ele é porque temos que articular as actividades umas com as outras, articular currículos, articular anos de escolaridade, articular disciplinas, articular decisões entre grupos, articular interesses, etc, etc, etc. Há uns anos atrás a palavra da moda era INTERDISCIPLINARIEDADE. É o uso da terminologia implícita na evolução do ensino em Portugal no seu melhor. Isto a mim cheira-me a provocações ao trabalho de quem ensina, vindo dos senhores das secretárias na obrigação de produzir mais uns decretos, uns artigos ou uma leis completamente desadequadas a uma sociedade remendada, onde os modelos de outros países se copiam sem critério e sem escrúpulos. Não nos tomem por parvos pois temos consciência destas terminologias e sempre trabalhámos nestas bases, de acordo com os recursos, os meios e os indivíduos ao longo de anos, sempre atentos a mudanças favoráveis e actualizações constantes. Não nos façam sentir estúpidos pois todo este parlapiê não nos intimida nem nos desmoraliza.
Hoje caminhamos num túnel sem luz, desarmados de convicções, como uns verdadeiras marionetas articuladas ao sabor de um governo que usa a educação de forma superficial. Um verdadeiro showbizz de sensacionalismos aos olhos dos menos esclarecidos. Inventam-se “Magalhães” e softwares com verdadeiras negociatas de grande escala, tudo em nome do progresso e das novas tecnologias... Se for para facilitar a vida aos profs, é por os putos atrás do portátil com o software adequado e os gajos aprendem sozinhos. Se calhar assim há mais tempo para perder com a dita avaliação, pois o tempo bem empregue é passado a preencher resmas de papéis. Relatórios de avaliação de tudo e mais alguma coisa, relatórios para salvaguardar o rabo dos ataques da legislação, relatórios para descargas de consciência, relatórios para retirar apoio pedagógico a alunos que disso dependem para progredirem, relatórios que ninguém lê e que no fundo irão parar ao arquivo morto. Parece-me a mim que hoje em dia o professor passa a ser o centro da educação e não o aluno. Se não fossem os constantes ataques ministeriais a esta classe não haveria tanto medo, tanta angústia e tanta necessidade de cada professor construir o melhor "abrigo" que puder e souber…E logo o sinismo e a hipocrisia se fizeram convidados.
Aqui manifesto o meu profundo desagrado pela utilização da arma mais mortífera que um governo, à imagem de uma Europa desigual, utiliza para desmantelar as classes estruturais de um povo, A ESTATÍSTICA em nome da ECONOMIA.
Articuladamente falando, desejo um bom ano lectivo com muita mobilidade nas “articulações”, de preferência sem rupturas, entorses ou fracturas de um sistema que, de certeza, não passava num detector de metais de um aeroporto, pois está cheio de agrafos e de parafusos de platina…

Monday, July 14, 2008

A Vida é feita de pequenos Nadas...

Por trás de toda a complexidade da vida, existe escondido algures, um pequeno mundo de coisas simples. Estaremos nós tão ofuscados com a dinâmica infernal de existir, que nos bloqueia a capacidade de valorizar o que é simples? E porque nos deixamos perturbar tão facilmente quando, ao de leve, somos confrontados com as nossa próprias atitudes ou comportamentos?
A própria sociedade nos torna assim...inseguros, hesitantes, confusos, hipócritas, fúteis. As pequenas coisas essenciais à vida entraram numa "era glaciar". A essência da vida encontra-se ameaçada mas nada está perdido. Nada é irreversível se cada um de nós, com pequeninos gestos for contribuindo para esse mundo utópico, que assim o deixaria de ser...num ápice.
E é com a ajuda do grande Gabriel O Pensador que termino este post. Uma mensagem simples e simplesmente genial que ilustra o Funk da vida.
Está a ver?

Estás a ver o que eu estou a ver?
Estás a ver estás a perceber?
Estás a ouvir o que eu estou a dizer?
Estás a ouvir estás a perceber?

Eu tenho visto tanta coisa nesse meu caminho
Nessa nossa trilha que eu não ando sozinho
Tenho visto tanta coisa tanta cena
Mais enbaquitante do que qualquer filme de cinema
E se milhares de filmes não traduzem nem reproduzem
A amplitude do que eu tenho visto

Não vou mentir pra mim mesmo acreditando
Que uma música é capaz de expressar tudo isso
Não vou mentir pra mim mesmo acreditando
Mas eu preciso acreditar na comunicação
Mas eu preciso acreditar na...
Não há melhor antídoto pra solidão
E é por isso que eu não fico satisfeito
Em sentir o que eu sinto
Se o que eu sinto fica só no meu peito
Por mas que eu seja egoísta
Aprendi a dividir as emoções e os seus efeitos
Sei que o mundo é um novelo uma só corrente
Posso vê-lo por seus belos elos transparentes
Mudam cores e valores mas tá tudo junto
Por mas que eu saiba eu ainda pergunto

Tás a ver a vida como ela é?
Tás a ver a vida como tem que ser?
Tás a ver a vida como agente quer?
Tás a ver a vida pra gente viver?

