Som da semana: Funke'n'stein - That's Funk!!

Thursday, May 7, 2009

Os Indomáveis


No filme “Os Indomáveis”, (western) conta a sinopse que o jovem rancheiro Dan Evans (Christian Bale) é escolhido pelo xerife para escoltar o perigoso líder de uma gangue, Ben Wade (Russell Crowe), até o tribunal de Yuma, no Colorado, numa longa viagem de trem. Mas, ao chegar lá, o rapaz é surpreendido pelo bando do criminoso disposto a tudo para libertá-lo.

O retrato de uma história com contornos semelhantes surge frequentemente nos nossos dias em contexto escolar, nomeadamente numa sala de aula. À imagem de um mafioso ou líder de um gang, os pequenos ditadores disparam em todos os sentidos provocando o reboliço numa espiral de agitação sem qualquer tipo de pudor ou respeito pelas regras instituídas. É nesta base que são lançadas várias questões:
-Será o “xerife” impotente para controlar estas atitudes anarcas em efeito bola de neve?
-Será que os “vilões” não reconhecem autoridade, também ao “xerife” (infelizmente nomeado) em missão temporária de manter a ordem dos trabalhos, em linha normal de funcionamento?
-Será que os revoltosos padecem, à semelhança de muitos outros revoltosos, de distúrbios emocionais graves, recalcamentos de infância, referências traumáticas ou comportamentos disfuncionais do foro psíquico?

Arrisco escolher a terceira questão, pois tal como um “xerife” com provas dadas há vários anos por entre centenas de minorcas ditadores, nunca nem nada, foi sequer uma pálida ameaça à lei instituída, pois desde o momento que cruzam a porta se transforma em Regra Sagrada. Por mais rebeldes que sejam sempre reinou a paz de espírito, a ordem e o progresso. Qualquer semelhança com as palavras da bandeira do Brasil é pura coincidência :)
Pois bem caros leitores e amigos, aqui deixo em tom de desabafo, que um professor que perde a calma é pior que uma mulher grávida. E é nestas circunstâncias que uma “criança coitadinha, desgraçadinha e infeliz” com cara de tonto e sorriso de gozo e altivez, se transforma, mesmo que em pensamento, num verdadeiro saco de boxe. Por vezes torna-se extremamente difícil preservar a calma e a serenidade.
Dominar-se a si próprio, é uma vitória Maior, do que vencer a milhares em uma batalha." (Sakyamuni)
Mas não é minha intenção avivar a violência física pois aqui em DrFunkenstein, isso seria lutar contra a corrente da onda. Não que uns ensinamentos à moda antiga não fizessem falta, já que o excesso de direitos, mesmo os dos mais fracos, despertam o conformismo, a vitimização e a aglomeração de minorias que se diferenciam da sociedade pelas inúmeras atitudes negativas.
Hoje em dia a educação é uma missão muito complexa e tal como o jovem Dan Evans de “Os Indomáveis”, os professores são postos à prova quanto menos se espera. Defendo que não é o autoritarismo exagerado, o medo, a frieza na condução de um grupo ou mesmo uma grande democracia, que são o “savoir faire” da prática de ensino. Premeio sim a confiança, a empatia, o vínculo e sobretudo o respeito pela honestidade do professor para com os alunos. Infelizmente muitos pais de hoje em dia são uma grande vergonha enquanto educadores e cidadãos, que pelos vistos, vivem num mundo diferente e andam contra a corrente do trabalho desenvolvido nas escolas. Felizmente quem anda nisto, fá-lo por gosto e coração e sempre com o intuito de melhorar, apesar da ignorância e indiferença de muitos. O reflexo do sucesso, infelizmente fica sempre em casa, fechado e anónimo, cobiçado por uns e odiado por outros…também da casa. É que a vitória tem mais de uma centena de pais; a derrota, por outro lado, essa é órfã.
Para reflectir:
Os problemas da vitória são mais agradáveis do que os da derrota, mas não são menos difíceis.
Winston Churchill

Cumprimento Funkinianos