Som da semana: Funke'n'stein - That's Funk!!

Saturday, April 20, 2013

Lullabye...For my ANGEL ***


Boa noite, meu anjo
Hora de fechar os olhos
E guardar estas perguntas para outro dia
Eu acho que sei o que você está me perguntando
Acho que você sabe o que eu venho tentando dizer
Eu prometi que nunca iria deixar você
E você deve sempre saber
Onde quer que você possa ir
Não importa onde você está
Eu nunca vou estar longe

Boa noite, meu anjo
Agora é hora de dormir
E ainda assim eu muitas coisas que quero dizer
Lembre-se de todas as músicas que você cantou para mim
Quando fomos velejar na baía das esmeraldas
E como um barco no oceano
Eu estava te balançando para você dormir
A água é escura e profunda
Dentro deste antigo coração
Você sempre será uma parte de mim

Lu-lu-lu-lu-lu-lu
Lu-lu-lu-lu-lu-lu-lu-lu-lu

Boa noite, meu anjo
Agora é hora de sonhar
E sonhar o quão maravilhosa será sua vida
Algum dia seus filhos poderão chorar
E se você cantar essa canção de ninar
Então em seu coração
Haverá sempre uma parte de mim

Algum dia todos teremos partido
Mas as canções de ninar vão sem parar...
Eles nunca morrem
Isso é como você
E eu
Seremos

Lullabye (Goodnight My Angel)

Goodnight, my angel
Time to close your eyes
And save these questions for another day
I think i know what you've been asking me
I think you know what i've been trying to say
I promised i would never leave you
And you should always know
Wherever you may go
No matter where you are
I never will be far away

Goodnight, my angel
Now it's time to sleep
And still so many things i want to say
Remember all the songs you sang for me
When we went sailing on an emerald bay
And like a boat out on the ocean
I'm rocking you to sleep
The water's dark and deep
Inside this ancient heart
You'll always be a part of me

Lu-lu-lu-lu-lu-lu
Lu-lu-lu-lu-lu-lu-lu-lu-lu

Goodnight, my angel
Now it's time to dream
And dream how wonderful your life will be
Someday your child may cry
And if you sing this lullabye
Then in your heart
There will always be a part of me

Someday we'll all be gone
But lullabyes go on and on...
They never die
That's how you
And i
Will be

Thursday, November 1, 2012

Are you a gangster of love? Yeah!!

«Are you a gangster of love?» - Histórias contadas pelo FUNK & blues...

«Há dias cinzentos»: 1 ano depois...

Autor: Rui Beato
Ilustrador: David Silva
Edições: Vieira da Silva, 2012

1 ano depois deste projecto ter sido arquitectado, é com grande satisfação que vejo o "Há dias cinzentos" chegar à 2º edição 5 meses após o parto. YES!!
Para aqueles que subestimaram este livro pelo que salta à primeira vista, desenganem-se agora meus caros!

Se poderia ser um livro/objecto com outro impacto em termos de materiais? Podia! Mas o conteúdo oferece inúmeras formas de ser explorado e isso é o grande trunfo, para além de uma ilustração altamente apelativa e bem conjugada. O investimento na preparação desta actividade começou novamente a dar frutos depois de uma fase "flat" após o boom  inicial. A história consegue cativar grandes plateias e transportá-las para um cenário de aventura e imprevisibilidade que fixa o leitor / espectador à medida que cada cena é apresentada / representada. E digo espectador porque para além de um livro ser consumido de forma individual, este ganhou asas quando apresentado através de uma leitura encenada (imagem e banda sonora), onde cada personagem ganha vida através de uma interpretação que é fruto de um conhecimento íntimo de cada uma.  A diversidade de indivíduos, de países, de línguas, de culturas...de vidas, torna esta pequena história deveras cativante e os feedbacks falam por si. 
Por trás das palavras e das imagens é interessante penetrar nesta densa mescla de sentimentos, que, apenas os mais afoitos na capacidade de interpretar, conseguem desbravar. 
Cada personagem representa 1 estado de espírito; cada personagem carrega um forte simbolismo que vai para além de uma mera intervenção, o que faz da história uma travessia na idade dos leitores: desde os 8 aos 88.
Deixo no ar que este projecto literário se irá estender numa sequela...«Há dias azuis» e quem sabe numa curta metragem...brevemente.  I hope so!!

Fonte de Inspiração: Um anjo chamado Eva Beato. Quem mais?!

Onde adquirir? --AQUI


Friday, October 5, 2012

»Sunny Thoughts» in a good or bad day. Whatever...


De todas os defeitos e qualidades distribuídos à nascença, o BOM SENSO é daqueles em que, a sua falta, consegue despoletar nos indivíduos uma serie de "perversões" sociais. 
Confesso que cada vez mais me desiludo com as pessoas que fui "fotografando" à medida que caminho na vida. Ou melhor, se calhar já nem tenho mais margem para desilusões, porque não posso esperar absolutamente nada de bom dessas pessoas. Ou posso? Ou queria? Ou irei?...
Talvez apenas manter-me como espectador, infelizmente fiel  de um filme sobre a loucura de uma hipotética personagem, levada ao extremo, que não se consegue dissociar de um conjunto de emoções, frustrações, vícios e recalcamentos de infância, arrastando um conjunto de inocentes nessa onda. E infelizmente isto é a vida real!! E o mais caricato é que tudo tem uma resolução tão simples como o ar que respiramos. DIÁLOGO. RESPEITO pelo próximo. Hoje em dia ninguém ou muito poucos sabem dialogar e ser sinceros no que dizem. Criam verdadeiras e monstruosas BOLAS DE NEVE de fúria, numa cansativa luta contra si próprios à procura de um culpado, quando a culpa nunca saiu de casa.
Apenas se consegue viver em paz com os outros, quando se consegue descobrir a Paz em si próprio. A saúde mental é das preservações mais importantes do nosso bem estar. Quem não consegue admitir que precisa de AJUDA especializada; quem não consegue reter o que daí vier e transformar esse realinhamento em algo de bom para si, então a própria sombra chama-se LOUCURA, demência, ou qualquer outra doença do foro psíquico.  " oh eu? Estás doido, tu é que és doido! 
Ah, quanto respeito tenho pela psicologia, essa ciência que em nada parece exacta pela disparidade de diagnósticos, mas tão exacta, quando exercida com sabedoria, distanciamento e espírito de missão (estilo Indiana Jones em busca da "arca" perdida) na apresentação de um espelho, que retrata um "outro" da qual nunca tínhamos reconhecido diante de nós. 
E mais um dia vou descansar tranquilo... com a garantia de que só não faço mais e melhor se não puder. 
Aos que AMO, eis-me de braços abertos para VOS receber sempre... com tudo de MIM.  

