Todos os dias nos queixamos das mesmas coisas. Ficamos sem paciência, incomodados com situações banais ou mesmo revoltados com nada. Todos os dias reclamamos, praguejamos, invejamos. Todos os dias gostamos e deixamos de gostar, amamos sem saber amar. Todos os dias desistimos mas queremos tudo. Todos os dias olhamos para nós e só para nós. Todos os dias negociamos o tempo, as coisas e até os sentimentos. Todos os dias somos aquilo que somos... Pensamos em grande mas somos Pequenos, muito pequenos.
E sem nos dar conta lá vivemos nós com a nossa pequenez mas com grande estilo. E assim sem saber como e porquê, daremos importância a cada grão de areia de uma praia. E quando temos a mão cheia do que apanhámos, num ápice, tudo se escorre por entre os dedos. E para quê? Para perceber que a Praia é um todo em si. Um conjunto de elementos e só pelo todo é importante. Não por um punhado de areia, que queremos apanhar e agarrar sem qualquer sentido... Depois, só nos resta o mais fácil...desistir, e continuar obsecados com os punhados de areia que vamos apanhando, quando no fundo, mesmo ali à nossa frente está a beleza de uma praia no seu todo e é essa que devemos capturar.
Esta é uma reflexão que não deixa de ser pessoal. Comungando ou não das ideias base (mesmo que de forma alegorica e eufemistica) aqui fica a partilha.
Aqui deixo um vídeo de um pequeno mas Grande Homem, que me sensibilizou e fez verter algumas lágrimas. Talvez o objectivo fosse mesmo esse, tocou-me mesmo no fundo.
Abraço do DrFunkenstein