Nossa vida é feita
De pequenos nadas

Tás a ver a linha do horizonte?
A levitar, a evitar que o céu se desmonte
Foi seguindo essa linha que notei que o mar
Na verdade é uma ponte
Atravessei e fui a outros litorais
E no começo eu reparei nas diferenças
Mas com o tempo eu percebi
E cada vez percebo mais
Como as vidas são iguais
Muito mais do que se pensa

Mudam as caras
Mas todas podem ter as mesmas expressões
Mudam as línguas mas todas têm
Suas palavras carinhosas e os seus calões
As orações e os deuses também variam
Mas o alívio que eles trazem vem do mesmo lugar
Mudam os olhos e tudo que eles olham
Mas quando molham todos olham com o mesmo olhar
Seja onde for uma lágrima de dor
Tem apenas um sabor e uma única aparência
A palavra saudade só existe em português
Mas nunca faltam nomes se o assunto é ausência
A solidão apavora mas a nova amizade encoraja
E é por isso que agente viaja
Procurando um reencontro uma descoberta
Que compense a nossa mas recente despedida
Nosso peito muitas às vezes aperta
Nossa rota é incerta
Mas o que não incerto na vida?

Tás a ver a vida como ela é?
Tás a ver a vida como tem que ser?
Tás a ver a vida como agente quer?
Tás a ver a vida pra gente viver?

Nossa vida é feita
De pequenos nadas


A vida é feita de pequenos nadas
Que agente saboreia, mas não dá valor
Um pensamento, uma palavra, uma risada
Uma noite enluarada ou um sol a se pôr
Um bom dia, um boa tarde, um por favor
Simpatia é quase amor
Uma luz acendendo, uma barriga crescendo
Uma criança nascendo, obrigado senhor
Seja lá quem for o senhor
Seja lá quem for a senhora
A quem quiser me ouvir e a mim mesmo
Preciso dizer tudo que eu estou dizendo agora
Preciso acreditar na comunicação
Não há melhor antídoto pra solidão
E é por isso que eu não fico satisfeito em sentir o que eu sinto
Se o que sinto fica só no meu peito
Por mais que eu seja egoísta
Aprendi a dividi minhas derrotas e minhas conquistas
Nada disso me pertence
É tudo temporário no tapete voador do calendário
Já que temos forças pra somar e dividir
Enquanto estivermos aqui
Se me ouvires cantando, canta comigo
Se me vires chorando, sorri

Tás a ver a vida como ela é?
Tás a ver a vida como tem que ser?
Tás a ver a vida como agente quer?
Tás a ver a vida pra gente viver?

Nossa vida é feita
De pequenos nadas


Thursday, July 10, 2008

"Abram alas para o pequeno Funkenstein ..."

É com muito orgulho que venho publicamente congratular o pequeno espermatozóide "Funkenstein". A última semana foi verdadeiramente rica em emoções e bons feelings.
A ti meu querido, parabéns! Nesta épica corrida pela vida foste o mais rápido, o mais forte e o primeiro...a entrar. Seja como for já és um vencedor!
Espero ancioso por ti, assim como a tua funky family, little sister e bela mamã. Sejas como fores, (ele ou ela), irás contar sempre com a asa protectora do DrFunkenstein, em todos os momentos da tua vida. O Big Dady cá estará pra te guiar pelo Funk da vida, numa viagem preenchida de muitos e bons momentos. Que o Funk esteja sempre contigo, pois o manto de amor que te irá envolver já está pronto pra te receber.

Monday, July 7, 2008

Funky Team BTT no Alentejo sem lei...

A Funky Team Extreme BTT de Mafra (de verde ao centro) teve o prazer de ser patrocinada pelo Blog DrFunkenstein. O evento de XC "competitivo" mas não profissional, decorreu no dia 5 de Julho denominado de "4 Horas de resistência de Tolosa" (Nisa-Alentejo). Apesar do calor extremo participaram cerca de 40 equipas, desde participantes em categoria individual ou até 3 elementos no máximo. A Funky Team Extreme BTT participou com uma dupla conhecida do Oeste (Rui em Merida Carbon Team e Jonas em Specialized Epic Carbon) e contabilizou 9 voltas a um circuito de cerca de 11 km rolantes mas com algumas subidas traiçoeiras e descidas técnicas, alcançando a 9ª posição da clasificação geral. Nada mau pra quem dedicou toda a tarde a pedalar em alta intensidade com intevalos de descanso individual de cerca de 28 minutos de média, o que revela algum sacrifício e espírito de equipa por uma paixão comum que são as Bikes Todo Terreno. A dupla está de parabéns!


Fica também uma saudação especial aos camaradas do Oeste que alinharam com as camisolas da Bicigal e que entraram na boa onda de convívio aliado à competição.


