Som da semana: Funke'n'stein - That's Funk!!

Sunday, January 24, 2010

E o burro sou eu!?...

Se este espaço é um sítio onde a máxima são os bons sentimentos e atitudes, genuinamente declarados pelo seu autor, sem subterfúgios, sinismos, arrogâncias ou falsidades, hoje apetece-me falar de uma atitude que para mim é das mais negativas e degradantes que conheço. Pode dizer-se que é uma arma destruidora da pacificação e da harmonia entre as pessoas: o julgamento e os juízos de valor (à priori), a crítica fácil!
Vivemos numa sociedade tão exaustivamente cheia de pressões, que, volta e meia, recorremos a este tipo de atitude para justificar, se não as nossas fraquezas. Julga-se o profissional; julga-se o vizinho; julga-se a esposa ou o marido, julga-se o amigo; os colegas; julgam-se os piões e tantas outras pessoas, aos milhões...
A conclusão a que chego é que normalmente as pessoas que fazem julgamentos à priori, têm uma necessidade enorme de se afirmar. Não conseguem lidar com pressão. Comparam-se constantemente com todos. Não têm noção de individualidade e de espaço. Têm uma auto-estima miserável e pretendem destronar a dos outros. Passam mais tempo a criticar tudo e todos do que a tentar compreendê-los, respeitá-los e tolerá-los. Esta sim, é á melhor forma que conheço para se viver em paz de espírito com a vida. Seria hipocrisia minha dizer que nunca julguei, mas realmente a reflexão que faço das coisas, permite-me julgar-me a mim próprio e inverter a minha atitude na hora.
É muito fácil julgar pessoas que são expostas por determinadas circunstâncias. Díficil é encontrar e refletir sobre os próprios erros, ou tentar fazer diferente dos próprios erros ou dos erros do outro. Assim se perdem muitas pessoas especiais...
A razão pela qual algumas pessoas dificilmente conseguem ser felizes é porque estão sempre: a julgar o passado melhor do que foi, o presente pior do que é e o futuro melhor do que será. E sem qualquer sombra de dúvida, se não é no presente que investimos e mostramos atitudes pró-activas com a vida, com as coisa e com as pessoas, o futuro não será mais do que uma história mal resolvida onde o último capítulo termina com: "...se..."
É certo que o passado não se esquece, respeita-se. O futuro não se prevê, espera-se com naturalidade, e tudo porque o presente, se deve saborear tão positivamente e tolerantemente que não há muito tempo para esperar pelo dia de amanhã...
Se estou errado...podem contradizer-me, se estou certo... juntem-se a mim. Se estou louco...não me julguem p.f.. Porque o burro sou eu!?
Abraços Funkadélicos para todos.