"A felicidade humana geralmente não é atingido com golpes de sorte, que podem ocorrer raramente, mas com pequenas coisas que acontecem todos os dias." Benjamin Franklin 

  • "Quanto maior o nível de serenidade da mente, maior a nossa capacidade de desfrutar de uma vida feliz."
    Dalai Lama, A Arte da Felicidade.


Wednesday, August 15, 2012

Bela história... recém chegada à minha lista

Esta excelente história (neste momento já alterada e adaptada por mim) irá preencher a minha vasta lista nas próximas sessões de contos. Brevemente num serão perto de si!


Sunday, July 15, 2012

Fantasmas do passado ao presente...estou farto!

"Todos os dias os encontro. Evito-os. Às vezes sou obrigado a escutá-los, a dialogar com eles. Já não me confrangem. Contam-me vitórias. Querem vencer, querem, convencidos, convencer. Vençam lá, à vontade. Sobretudo, vençam sem me chatear."
Alexandre O'Neill

Entre continuar a queimar neurónios, enfraquecer o sistema nervoso e desistir de uma batalha perdida, prefiro a segunda. A isto se deve a existência de certa(s) pessoas que, sim, apenas existem, mas com o intuito de nos toldar o espírito, de oferecer saúde à consciência e de nos fazer perceber que a vida é muito mais importante do que reclamar o que nos é devido. Pelo menos com estes fantasmas! No final, aquilo que sempre reclamámos pela convicção de um sentimento superior acabará por chegar...quiçá pela voz de alguém que sempre carregou consigo as sementes do desejo, da verdade, do amor purificado. É aquilo a   chamo de justiça poética.
Choca-me como estes indivíduos ainda não aprenderam a fazer o balanço das suas vidas, que daria uma interminável lista de créditos e débitos, de realizações e fracassos, de insípidos gestos de bondade e verdadeiros e inúmeros atos de crueldade. E no entanto, sem terem a capacidade de olharem aos terríveis desequilíbrios, há quanto tempo os créditos já se esfumaram enquanto os débitos de egoísmo, presunção, ódio e vaidade continuam a engordar a fatura. São estes os reflexos de gente incivilizada por natureza, que belisca traiçoeiramente aqueles de quem nunca serão capazes de igualar, no tamanho do coração... porque nem sequer possuem um.  
Vençam lá, à vontade, falem lá à vontade, impliquem por tudo e por nada....mas falem de mim apenas se a sua vida for um exemplo. Isto é a prova de quem tem a vida mal resolvida e provavelmente nunca a terá, porque é escravo de si próprio.
"Respiro para fora e penso para mim mesmo: Sou cúmplice desta ânsia? Sou culpado? Ou serei vítima? Sou todas. É isso, sou todas." 
Era. Fui. Obrigado fantasmas.

Saturday, June 23, 2012

23 sábio minutos. A não perder...

23 sábios minutos. Caso aguentes até ao fim, podes até não ouvir nada de novo, mas com certeza que vais pensar de outra forma, pelo menos até ao minuto 23...

Thursday, June 21, 2012

Se...

(ilustração: Há dias cinzentos)


Se... 
Se és capaz de manter tua calma, quando,
todo mundo ao redor já a perdeu e te culpa.
De crer em ti quando estão todos duvidando,
e para esses no entanto achar uma desculpa.

Se és capaz de esperar sem te desesperares,
ou, enganado, não mentir ao mentiroso,
Ou, sendo odiado, sempre ao ódio te esquivares,
e não parecer bom demais, nem pretensioso.

Se és capaz de pensar - sem que a isso só te atires,
de sonhar - sem fazer dos sonhos teus senhores.
Se, encontrando a Desgraça e o Triunfo, conseguires,
tratar da mesma forma a esses dois impostores.

Se és capaz de sofrer a dor de ver mudadas,
em armadilhas as verdades que disseste
E as coisas, por que deste a vida estraçalhadas,
e refazê-las com o bem pouco que te reste.

Se és capaz de arriscar numa única parada,
tudo quanto ganhaste em toda a tua vida.
E perder e, ao perder, sem nunca dizer nada,
resignado, tornar ao ponto de partida.

De forçar coração, nervos, músculos, tudo,
a dar seja o que for que neles ainda existe.
E a persistir assim quando, exausto, contudo,
resta a vontade em ti, que ainda te ordena: Persiste!

Se és capaz de, entre a plebe, não te corromperes,
e, entre Reis, não perder a naturalidade.
E de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes,
se a todos podes ser de alguma utilidade.

Se és capaz de dar, segundo por segundo,
ao minuto fatal todo valor e brilho.
Tua é a Terra com tudo o que existe no mundo,
e - o que ainda é muito mais - és um Homem, meu filho!  (- Eu sei!!...)

Rudyard Kipling

Tuesday, June 19, 2012

Thursday, June 7, 2012

Eu quero tudo

Eu quero tudo, pra toda a gente.
Seja quem for. É me indiferente!
Eu quero tudo mas não digo o quê,
Apenas quero, apenas espero
Que o que vier seja merecido,
pois quem tem olhos não pergunta. Vê!

Sunday, June 3, 2012

Desvendando a Bipolar(idade)...



Infelizmente os cavaleiros do Funk, têm que combater as aberrações do "mundo das trevas" vezes sem conta, numa conta de vezes até as subtrair a uma mera réstia de existência. Algumas maldades do mundo estiveram diante de nós tanto tempo que acabámos por aceitá-las resignadamente.  Uma espécie de «síndrome de estocolmo» social... que ora vai e vem. Sem remédio. A bipolaridade é aquilo que vimos todos os dias em tantos que se cruzam connosco e não conseguimos explicar o porquê de tanta loucura, ódio, descompensação, incoerência, raiva, mentira e outras "merdas" que nos vão torrando a paciência...que tem limites.
BIPOLARIDADE
(CAUSAS E TRAT... se é que existe)
Desvendando a bipolaridade
É interessante a invenção de novos nomes ou diagnósticos para descrever velhas patologias conhecidas. Assim como a síndrome de pânico foi uma mera derivativa das chamadas fobias, a bipolaridade é o nome moderno para o chamado transtorno maníaco-depressivo. A renomeação de moléstias segue o princípio da maquilhagem moderna farmacológica, dando certa ilusão de um instrumento mais efetivo e poderoso no combate à doença. Como todos sabem, a bipolaridade é definida principalmente pela constante e repetitiva oscilação do humor e comportamento do sujeito; ora um estado depressivo, melancólico, ou a euforia, alegria e uma energização que deixa perplexo todos que convivem com a pessoa. A primeira coisa interessante para se notar é que ao contrário do que muitos pensam, o fenómeno da agressividade não se encontra no pólo maníaco, mas justamente na fase depressiva. A explicação é simples, a agressividade permeia dito pólo como uma reação à frustração da pouca durabilidade da fase maníaca e também como uma forma de contaminar completamente o ambiente ao seu redor, “como nunca irei superar tal situação, desejo que sintam a mesma angústia”. Claro que neste ponto entram elementos poderosos de inveja e vingança contra o meio. Infelizmente o bipolar sempre irá comemorar o insucesso ou infortúnio do outro, a projeção é seu mais puro e doce alimento. (claro que não estou emitindo um juízo de valor sobre o caráter de ninguém, apenas relatando uma manifestação comportamental frente ao transtorno)