É importante salientar o apoio da claque de serviço (a funky family) que se aguentou firme durante a grande "seca" numa tarde tórrida, em terras alentejanas. O ambiente da animação foi o típico da região, com música de Quim Barreiros pra animar, a mini fresquinha, as zangas entre os bêbados da casa presentes e os mirones do costume. Em termos de música ambiente só tenho a dizer que no final fiquei com uma grande azia nos ouvidos, pelo motivo de terem passado pelo menos 20 vezes o conhecido hino da bimbalhada "O bacalhau quer alho" e "A garagem da vizinha"...


No final o balanço foi positivo. Depois de uma tarde a afunkalhar em cima da bike, a fiel companheira na procura de adrenalina, e sempre a bombar com o groove nas pernas, posso dizer que a satisfação foi enorme...





A dupla da Funky Team Extreme BTT Mafra
Frases do dia:

"Poucos mas bons";

"Quem corre por gosto não cansa";

"Não é dor, é paixão",

"A dor é momentânea, mas a "satisfação" é terna..."

Aqui fica um cheirinho da última subida do percurso em direccão ao campo de futebol onde eram feitas as transições e a chegada. Sempre a abrir...

Wednesday, July 2, 2008

O medo de hoje, a realidade de amanhã...Diesel-10 euros o litro

Se há coisas que acho ridículo é a persistencia do governo em abstrair-se da actual situação do preço dos combustíveis. O nosso Estado é um estado masoquista, pois adora asfixiar-se com as próprias medidas. Auto alimenta-se com os impostos dos combustíveis, IVA, e outros, mas no entanto asfixia as suas células (povo) tornando-as incapazes de suportar a forma de vida a que estão sujeitos. E prevê-se que o agravamento seja contínuo e assistiremos assim à morte de um povo por doença prolongada... Antídoto precisa-se!! Não será a baixa de preços um estímulo para a nossa economia, ou continuaremos eternamente escravizados por lobies e ditadores ocultos de fato e gravata.
Eu já comecei a pensar seriamente nesta situação e provavelmente a utilização do automóvel será um luxo daqui a uns tempos. Só mesmo pessoas abastadas o poderão fazer. Ainda havemos de chegar ao extremo de entrar em cenas ao estilo do filme "Mad Max" com Mel Gibson, onde se lutava ferozmente entre paisagens desertas e remostas, com veículos improvisados, por umas gotas do tão precioso combustível.

A lei da Selva irá emergir... ou estaremos nós a ser governados por primatas? Pensando bem a evolução da espécie ainda está no início e o reino dos "homens inteligentes" ainda está para vir.O melhor é começarem a pensar comprar uma boa bicicleta e fazer uns treinitos regulares. Porque subir a Calçada de Carriche, o Castelo de São Jorge, ou a Serra de Sintra não é para todos... E a Natureza agradece.

Monday, June 30, 2008

"If you got Funk, you got style"

Felizes aqueles, que
Um belo dia descobriram
Não haver nada melhor para o espírito, e
Ke pelo poder do Groove, nesta "onda" fluiram!

Monday, June 23, 2008

ENCONTRA-TE OU PERDE-TE! Eis a questão...

Agora que terminou uma fase de euforismo futebolístico (sob a tutela de compromissos patrióticos inerentes), com uma pitada de stress laboral que está pela hora da morte ou pelo menos aparenta e de algumas dúvidas existenciais escravizadoras do egos dependentes do tão esperado subsídio de férias, chegou o momento. O momento para aqueles que se perderam no funktástico caminho da vida, de se encontrarem ou mesmo reencontrarem consigo ou com as outras almas que partilham este espacito de Terra no meio da imensidão negra que é o espaço sideral…. Eh pá! Isto tá profundo, não acham?!

