Dedicado a todas as pessoas fúteis, sem valores morais e éticos, sem espírito criativo, e que vivem à margem de objetivos vãos como parasitas, que consomem a vida das almas boas. O maior juíz das nossas vidas existe, algures acima de nós. E virá um dia para nos reclamar...
A amargura, a desilusão e a raiva, são sementes que irão florescer e dar flores lindas e viçosas quando regadas com amor, consciência e entrega a grandes causas.
Não disto nem daquilo,
Nem, sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço....
A subtilieza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto em alguém,
Essas coisa todas-
Essas e o que falta nelas eternamente-;
Tudo isto faz cansaço,
Este cansaço,
Cansaço.
Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada-
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infnitamete o finito,
Porque eu desejo impossivelmete o possível,
Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...
E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço.
Íssimo, íssimo, íssimo,
Cansaço...»
F. Pessoa
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