O que mais chama atenção em tal enfermidade é quando da passagem depressiva para a maníaca, como disse anteriormente, há um vigor ou paz de espírito quase que sobrenaturais, causando uma total frustração no acompanhante ou familiar da pessoa, que não se conforma que o indivíduo não consiga se estabilizar em tal estágio, pois teria amplos recursos para tal empreitada. Mas neste ponto, o leitor irá indagar que é justamente a bipolaridade que não permite tal fato. O que desejo concluir é que a lamúria, tendência ao auto-sofrimento, autocomiseração é incrivelmente mais potente do que qualquer princípio da realidade que traga satisfação ou estabilidade. A mensagem máxima de todo esse processo mórbido, é a insistência numa ingenuidade ou infantilidade, achando que o meio ao seu redor deve ter eterna paciência e compreensão perante todos os mecanismos confusos e difusos apresentados. O bipolar reclama um amor incondicional, ao mesmo tempo em que tenta condicionar os outros para a aceitação de sua estrutura neurótica de personalidade. A bipolaridade não deixa de ser um fenómeno psicológico que denuncia com exatidão o espírito sociológico de nosso tempo: “tenho pleno potencial para o amor, afeto e harmonia, mas, repentinamente me lembro de meu contrato quase que vitalício assinado com o caos ou perturbação nos relacionamentos, tudo isso oriundo de um mimo não resolvido perante uma suposta rejeição das figuras parentais. O bipolar apela o tempo todo, forçando seu direito ao amor que não obteve, sendo que não resgata em hipótese alguma suas falhas pessoais nesse histórico de convívio.

A instabilidade histórica do bipolar se origina em sua angústia pessoal de identificar quem é o modelo afetivo que irá lhe proporcionar segurança; ora é o pai, a mãe, ou o ódio contra ambos, nunca havendo uma linha linear. Parece não existir uma vontade interna para a superação do problema. A medicação é vista como uma espécie de império absoluto, sendo que na maioria dos casos a psicoterapia é encarada com total desconfiança. O fato é que a manifestação mórbida possui um caráter muito forte de sedução, seja pela pena ou compaixão, exigindo uma resposta constante de pleno cuidado por parte do meio ao redor da pessoa. A insistência da psicoterapia passa a ser fundamental, pois acima de tudo, o bipolar deve a si mesmo uma explicação para todo o seu excesso. Gostaria neste ponto de colocar uma tese talvez estranha, mas que na minha concepção é bastante inovadora. E se determinado transtorno mental for um derivado de um protesto familiar ou social reprimido? Antes que alguém ache tal tese absurda, pensem que o maior medo em nossos dias é em relação à opinião alheia, coisa que o bipolar dribla com a máxima maestria, se utilizando da descompensação como escusa de suas atitudes. Este é exatamente o ponto chave, sendo que a doença é o que sobrou de certa forma de uma mitigação política e ideológica; a rebeldia ou protesto social é totalmente convertido para o pólo psicológico. Obviamente não estou querendo inferir que determinada pessoa avessa à política irá desenvolver a bipolaridade, mas, apenas ressalto o transporte de um fenómeno social para uma área privada da personalidade. A mente parece que capta qualquer aspecto importante de algum derivativo social, sendo que o mesmo jamais se apaga, apenas adquire novo molde ou formato. O bipolar encena num microcosmo toda uma esfera política e histórica da humanidade, de luta pela atenção, poder, compaixão, sedução e diversos outros fenómenos sociais. Nunca podemos pensar num modelo individualizado de tratamento sem a compreensão paralela que a doença é criativa ao adquirir determinados formatos dos moldes económicos e sociais de nossa era.
A grande questão que se coloca é quando realmente estaremos plenamente motivados a atacar de frente determinado problema, pois parece que sempre o estamos mascarando ou rodeando. O desequilíbrio psicológico nunca é por acaso, é principalmente uma sequência histórica de frustração e desilusão. Uma reflexão vital que todos devem fazer é sobre o tipo de poder que tentam adquirir durante a vida: criatividade, poder económico, político, sedução e beleza ou através da doença. A necessidade de ser notado é praticamente um correlato das necessidades fisiológicas do ser humano, seja de uma forma saudável ou em tons bizarros. Nomeando de bipolaridade ou psicose maníaco-depressiva, como devemos interpretar a fundo tal fenómeno? Tanto a ascensão ou o famoso pico, quanto à queda ou depressão, remetem ao famoso conceito do psicólogo ALFRED ADLER acerca do complexo de superioridade e inferioridade. A bipolaridade nada mais é do que este intercâmbio psicológico. Na mania, a euforia, certeza da vitória, auto-estima em elevação e sensação de auto-suficiência, e ainda tentativa de destaque tendo ou não os recursos para tal empreitada; na fase depressiva o choro, culpa, lamúria, necessidade de projeção do caos pessoal para outras pessoas, e insistência no mecanismo da sedução, através da pena ou solidariedade do meio enquanto a pessoa permanecer recaída.
Será que vale a pena, digamos assim, chamar a atenção ou atuar algo psicossomático constantemente? A resposta novamente nos remete ao complexo de poder. Se não temos uma vaga cativa na cena política, social ou económica, resta o uso do corpo ou enfermidade da alma para sermos lembrados. É interessante como sempre notei o aspecto mais do que ambicioso do bipolar. Assim como no começo do estudo, faço um alerta quanto a qualquer concepção reducionista; sem sombra de dúvida, pessoas abastadas e com poder também podem descarregar suas frustrações nas enfermidades mentais, apenas estou salientando a existência do fenómeno em determinadas pessoas onde impera um vazio de poder pessoal. Quando determinado sujeito começa a notar que seu espírito talvez seja estéril, começa a manipular ou até brincar com os conteúdos psicossomáticos citados, visando uma diversificação deformada ou amplificação corrupta do seu (eu) ou sentido de existência. Ao contrário do obsessivo, o bipolar rejeita qualquer tipo de ordem ou organização de sua conduta diária de vida. Tudo é sempre através do improviso ou impulsividade, sendo que o resultado é bastante óbvio; uma perda em todas as esferas: econômica, pessoal e afetiva. Pensemos neste ponto na questão do dinheiro; igualmente ao maníaco-depressivo de antigamente que perdia sua casa em jogo de azar, o bipolar traça o mesmo caminho de forma talvez resumida ou dissimulada; dívidas bancárias, protestos contra seu nome, perda de objetos comuns, esquecimento ou falta de cuidado com seus bens, enfim, jamais consegue cuidar efetivamente de seu património, pois se sente eternamente miserável ou dependente, atuando como uma criança que não tardará a estragar algo valioso que lhe foi fornecido ou conquistado, o consumismo é apenas uma fachada contra a terrível ansiedade que se abate sobre a pessoa.