Vivemos de encontros e desencontros connosco e com os outros. Procuram-se respostas para aquilo que não se quer ver. Ou melhor, às vezes a cena é tão grande que se torna difícil apreciar as formas. Lembro-me de um tipo que chegou pela primeira vez a uma terra onde havia um enorme e famoso palácio. O autocarro parou mesmo em frente. O palácio era tão grande que quando chegou perguntou a um dos locais onde ficava o imperioso monumento. Tudo isto deveu-se à falta de perspectiva. A perspectiva na análise das coisas que estão à volta do poderoso Ego, aquele monstro verde à imagem do Hulk, que dorme num canto escuro do nosso subconsciente à espera de ser acordado.
Confesso que começo a ficar farto de observar indivíduos numa frenética procura pelo “santo Graal”. Afinal a Psique comanda a vida ou a vida comanda a Psique? E porque é que afinal glorificam este tal de Bob Proctor, (em português: Bobão como um Tractor) com um mistério que diz que é uma espécie de Segredo e tal. Sinceramente começo a ficar enjoado com todas estas cenas da auto-ajuda e das místicas ocultas que regem as vidas dos terráqueos. E mais. Estes livrinhos de cabeceira são autênticos cogumelos alucinogénicos, que não fazem mais do que activar os cérebros na procura da felicidade eterna. Fazem parte da engrenagem de uma dinâmica existencial. Em linguagem simples, são o óleo pra fazer andar o motor afinado. E isto só acontece, porque Deus não conseguiu inventar o Homem, com um sistema de “self cleaning”. O Tipo foi esperto, compactuou com o Demo e fizeram um acordo. Um inventou a máquina, mas o outro tem a exclusividade da manutenção. E depois veio o Yang e o Yin, o bem e o mal, o céu e a Terra… O céu representa o suposto “paraíso” e a Terra, o infernus operandus do homo sapiens sapiens.
Na verdade, só há que saber tirar partido das pequenas coisas. Por mais insignificantes que sejam. Relativizem-se as vitórias, pequenas ou grandes, as derrotas (ai, cada vez que me lembro dos quartos de final, dá-me cá uma azia…) pessoais ou colectivas, o excesso de trabalho, os prazeres escassos e a falta de guita para desanuviar da crise. Tudo é relativo num mundo que teima, de forma obcecada em definir e teorizar de forma irrefutável todas as verdades e mentiras.
E como é bom, mesmo bom, saber apreciar a carícia de um raio de Sol; a simplicidade de um olhar, um cumprimento; o cheiro da sardinha num arraial ali perto; ouvir um som funk com uma imperial fresquinha sentado na varanda da sala e ser coberto pelo brilho das estrelas e da lua; sentir a brisa na face numa noite calma de Verão; um passeio à descoberta do próprio quintal por entre as hortaliças. Isto é único e há quem ainda nunca o tenha descoberto. E porque as verdades estão sempre mais perto do que se imagina, talvez possam encontrar o verdadeiro EU debaixo de uma alface à conversa com um caracol.
Neste mundo materialista, infelizmente o estado de espírito de muita gente é seriamente afectado pela falta de cobres, ou melhor, pela vontade de ter mais para conseguir explanar todas as fantasias e mitos que se transformam em angústias. Essas fantasias que nos incutem, só servem mesmo para nos derrubar o espírito. É claro que o sacana do Lúcifer, tem uma panóplia infindável de truques sujos para nos empurrar contra o “muro das lamentações”. Aquilo que parece bom nem sempre o é, por isso devemos ler sempre o rótulo das embalagens. (Sugiro uma leitura pelo livro “Eu Lúcifer” de Glenn Duncan).
E esta vai para a Alexandra Solnado. Filha, com tantas conversas com Jesus, já deves ter criado um chat. Pois é, o que faz falta é entreter a malta, quando não se sabe explicar porque é que a tampa salta…

Thursday, June 19, 2008

Contra os canhões...Papar! Papar! A cereja em cima do bolo.

SOFRER!!!!! É aquilo que me vai na alma. Não que esteja completamente surpreendido com este resultado da selecção, mas como Português de alma e coração, a esperança é a última a morrer e é acreditar até ao fim, seja qual for o nosso fado. De Fado vivemos, o Fado cantamos e com o Fado morremos. Desculpem o desânimo mas só me apetece dizer asneiras. Fo***-**; Ca*****; Pu** que pa***!!

Não chega já sofrer todos os dias e ainda isto?!
Sofremos com o aumento dos preços e custo de vida? SIM
Sofremos com a chulice que se instalou nos combustíveis? SIM
Sofremos com os salários congelados? SIM
Sofremos com as injustiças sociais? SIM
Sofremos sem poder fazer nada contra a classe politica incompetente? SIM
Sofremos com dignidade porque damos o coiro no trabalho que fazemos por amor a uma causa e não somos reconhecidos por isso? SIM
Sofremos porque temos casa pra pagar? SIM
Sofremos com as notícias que são bombadeadas pelos média? SIM
Sofremos pela pátria, pela nação, pelos que nos representam, pelo FUTEBOL? SIM SEMPRE!! Acho que já merecíamos um prémio de consolação como deve ser. Cum caneco!

Somos um povo sofredor mas temos Orgulho, Raça, Solidariedade, Alegria, Ânimo, Calor humano e sobretudo uma bandeira da qual nunca jamais em tempo algum devemos ter vergonha em erguer. Portugal Sempre!

Agora o jogo, e é com mágoa que me arrasto por este post amargo.
Devíamos ter começado como acabamos? SIM
Ronaldo é o maior? SIM
Ricardo é um Frango? SIM, sempre. E continuará. Devia ir jogar para o Inter..... o Intermarchê!
Scolari cumpriu os objectivos? NÃO! NÃO! NÃO!