Outra característica notável no bipolar é que o mesmo se dá plena autorização para vivenciar o egoísmo sem nenhum remorso ou culpa; faz uma matemática singular; todo o sofrimento de seu passado terá de ser pago e aceito sem reclamações acerca de sua conduta narcisista, egoísta e individualista. Seus disparates são vistos pelo próprio indivíduo como uma excentricidade criativa e louvável; dando a entender que o sinal de estar vivo é sempre o comportamento de risco ou tensão. O bipolar manipula um palco para a apresentação quase eterna de uma personalidade neurótica que não dá quase nenhum sinal ou vontade de mudança. O que temos de perceber é que o desafio extremo contra a civilização ou moralidade saudável não é apenas a conduta agressiva ou marginal, mas, como FREUD pontuou com maestria, a neurose se incumbe de dita tarefa de uma forma onde não será achada ou combatida. Recalque não é apenas energia sexual ou afetiva parada, é antes de tudo um combate violento e quase que invisível às regras e normas instituídas, principalmente às que dizem da normalidade e saúde psicológica. Como estou dizendo neste estudo, a tarefa básica é colocar seu mundo de caos e lamúria pessoal acima de qualquer conceito racional de prazer ou satisfação. Novamente falando do passado o maníaco-depressivo usava sua doença ou regressão como uma fuga de sua realidade insuportável; o bipolar insiste em obter mais alguma dose de mimo ou proteção, mesmo que há muito já tenha passado de tal fase, o saudosismo será sua marca no transcorrer da vida. Sobre a questão comportamental é interessante notar alguns sintomas adjacentes em tal moléstia, um deles é a neurose obsessivo-compulsiva ou o moderno “toc” (transtorno-obsessivo compulsivo), mais uma vez um novo nome para um velho problema conhecido. Mas o curioso é que sua obsessividade é totalmente restrita a certa área, ou círculo de atuação bem reduzido: mania de limpeza apenas em um cómodo da casa, em seu corpo também, citando dois exemplos. A análise deste círculo diminuto de poder ou preocupação é simples; é uma denúncia ou reprodução de sua carência ou sensação de ter obtido pouca atenção afetiva de seu meio, ou seja, reproduz sua miserabilidade emocional em determinadas manias.
Fato é que determinadas pessoas famosas ou célebres como observei, também desenvolvem os sintomas citados, o que refutaria todas as colocações anteriores, porém, em defesa de meio argumento deixo claro que o bipolar utiliza determinado estratagema em virtude de sua imensa carência ou baixa estima, já determinadas pessoas notórias desenvolvem todo o comportamental descrito pela culpa ou a famosa neurose de êxito, tão bem descrita por ALFRED ADLER, como sendo uma solidariedade neurótica para os não afortunados, destruindo seu próprio potencial pessoal para tal finalidade. Mas tal fenômeno não entraria em choque com o egoísmo de nosso modelo social? A resposta é não, porque o destaque também irá cobrar um preço, e o mesmo pode vir a ser a vulnerabilidade para todo o tipo de crítica do meio. A diferença entre a descrição dessas pessoas notórias e o bipolar, é que este último lida, desvia ou contém muito bem o sentimento de culpa, pela obrigação da dívida do meio para seu afeto reduzido. Três coisas o ser humano jamais conseguirá, pelo menos até o presente; imortalidade, sentimento de segurança, e blindagem contra a vergonha ou crítica da sociedade, mesmo que tenha obtido sucesso ou poderio económico. O bipolar segue o mesmo traçado da problemática das drogas, ou melhor dizendo, uma total insensibilidade perante as pessoas que o acompanham, principalmente na esfera económica, obrigando gastos excessivos para o tratamento sem nenhum remorso ou senso do sacrifício para cobrir tal necessidade. É valioso dizer que esta questão que estou discutindo se assemelha novamente à questão da medicação psiquiátrica em nossos dias, num primeiro momento há uma melhora, para depois, o remédio se tornar um ícone por si só, independentemente se produz ainda ou não resultados. É como se uma determinada substância química cobrasse o preço de seu efeito muito além do que o indivíduo está habilitado a pagar, não é esse o problema central do drogadicto? Se pensarmos em termos estruturais a coisa se torna até um pouco mística ou paranormal, como se algumas pessoas tivessem um convite especial para usufruírem de todo sofrimento sem nenhum limite ou prazo de validade. Um passe livre permanente ao caos desenfreado ou até sem propósito se fizermos uma análise profunda pelo lado racional.
Retomando o aspecto da infantilização do bipolar, tal fenómeno é uma reação pretérita, presente e futura contra a terrível angústia da morte, pois a partir do momento que jamais aceito o crescimento ou evolução, simbolicamente estarei adiando o triste fim de todo ser humano. O problema é que tal conduta tem sérios efeitos colaterais, pois mescla fases de desenvolvimento que geram conflitos internos poderosos, e o resultado é a insatisfação crônica acerca de si própria, nada o satisfaz, sendo que até o lado positivo ou determinado ganho é encarado com queixas ou desconfiança. Mas se o bipolar lida muito bem com a culpa, já não o consegue com a questão do arrependimento. E qual seria a diferença entre os dois? A culpa é um processo rígido, crónico, estabelecido ou extremamente embasado na personalidade do sujeito, é uma espécie de estilo de vida ou traço marcante do seu ego. O arrependimento se assemelha mais a um estratagema infantil para a comoção ou evitar a agressividade ou vingança do outro por alguma falta cometida. A prova disso tudo é que se pensarmos na culpa, a mesma tem raízes históricas, pois na maioria das vezes imputa no semelhante uma fragilidade inexistente, sendo que a pessoa acha que o outro será destruído por determinado comentário ou ação, a culpa reduz plenamente a capacidade de absorção do outro, sendo que o arrependimento quer motivar a compaixão. Um fenómeno curioso que noto há algum tempo é que parece que determinadas pessoas vivenciam ou atuam problemáticas que não são verdadeiramente de seu íntimo, mas que são emprestadas de seu meio circundante, como se fosse uma terceirização do sofrimento como brincou um de meus colaboradores dos meus textos. Tal situação novamente se remete à culpa ou solidariedade com o caos alheio, um acordo mais do que mórbido para a pessoa adiar a resolução de seu problema íntimo, sentindo que o mesmo é quase que insuperável; obviamente fica mais fácil depositar as energias na consecução da resolução do problema do outro.
Voltando a questão da medicação, novamente faço um alerta para o extremo cuidado ao ser ministrada, pois a química tem o simbolismo da emergência, sendo tudo que o espírito do bipolar está acostumado e não consegue afastar. Acho que está claro até o presente ponto que fica quase que impossível o estabelecimento de limites comportamentais em tal enfermidade, o que seria a cura se tal ato fosse possível. O problema é que qualquer tentativa externa é sempre inócua e só produz mais rebelião e protesto, dado que o bipolar ama com paixão a extravagância, rebeldia infundada ou o protesto inútil. A essência do desvio comportamental é exatamente se alimentar da preocupação ou esforço para sua extinção ou cura, esta é sem dúvida alguma a contradição máxima jamais resolvida pela psicologia ou psiquiatria. A coisa é tão clara que na experiência clínica noto que o bipolar apenas faz uma reflexão de suas atitudes na extrema perda ou rompimento, quando não consegue mais ser o centro do palco através de sua neurose, sentindo que a pessoa ao lado desistiu literalmente de todo o esforço para uma melhoria da condição em que o sujeito se encontra. Nesse momento respinga no mesmo um ar adulto ou consciência de sua responsabilidade seja afetiva, profissional ou social, porém, não tardará a se utilizar novamente de sua arma preferida para que as coisas permaneçam do mesmo jeito que outrora, apelando incessantemente para a compaixão ou piedade de seu infortúnio. Notem que todos detestam o termo piedade, pois se refere a uma pessoa totalmente despotencializada ou desprovida de capacidade de gerir sua existência. Porém, o bipolar sempre arruma uma forma genuína de transformar aquela piedade vergonhosa num triunfo de suas expectativas ou atos desajustados a fim de perpetuar os mesmos.