Para um seleccionador não pode interessar ter uma equipa que joga bem, ter os melhores craques, ter a atenção dos media, ter um povo que dá tudo pela selecção, ter carisma, fazer um trabalho de unificação colectiva, encher um país de bandeiras e no final....Nunca ganhar nada! Népia! Nicles! Um herói é o que atinge os objectivos! Um herói é o que ganha! Um herói é o que vence e atinge o topo! Um herói chega ao momento crítico e vinga! Um herói passa despercebido e no final surpreende! Um herói é humilde! Um herói traz a Taça para casa.
Scolari, em Portugal não ganhou NADA. É bom rapaz e tal...mas isso não chega.

"Special One - precisa-se"

E para terminar só quero dizer que isto foi A CEREJA EM CIMA DO BOLO na crise que Portugal atravessa. Mas nunca esquecer: Somos pequeninos mas temos uma Alma grande! As salcichas alemãs são grandes, mas nunca foram grande coisa. Até porque prefiro um bom bacalhau do que uma salcicha gordurosa...
(2-3) estivemos quase
Para a próxima é que é...

Monday, June 16, 2008

Suiça oferece um "grande" QUEIJO SUIÇO FURADO!

Não queria mas vai ter que ser. Tenho de dizê-lo. Hoje cheirou mal, mesmo mal. Nem parecia PORTUGAL. Recebemos um grande queijo suiço furado!


O nosso caríssimo e "breve" seleccionador, deve andar com certeza com a cabeça no Big Ben, no "fish and ships", no tratamento british de "Sir" e principalmente nas Libras douradas. Há quem diga que a notícia não iria destabilizar os jogadores, mas face a isso começo a ter dúvidas. E lá porque os nossos estão nos "Quartos" não significa que tenhamos de fazer um treino de experiência com a malta do banco. A grande e única certeza (sem retirar qualquer mérito) é que eles são SUPLENTES e são denominados por isso mesmo - SUPLENTES. Não são os principais, nem os responsáveis pelo esquema táctico e técnico que caracterizam o modelo de jogo que a Selecção nos brindou nos dois primeiros jogos. E logo 8 e moles! A história da poupança dos boys é relativa e isso viu-se em campo. Aqueles que deveriam provar alguma coisa entraram na onda da passagem garantida. Brinca na areia, agarrados à bola, poucos passes, desmarcações, falta de pontaria e principalmente espírito de equipa. O homem deve andar deslumbrado. Onde é que estava a liderança que tem demonstrado. Faltou motivação?! É que o queijo cheirou mal...

Portugal não se pode dar ao luxo de trabalhar em prol da diplomacia. Lá porque temos magotes de emigrantes na Suiça, não temos que oferecer bananas só porque os acolhem. Isso é outra história... Portugal tem sempre que mostrar pujança, intransigência e raça. Atenção, não é a "raça" que o nosso Chefe de Estado evocou no dia 10 de Junho e já mereciamos uma justificação. Comentários infelizes à Presidente...de Portugal... Pois é, mas o mister Scolari errou e bem. Não merecíamos esta humilhação. Esta irregularidade cheirou mal, mesmo mal. Ninguém quer que a selecção volte para casa com o título de VICE ou SEMI-FINALISTA e espero que lhes tenha servido de lição. Foi só um desabafo. Continuo a acreditar! Mas essa cena de dizer que o autocarro da selecção é movido a "energia positiva" e tal, cheira-me a publicidade à Galp. Esses chulos... Que o Funk esteja com Portugal até ao fim. Até levantar a taça. Viva Portugal!!

Wednesday, June 11, 2008

Resistiremos?! Ao menos isso...

Se há coisas estranhas, hoje presenciei uma delas...
A nossa super - selecção lá cumpriu a sua funkção e pra deleite meu e da minha family, sentimos a necessidade de explanar todo o orgulho que sentimos em ser portugueses de alma e coração. Até a pequena lá de casa já começa a "bater as asas" pela ânsia de se lançar em voos patrióticos, evocando com pujança o nome do nosso "7", pois é o único jogador que já sabe de cor. Então lá fomos nós de bandeira e cachecol para a rua, a fim de entrar nos festejos urbanos numa contagiante união entre estranhos populares, que nestas ocasiões se transformam numa espécie de irmandade de circunstância. E o espanto não se fez esperar... As ruas, que àquela hora deveriam estar movimentadas de tráfego e pessoas anciosas por chegar a casa, estavam praticamente vazias. Nunca imaginei ver tão poucos carros em circulação numa ocasião destas. Deu-me a terrível sensação de estar num filme de suspense onde um maléfico vírus tinha eliminado a maioria da população e apenas alguns sobreviventes deambulavam pela cena, acenando com algumas bandeiras e buzinando como que a dizer: "Estamos aqui! Sobrevivemos! Fugimos à extinção, vamos unirnos e celebrar alegremente!..."
Mas esperem. Afinal o terrível VÍRUS de que falo existe mesmo. Ouvi por aí que se chama "Crude Upa Upa" e pelos vistos já começa a fazer moça e a provocar os primeiros sintomas: - ataques de raiva, ataques de pânico, depressão, desorientação colectiva, ansiedade, palpitações, isolamento e sobretudo muitos nós na garganta...
Mas como o Zé Povinho é um megalómano de optimismo e de moral por excelência, lá vai aquilo que uns chamam de «ópio do povo» vulgo futebol, descarregar umas doses de dopamina nas cabecitas da malta. Porque o que faz falta, é mesmo animar a malta! Ao menos isso...