Tal tese coloca na encruzilhada talvez quase que toda a história da psicologia, acerca do fenómeno da escuta. Este muitas vezes passa a ser uma espécie de sonífero contra a percepção da dificuldade de mudança ou transformação verdadeira. Não estou tampouco defendendo nenhuma abordagem comportamental ou imposição de regras, o que seria totalmente infrutífero, ressalto apenas o lado pouco prático da psicoterapia, pois a resistência se acha na própria queixa do paciente ou na escuta passiva do terapeuta, sendo a missão máxima do mesmo desvendar todo o rol de mentiras que o sujeito interpreta acerca de seu problema. Nunca uma queixa é isolada, nem mesmo os chamados fenómenos psicossomáticos, ou orgânicos, tudo forma um palco nebuloso de continuar na mesma, mesmo com todas as perdas de tal escolha. Mas então se trataria de uma espécie de masoquismo e a psicoterapia apenas seria uma desculpa para dizer que se tentou algo novo? FREUD, ADLER, JUNG, todos tocaram no chamado mecanismo da compensação que a doença produz, desde a atenção até evitar a humilhação de um teste real caso a pessoa não se escondesse atrás de determinado infortúnio. Retomando minha velha ideia, o distúrbio neurótico se torna uma espécie de vírus ou entidade com inteligência própria e sentido de sobrevivência, não é a toa que os antigos confundiam doença mental com possessão, e ao invés da psicanálise ir a fundo nisso, se escondeu atrás de preconceito ou um falso senso científico dos fatos. Uma prova dessa tese toda é a característica do neurótico se cercar de pessoas tão ou mais problemáticas, mascarando por completo todo o seu dever de evolução psíquica ou melhor dizendo, zerando sua dívida para com a saúde. Tudo o que estou falando serviria para diversas moléstias; depressão, compulsão, paranóia de entre outras e obviamente, bipolaridade. A neurose nunca foi criativa por natureza ao contrário do que podemos pensar, mas tal fato nunca serviu de atenuante para seu alto poder destrutivo na pessoalidade do ser humano. O bipolar é apenas uma variação um pouco mais moderna, tomando todas as características de chantagem emocional num patamar extremamente potencializado, onde a diferença de outrora é o perigo real, pois nunca mede consequência.
Não chega a ser um suicida, mas sabe como ninguém matar todo um equilíbrio emocional, familiar e afetivo.