Grande Deco! Pra mim um dos melhores em campo. E pra comemorar, sai uma fresquinha! Nacional, é claro. E já vão duas!

Sunday, June 1, 2008

Um ( Mini-Mercado ) com produtos "Super Funk"

Já tinha conhecimento deste espaço e já lá vão alguns anos que ali abasteci de bons grooves musicais sobretudo da nossa Onda Funk. Pois é, talvez demasiado tempo depois regressei (com a minha "lovely funky wife") àquele lugar emblemático da noite lisboeta - Mini Mercado, em Santos, junto ao bar Barriga de Freira. Um espaço onde o Groove é rei, sobretudo por culpa dos excelentes DJ's da casa que levam ao delírio aqueles que tal como eu, vibram com a sonoridade Funk. Desde o Funk da Old School até ao Electro Funk com remisturas subtis e bem conseguidas, o ambiente vai-se tornando contagiante e frenético, convergindo num excitante climax sonoro.
Voltarei àquele Mercado de sons muito em breve para beber do espírito do Funk do qual estou envolvido. Recomendo uma visitinha a uma das capitais do Funk...

Friday, May 23, 2008

Quando a conspiração mora mesmo ao lado…

“Teoria da conspiração é uma teoria que supõe que um grupo de conspiradores está envolvido num plano e suprimiu a maior parte das provas desse mesmo plano e do seu envolvimento nele. O plano pode ser qualquer coisa, desde a manipulação de governos, economias ou sistemas legais até à ocultação de informações científicas importantes ou assassinato…” (in wikipédia)
A conspiração pode ser um acto deveras interessante, quando consumado com estilo, astúcia e como mandam as regras. Infelizmente, tenho assistido a inúmeras “conspiraçõezinhas” sem sal. São de tal forma ingénuas que acabam sempre por morrer na praia. À falta de jobs for the boys, há “very good boys for the jobs”. Os criadores dessas conspirações, parecem-me padecer de 3 aspectos importantes: falta de sexo; baixa auto estima e recalcamentos de infância.
Sejamos francos, um(a) conspirador(a) que se preze não pode confiar em ninguém, nem que pareça um indivíduo com cara de vegetal inofensivo. Never!!
Um(a) conspirador(a) que se preze não pode atirar para o ar uma suspeita, ou crítica à espera do apoio de algum otário, pois pode cair no erro de se denunciar facilmente.
Um(a) conspirador(a) que se preze não pode cair em cenas de hipocrisia gratuita aos olhos dos mais atentos, criticando uns “forte e feio” à retaguarda, e passando-lhes a mão pelo pêlo quando lhes convém. Há sempre os espectadores dissimulados que presenciam os ataques nas duas frentes.
Um(a) bom(a) conspirador deve ser um gentleman ou lady; diplomata inteligente, cauteloso e escrupuloso. E nunca alguém que implica com ninharias de forma a evidenciar-se perante a caça ao erro fácil. Deve mostrar-se educado, discreto, tolerante quanto baste, sábio quando é preciso e burro quando faz falta.
Um(a) conspirador(a) nunca deve esquecer que pode haver perto de si, tipos ainda mais conspiradores e com técnicas mais apuradas, podendo cometer o erro crasso de ser uma peça no puzzle conspiratório desses indivíduos. Geralmente um acto conspiratório é baseado em interesses de várias ordens: vinganças pessoais; zelo profissional hiper exagerado; personalidades fofoqueiras; crise de ciúmes; invejas; necessidade de afirmação; razões económicas e vários tipos de projecção. Mas nunca, nunca de natureza altruísta e boa fé e nem nunca de forma totalmente isenta e aberta para com os interesses dos outros.
Os conspiradores baseiam as suas tácticas em premissas que supostamente parecem válidas aos outros, pois a forma de expor uma teoria é um dos seus principais trunfos. Um bom conspirador tem o dom da palavra. Consegue contagiar, manipular, dissimular, sensibilizar e até fazer os outros sacrificarem-se por algo que nunca pensaram ou sempre tiveram dúvidas.
E quem nunca conspirou que atire a primeira pedra! Todos nós conspiramos de vez em quando ou já conspirámos, começando desde tenra idade. Podemos começar pela disputa de um brinquedo, pelas queixinhas dos amigos, por falsificar uma assinatura num teste, por fumar às escondidas com colegas de escola pra engatar miúdas, dando uma de machão, por roubar uns trocos da carteira da mãe, por esconder uma revista pornográfica e fazer o papel de anjinhos inocentes e bem comportados quando esperamos receber uma nota da tia rica emigrante na França e que visita a família no Verão, premiando o bem comportado sobrinho. A conspiração da infidelidade e da mania da perseguição também está muito na moda. Menos popular encontra-se a conspiração contra o Ministério das Finanças (IRS, IRC, IVA etc). A estas conspirações caseiras sucedem as conspirações de alto gabarito, quando mais altos interesses se levantam ao longo das nossas vidas. Desde as profissionais, relacionais, passionais, políticas, económicas até às extra-dimensionais. É o caso da conspiração de Roosevelt, da ida do homem à Lua, da ressurreição de Jesus Cristo e do segredo de Fátima.
Hoje em dia fala-se por aí da venda da alma de Pinto da Costa ao Diabo; da reencarnação de Salazar em José Sócrates; da admiração secreta de Maria de Lurdes Rodrigues por líderes ditadores. E será que a Manuela Moura Guedes irá ser a versão feminina do Joker na próxima sequela de Batman?
Não sei. Talvez. Conspiração ou não, é pra cúmulo da nação!...
E acabo este post com uma ligeira confunkspiração.
Caros colegas, se quereis ser uns funkcionários públicos funktásticos, e fazer confunkspirações de nível funkcional superior, devereis dar um cheirinho no Blog DrFunkenstein.
Ide em paz e que o Funk vos acompanhe!! Áfunk!!

Tuesday, May 20, 2008

COM TRANQUILIDADE!...


Mais uma vez o leão mostrou a sua raça!! E já vão duas seguidas. GRANDE PAULO BENTO!!

E no Restaurante de Alvalade, leia-se o seguinte menú:


Entrada: Mini dose de Águia frita à Le Chef Bento

Prato pricipal: Picanha de Dragão à Tiuí

Vinho: Vinho da Adega Cooperativa do Jamor colheita 07/08, servido em Taça de Portugal

Sobremesa: Doce à Alvalade


Saturday, May 10, 2008

CAPUCHINHO VERMELHO (Versão Acordo Ortográfico de 2058)

Eis uma versão muito à frente do célebre Capuchinho Vermelho, que me veio parar às mãos e tenho o prazer de publicar no Drfunkenstein. Se o novo acordo ortográfico evoluir como tem feito até agora, daqui a uns anos o Português já era e passará a ser uma amálgama de fonemas, giria, neologismos de cariz sócio cultural etc. O Português actual passará para uma espécie de Português erudito e arcaico.
"Curte esta onda!! Topas?!" Verdadeira escrita criativa numa adaptação bem Groove!!!
Tás a ver uma dama com um gorro vermelho? Yah, essa cena! A pita foi obrigada pela kota dela a ir à toca da velha levar umas cenas, pq a velha tava a bater mal, tázaver? E então disse-lhe:

- Ouve, nem te passes! Népia dessa cena de ires pelo refundido das árvores, que salta-te um meco marado dos cornos para a frente e depois tenho a bófia à cola! Pá, a pita enfia a carapuça e vai na descontra pela estrada, mas a toca da velha era bué longe, e a pita cagou na cena da kota dela e enfiou-se pelo bosque. Népia de mitra, na boa e tal, curtindo o som do iPod... É então que, ouve lá, salta um baita dog marado, todo chinado e bué ugly mêmo, que vira-se pa ela e grita:
- Yoo, tá td? Dd tc?
-Tásse... do gueto ali! E tu... tásse? - Disse a pita

- Yah! E atão, q se faz?

- Seca, man! Vou levar o pacote à velha que mora ao fundo da track, que tá kuma moka do camano!

- Marado, marado!... Bute ripar uma até lá?

- Epá, má onda, tázaver? A minha cota não curte dessas cenas e põe-me de pildra se me cata...

- Dasse, a cota não tá aqui, dama! Bute ripar até à casa da tua velha, até te dou avanço, só naquela da curtição. Sem guita ao barulho nem nada.

- Yah prontes, na boa. Vais levar um baile katéte passas!!!

E lá riparam. Só que o dog enfiou-se por um short no meio do mato e chegou à toca da velha na maior, com bué avanço, tázaver? Manda um toque na porta, a velha 'quem é e o camano' e ele 'ah e tal, e não sei quê, que eu sou a pita do gorro vermelho, e na na na...'. A velha abre a porta e PIMBA, o dog papa-a toda... Mas mesmo, abre a bocarra e o camano e até chuchou os dedos... O mano chega, vai ao móvel da velha, saca uma shirt assim mêmo à velha que a meca tinha lá, mete uns glasses na tromba e enfia-se no VL... o gajo tava bué abichanado mêmo, mas a larica era muita e a pita era à maneira, tásaver?
A pita chega, e tal, e malha na porta da velha.

- Basa aí cá pa dentro! - Grita o dog.

- Yo velhita, tásse?

- Tásse e tal, cuma moca do camâno... mas na boa...

- Toma esta cena, pa mamares-te toda aí...

- Bacano, pa ver se trato esta cena.

- Pá, mica uma cena: pa ké esses baita olhos, man?