Se todos os filósofos e grandes pensadores destacaram a necessidade da descoberta do sentido da vida, cabe a psicologia descobrir a causa do real e verdadeiro sofrimento que abala a estrutura psíquica. Antigamente a doença mental levava certamente ao óbito; hoje em dia, seguindo a tendência da medicina no tocante ao prolongamento da expectativa de vida, notamos que o abalo psicológico tenta se eternizar sem destruir a vida biológica da pessoa. Retomando as diferenças ou semelhanças entre bipolaridade e transtorno obsessivo-compulsivo, é interessante a falha na recomendação da conduta sobre o tratamento. Muitos avaliam que a terapia comportamental é a melhor solução para ambos os casos, se esquecendo que o esforço para eliminar tais moléstias, já é sem sombra de dúvida o combustível para a perpetuação das mesmas, pois ambas se alimentam de uma atenção consciente e inconsciente sem precedentes no âmbito psicológico. Na verdade o transtorno obsessivo compulsivo não deixa de ser a loucura da segurança ilimitada transportada para todo o tipo de mania (“não admito em hipótese alguma perder as coisas conquistadas em meu suposto reino pessoal”), já a bipolaridade tocando novamente na diferença é justamente o inverso, uma espécie de desporto radical da mente, levando a mesma a todo tipo de excesso ou desajuste pessoal e social. Se pensarmos no próprio complexo de Édipo ou a clássica noção do trauma em termos da psicologia, veremos que ambos remetem sempre à canonização do passado, seja revivendo o sofrimento ou o saudosismo de um prazer que foi real ou imaginado pelo sujeito, o fato é que no distúrbio da bipolaridade as coisas são semelhantes: regredir, necessidade constante de ser cuidado e amparado.
O bipolar assim como a maioria dos drogadictos não vislumbra nem de longe a hipótese de uma tomada de decisão para a resolução de seu caos pessoal; as consequências são mais do que conhecidas, perda de oportunidades em todas as esferas: profissional, social e afetiva. No decorrer deste estudo, venho salientando um paralelo pouco notado pela medicina e psicologia entre bipolaridade e infantilismo. Todas as armas serão usadas para a manutenção deste último, e é neste ponto que a bipolaridade irá se confundir quase que totalmente com o fenómeno da loucura ou esquizofrenia, pois não medirá nenhum esforço em qualquer manifestação mórbida para a consecução de tal objetivo, seja através da histeria, compulsão ou toxicomania. Todo profissional experiente já notou há muito tempo que tal transtorno talvez seja o maior desafio da saúde mental das últimas décadas, pois assim como a drogadicção, parece que qualquer esforço sempre acaba em desilusão ou fracasso. Por acaso alguém tinha a ilusão de que numa sociedade que potencializa toda esfera negativa o tempo todo, o distúrbio mental não iria mimetizar da mesma forma? O fato é que estamos nos deparando com desafios mentais extremamente amplificados, e parece que só estamos narcotizando ou mascarando os nefastos efeitos de nossa vida quotidiana permeada pela competição, disputa de poder e inveja. Infelizmente em tais pecados capitais ninguém ousa adentrar, consequência de um puritanismo maléfico para qualquer espírito que deseje alguma evolução na alma humana.

Enfim, cabe uma reflexão científica acerca do que é realmente constituída a doença mental ou distúrbio psicológico? Desequilíbrio hormonal, variações do sistema límbico ou do hipotálamo, instabilidade nos níveis da serotonina; creio que tudo isso é mais do que verdadeiro se analisado por equipamentos electrónicos ou de última geração da medicina contemporânea, mas se desejarmos uma análise meramente humana veremos que seu início sempre ocorre na recusa do avanço ou desenvolvimento interpessoal; sabotagem da criatividade visando reviver uma etapa de vida totalmente ultrapassada e não condizente com a atualidade do indivíduo. Que imensa mentira aquele provérbio que todos almejam a felicidade ou satisfação; FREUD provou as barreiras morais para a consecução do prazer genital genuíno, e hoje em dia vemos barreiras totalmente dissimuladas que limitam um sentido de vida saudável ou frutífero para a pessoa. A diferença é que no começo do século vinte a fala era praticamente proibida, daí o advento da psicanálise como socorro de uma alma torturada pela tirania moral, e hoje o discurso do sujeito é totalmente alienante e sem sentido, pois a maioria procura um prazer que jamais foi seu, apenas imitação de símbolos impostos pela sociedade de consumo que está pouco se importando com a saúde mental das pessoas, e sim, o quanto as mesmas estão dispostas a gastar ou se endividarem; sofrimento é uma solidão incurável por se buscar algo totalmente imaginário ou irreal, e é isto que se faz neste mundo há muitos séculos, embora com mais virulência nas últimas décadas. Todos se esqueceram que há nítida diferença entre satisfação, prazer e felicidade; o primeiro fenómeno é quase que totalmente corrompido pela inveja e competição, levando o indivíduo para caminhos distantes de se verdadeiro eu; o segundo tão estudado por FREUD é plenamente contaminado pela estrutura e histórico familiar do sujeito, fazendo com que o mesmo seja solidário ou repita o sofrimento dos pais em todos os contextos dos relacionamentos; o terceiro não diz de ausência de sofrimento, nem de se viver numa ilha ou paraíso artificial, mas de uma mente capaz sempre de fazer leituras profundas e verdadeiras e é isto que está em total escassez em nossa sociedade, uma capacidade verdadeira de análise pessoal e social, e como o indivíduo se enquadra nesse processo e quais serão suas reais escolhas, sem o vício ridículo de culpar alguém por determinado infortúnio ou insucesso. Felicidade é a capacidade eterna de reação, mesclando elementos de ódio e amor, mas nunca caindo na armadilha da destrutividade ou vingança, apenas exigir para si próprio a retomada da energia exaurida ou perdida. Quando digo ódio, não é aquele fomentado diariamente pelos média ou a sociedade insensível em que vivemos, mas o apelo para a reação do sujeito, que o mesmo fique com rancor de seu vício de sofrer e tente algo criativo, que possa lhe abrir o horizonte para uma conquista verdadeira, esse é sem dúvida o paraíso do prazer e preenchimento da alma.
A.C.A.A. - psicólogo
Thanks Doc!!
DrFunkenstein

Saturday, May 19, 2012

DrFunkenstein dedica a DrFunkenstein

A intolerância e a injustiça são pequenos monstros que tendem a personificar em gente que nem sequer chega a ser gente. São uma espécie de zombies sociais prontos a atacar e morder sem piedade e sem saberem porquê,  aqueles que se cruzaram no próprio caminho...às vezes e infelizmente, até os filhos.
Aqui manifesto o meu total repúdio pelas pessoas que não sabem viver nem deixam viver....
porque aqui no país do Funk, somos sempre mais fortes! Aqui, a consciência é como o algodão:  não engana. 

Tuesday, May 15, 2012

Às vezes voltamos a nascer!! Funking good!

A vida é uma corrente mutável. Quando acreditamos em "sonhos" criados por um consciente moribundo, deixam de ser sonhos para passar a ser apenas: aspirações. Algumas delas bem perversas até para connosco. A procura de um prazer imediato, de um escape económico, de uma fuga imoral ou de uma ostentação orgulhosa de um Eu mesquinho e desprovido de essência, de valores.
No entanto, quando a vida nos dá a oportunidade única de alcançar realmente a felicidade, de nos encontrarmos, de nos voltarmos a reconhecer, então aí sim, vale a pena agarrar as oportunidades de forma sensata, coerente e persistente. Tudo o que for para além disso não passa de um escape a uma descompensação que se arrasta ao longo dos tempos, das vidas e que, enquanto não apreender a consciência daquilo que  perdeu, andará errante sem nunca atingir completamente o grande objetivo da vida: o pleno da felicidade.
«We are young»...sempre! Com as pessoas certas que nos fazem sentir essa sensação de forma permanente. Caso contrário seremos eternamente "velhos" sem salvação possível...enquanto a barcaça do tempo atravessa incessantemente e "repetidamente" as margens da...COMPORTA sem nunca se conseguir realmente ancorar.

Porque  o novo rumo será FUN!!

Thursday, April 12, 2012

E se o Capuchinho Vermelho...

E se o Capuchinho Vermelho controlasse a mente do lobo? Há capuchinhos com ar inocente mas altamente perversos e maquiavélicos. Uhhhh! :)
A imaginação... e a realidade...sem limites.
DrFunkenstein


 


(Ilustração de Anita Kunz)

Monday, April 9, 2012

Sugestão de Leitura... COOL!

Um dos meus "novos" escritores preferidos (Albert Espinosa) aprendeu que a TERNURA, é das coisas mais bonitas e importantes da vida, o qual subscrevo inteiramente. E que ao invés de haver uma lista com os 10 TERRORISTAS mais procurados no mundo, porque não uma lista com os 10 TERNURISTAS mais procurados no mundo? Conseguirias encaixar-te? Que é idílico... talvez, mas não deixa de ser um pensamento SOBERBO.
Este homem sobreviveu nada mais, nada menos que a 4...cancros! E não tem uma perna! Grande herói!

Pelo menos que o sejamos para aqueles que, ao se aventurarem nas nossas vidas o mereçam...ou porque nos merecem.

Infelizmente há que saber conviver com os "outros"... até verem a luz.
"Marcos tem um dom. Com um simples olhar, consegue ver o melhor e o mais terrível das recordações de qualquer pessoa, bem como outras doze recordações intermédias. Até agora, esse dom serviu-lhe para uma colaboração relevante com as forças de segurança. Mas tudo pode mudar. No dia em que decide deixar para sempre de dormir. No dia em que a imprensa descobre que há um possível alienígena na terra. No dia em que se cruza com uma mulher que lhe provoca sentimentos inexplicáveis.

Normal e improvável fundem-se nesta história simples, mas envolvente e com uma força emocional surpreendente. Seres de outros planetas e um sistema para renunciar às horas perdidas no sono confundem-se com uma vida quotidiana com que qualquer leitor se pode identificar: as perdas, as expectativas, as paixões. E é interessante como, em cerca de duzentas páginas escritas num estilo acessível e algo irreverente, o autor consegue construir uma história com tanto de peculiar e que, na sua simplicidade, consegue apelar às emoções de quem lê.

Não há explicações profundas para os fenómenos mais improváveis introduzidos neste livro. São, na verdade, apenas um elemento para a história de vida de Marcos (e dos que o rodeiam) e, por isso, são exploradas apenas na medida em que são essenciais à história. Há, ainda assim, algo de cativante em toda a teoria da(s) vida(s) e em toda a mensagem de amor mais forte que a morte, mensagem que é, afinal, a grande força a ser retirada de toda a história do estranho.

Se o bem é abordado com simplicidade (e com uma certa ternura), também no mal os pormenores são evitados. Da experiência do estranho nas mãos dos que o querem explorar não se retiram grandes detalhes do quanto lhe terá sido feito, mas principalmente uma visão bastante clara do que é, afinal, um cenário bastante comum no nosso mundo: a discriminação da diferença e a tendência para a menorização ou neutralização do que não podemos compreender.

Fica, pois, de tudo isto, um impacto final claramente positivo no que diz respeito a esta leitura. Cativante, num estilo muito próprio onde presente e memória, possível e improvável se juntam para construir uma mensagem muito forte, há muito de impressionante a descobrir neste livro. Uma boa história, com um grande final... e muito para reflectir."

Boa semana minha gente!


DrFunkenstein

Tuesday, March 27, 2012

"A vida é uma peça de teatro..."


"A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos".



Charles Chaplin in “My Autobiography”


(dedicado a alguem muito especial...)

Monday, March 19, 2012

DEIXEI DE ACREDITAR EM CONTOS DE FADAS!!!

DEIXEI DE ACREDITAR EM CONTOS DE FADAS!!!
AGORA SÓ VEJO NOVELAS BRASILEIRAS, QUE EU SEI QUE É SÓ A FINGIR... ;)

Friday, March 16, 2012

Mensagem aos vãos...não de escada, mas de espírito

Cansaço de pessoa...do Pessoa



Dedicado a todas as pessoas fúteis, sem valores morais e éticos, sem espírito criativo, e que vivem à margem de objetivos vãos como parasitas, que consomem a vida das almas boas. O maior juíz das nossas vidas existe, algures acima de nós. E virá um dia para nos reclamar...

A amargura, a desilusão e a raiva, são sementes que irão florescer  e dar flores lindas e viçosas quando regadas com amor, consciência e entrega a grandes causas.


«O que há em mim é sobretudo cansaço-
Não disto nem daquilo,
Nem, sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço....

A subtilieza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto em alguém,
Essas coisa todas-
Essas e o que falta nelas eternamente-;
Tudo isto faz cansaço,
Este cansaço,
Cansaço.

Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada-
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infnitamete o finito,
Porque eu desejo impossivelmete o possível,
Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...

E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço.
Íssimo, íssimo, íssimo,
Cansaço...»


F. Pessoa

Friday, March 9, 2012

Sol & Dão

«Solidão...»
in textos de "A metamorfose de um anjo"

A solidão é como um grito no vazio
no meio do nada, num saco sem fundo,
num espaço fechado hermeticamente.
E que às vezes pula da alma sem ser desejada
corrompendo o espírito e
instalando-se no corpo, como um parasita
que maça, que corrompe e que dói.
Quando a solidão se acomoda, o pânico
da dor, que se espalha da mente ao corpo
tornam-se insuportáveis.
Então, pequenos pontos de referência captam
uma atenção vaga, pensativa e deambulante,
por entre memórias gravadas como tatuagens.
O nó da gravata invisível ajeita-se na garganta, impiedoso.
O estômago contrai-se e o corpo rejeita as sensações
que lhe são devidas.
A transformação cumprimenta-me,
cínica, necessária e implacável.
Tento resistir-lhe por entre peripécias inventadas,
desafios encomendados e jogadas a solo.
Desabafo comigo, escrevo pra mim e faço-me companhia
enquanto a solidão, ali ao lado, me fixa num
olhar dasafiador. Resisto e resisto mas não a venço.
Disparo contra ela em todas as direções mas nada a
atinge. Nada a dissipa.
Afinal o amor, não atinge o nada. O amor partilha-se,
oferece-se e procura quem o queira, o deseje e o encontre.
Enquanto isso, vai vivendo na solidão por tempo
indeterminado. O raio da solidão!
A estúpida solidão, é agora o tempo que comanda a vida,
porque o sonho... deixou de o ser.
Quando voltará!? Não sei...talvez um dia.
DrFunkenstein R.B.