- Pá, pa micar melhor a cena, tázaver?

- Yah, yah... E os abanos, bué da bigs, pa ke é?

- Pá, pa poder controlar melhor a cena à volta, tázaver?

- Yah, bacano... e essa cremalheira toda janada e bué big? Pa que é a cena?

- É PA CHINAR ESSE CORPO TODO!!! GRRRRRRRR!!!!

E o dog manda-se à pita, naquela mêmo de a engolir, né? Só que a pita dá-lhe à brava na capoeira e saca um back-kick mesmo directo aos tomates do man e basa porta fora! Vai pela rua aos berros e tal, o dog vem atrás e dá-lhe um ganda-baite, pimba, mêmo nas nalgas, e quando vai pa engolir a gaja aparece um meco daqueles que corta as cenas cum serrote, saca de machado e afinfa-lhe mêmo nos cornos. O dog kinou logo ali, o mano china a belly do dog e saca de lá a velha toda cheia da nhanha. Ina man, e a malta a gregoriar-se toda!!!
E prontes, já tá...

(Autor desconhecido)

Monday, April 28, 2008

Playlist do BLOG DrFunkenstein

O DrFunkenstein tem o prazer de colocar on line a sua Playlist com alguns temas bombasticos da onda Funk. É só clicar ali ao lado esquerdo...
NOTA: O tema 6 é de uma "ilustre desconhecida" e já extinta BANDA FUNK NACIONAL de seu nome "FUNKYMOODCLUB" de Castelo Branco City. Mais uma grande Banda passou ao lado de uma grande carreira no Universo Funk... O tema a ouvir na Faixa 6 - "To High" indicada por The Autor. Curtam a onda e espero que gostem da guitarrada do meu brother e amigos.

Brevemente serão introduzidos novos temas de uma vastíssima biblioteca Funky que aqui irei apresentar, fruto de anos de pesquisa, aquisições, downloads, partilhas, estudo, secas à malta das Fnacs, dedicação e AMOR à causa FUNK.

Wednesday, April 23, 2008

P.I.F. - Partido de Intervenção Funkadélica

Este Blog, apresenta-se como o site de apresentação do novíssimo partido funkcional - P.I.F. Partido de Intervenção Funkadélica. Como partido independente, visa comentar o oportunismo político, o tachismo, as jogadas sujas de bastidores, a hipocrisia, a demagogia e todas as restantes rebaldarias e porcarias da cena política nacional. Será uma espécie de árbitro do "Campeonato da Irresponsabilidade", jogado no estádio da Assembleia da República.
Na liderança, vai destacado o P.S. com o equipamento Rosa "choque". O ponta de lança Zé Socrates mais conhecido por "Joker", continua a dar cartas com as assistências cirúrgicas do defesa Toni Vitorino mais conhecido por "Pinguim".
E assim vão ganhando terreno com os trambolhões constantes das Laranjas amargas do P.S.D. onde temos assistido a disputas internas auto-destrutivas. A imagem é semelhante a cenas do National Geographic onde vários crocodilos disputam num lago de lama, uma galinha magra e escanzelada.


O pequeno pinguim Vitorino soma e segue em episódios de comédia à la carte. No último programa de Judite de Sousa, "Notas soltas", onde este é comentador político, referiu que uma nova solução para a liderança do P.S.D., recentemente abondonada por "fraquinho" Menezes, seria Santana "Babes" Lopes, por ser um histórico do partido e figura central da bancada parlamentar laranja. Ora isso até vinha mesmo a calhar Vitinho!? O principal inimigo da oposição a sugerir que esta se suicidasse de vez... Mas sabendo que outros valores bem mais válidos (passo a redundância) existem, não interessa fazer grandes comentários... Mai nada! Política nua e crua ou isenção q.b.
Entretanto no vespereiro laranja, a azáfama faz-se ouvir. As vespas afiam os rabos e preparam o assalto ao posto da Rainha. Irónica palavra no feminino... Será que a Ferreira já tem o "leite" a ferver pra queimar a concorrência?...
Mas as opções não ficam por aqui. Eis que ontem à noite mais um dinossauro se fez notar na corrida ao título. Mais uma laranja sem sumo para o corredor da descasca... Patinha Antão!
Pois meta lá então a patinha senhor Doutor. Quer seja por dever ou por direito, duvido que seja o eleito.
E mais, pra completar o Circo laranja, só faltava vir agora pré-candidatar-se, o palhaço da Madeira, pra por ordem no "contenente"... Provavelmente pra animar mais ainda a folia na Assembleia ou abandalhar de vez aquilo que outrora fora um partido. Um partido que comprometeu e em muito aquilo que somos hoje. Seja feita a vossa vontade!!

E assim se vai governando "à vara larga" com uma oposição sem sumo. Olé!

"Afunkalhar" é o lema do P.I.F.
Cumprimentos
VOTA DrFunkenstein! VOTA Funky!