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A Dúvida, a Solidão, logo... a Escrita
Na vida, chega um momento - e penso que ele é fatal - ao qual não é possível escapar, em que tudo é posto em causa: o casamento, os amigos, sobretudo os amigos do casal. Tudo menos a criança. A criança nunca é posta em dúvida. E essa dúvida cresce à sua volta. Essa dúvida, está só, é a da solidão. Nasce dela, da solidão. Podemos já nomear a palavra. Creio que há muita gente que não poderia suportar o que aqui digo, que fugiria. Talvez seja por essa razão que nem todos os homens são escritores. Sim. Essa é a diferença. Essa é a verdade. Mais nada. A dúvida é escrever. É, portanto, também, o escritor. E com o escritor todo o mundo escreve. É algo que sempre se soube.
Creio também que sem esta dúvida primeira do gesto em direcção à escrita não existe solidão. Nunca ninguém escreveu a duas vozes. Foi possível cantar a duas vozes, ou fazer música também, e jogar ténis, mas escrever, não. Nunca.
Marguerite Duras, in "Escrever"
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A Construção da Personalidade Criadora

A harmonia do comportamento social requer, todos o sabemos, tanto o isolamento como o convívio. Excessiva comunicação, debates exagerados de assuntos que requerem meditação e peso moral, avesso muitas vezes à cordialidade natural das afinidades electivas, não enriquecem o património de uma sociedade. Antes embotam e alteram o terreno imparcial da sabedoria.
A solidão favorece a intensidade do pensamento; por outro lado, torna de certo modo celerado o homem que lida com a força material, com a técnica, com os outros homens. O impulso é a força que actualiza estas duas atitudes. Os ricos de impulso que se prontificam a uma reacção agressiva ou escandalosa, esses são associais especialmente difíceis. Todo o revolucionário é associal, se o impulso for nele um desvio da vida instintiva, e não uma atitude de homem capaz de obedecer e mandar a si próprio.
«A felicidade máxima do filho da terra há-de ser a personalidade» - disse Goethe. Personalidade criadora, obtida à custa do ajustamento das nossas próprias leis interiores, que não serão mais, no futuro, forças repelidas ou encobertas, mas sim valiosas contribuições para o tempo do homem. Quando tudo for analisado e conhecido, só o justo há-de prevalecer.
Agustina Bessa-Luís, in 'Alegria do Mundo'

Monday, March 5, 2012

A cura pelo som...da Salsa

Afinal descobri que a Salsa também me corre nas veias... Misturado com o Funk é uma bomba de adrenalina no coração.
Yap!! Veleu a pena... ;) Tou curado eheh!! Mas ainda me doem as ancas...

Sunday, February 26, 2012

PHISH - «Funky bitch»...o lado irónico da música

O Funk é um estilo bem característico, no entanto as suas incurssões passam por outras tendências ou influências. Umas boas outras nem tanto. Como em tudo na vida...
PHISH - uma banda rock americana, conhecida pela improvisação musical onde a exploração de  diferentes géneros musicais, é a base da sua criatividade, misturando elementos de uma grande variedade desde o jazz , o rock progressivo , o rock psicadélico , o hard rock , o funk , o popular , bluegrass , reggae , clássica etc.
Criada na Universidade de Vermont em 1983 é formada por quatro membros - Trey Anastasio (guitarra, vocais), Mike Gordon (baixo, vocais), Jon Fishman (bateria, percussão, vocais) e Page McConnell (teclados, vocal).Resistiram durante 20 anos até se desmembrarem em agosto de 2004. Em março de 2009 voltaram a reunir-se tendo feito espetáculos regularment até hoje e com uma agenda preenchida para este ano. Boa onda mesmo!!
Para mais informações cliquem em ... BITCH.
«She has no enemies but is intensely disliked by her friends. » Oscar Wilde
Fiquemos com este tema cheio de groove, cujo nome: "Funky Bitch"... mesmo ao virar da esquina.

Tuesday, February 14, 2012

Todos os dias são iguais... Feliz dia de S.Igual A Todos Os Outros

Concordo. Há quem considere o AMOR um excelente antidepressivo. O problema começa quando a posologia é levada tanto à letra que se acha que há uma altura pra fazer o desmame...
enquanto isso...
experimentaram-se e vão-se experimentando "comprimidos e pílulas" de todas as cores e formas que no fundo não passam de um efeito de placebo pra enganar as consciências que provavelmente nunca tiveram consciência do que são os verdadeiros sentimentos.
Haja saúde e boa disposição, que é o que faz falta pra manter cá a malta, a fazer aquelas cenas que nos deixam em alta.
Feliz dia de S.Igual A Todos Os Outros Dias :)

DrFunkenstein

Sunday, February 12, 2012

God bye Whitney!! Até um dia...

Provavelmente das melodias mais melosamente melodiadas. Mas o Soul é mesmo assim... vem de dentro. E sai com toda a força, quando menos se espera.

Monday, January 30, 2012

The king o' the cats - uma história do outro lado do Atlântico

Aaron Shepard é um escritor americano, (incluido na lista dos favoritos) cujos livros maioritariamente dirijidos ao publico infanto-juvenil, têm ganho inúmeras distinções do outro lado do Atlântico. 
Para além de escritor é um excelente contador de história. The king, o' the cats, uma das minhas preferidas, é uma história que fala sobre um miúdo chamado Peter Black e o seu mestre, o padre Allan, que tinha um gato preto chamado Tom,  Ambos viviam na mesma aldeia e eram vizinhos . Porém, Peter  era repreendido constantemente para se deixar de inventar histórias selvagens e loucas, fazendo com que toda a gente começasse a deixar de lhe dar ouvidos. Até que um dia...
Para ouvir a história contada pelo autor (em inglês)  e dar uma espretadela nas ilustrações cliquem em MIAAAAU!!! ou http://translate.google.com/translate?hl=pt-PT&langpair=en%7Cpt&u=http://www.aaronshep.com/