Som da semana: Funke'n'stein - That's Funk!!

Sunday, April 6, 2008

Sou como uma casa... uma Funky House

Todos os dias me vejo nascer e crescer, e não consigo evitá-lo.
Já disse Edward Westcott, “a única pessoa que pode mudar de opinião, é aquela que tem alguma”, e eu não me sinto mal em fazê-lo regularmente. Não me quero sentir estúpido nem vago. Quero sentir-me vivo e encher a vida de cor, e aos poucos ir-me construindo sem saber quando parar. Não me quero sentir conformado, amargo, pessimista e derrotado. Procuro constantemente aquilo que não posso explicar. Quero trazê-lo para dentro da “casa”. Absorvê-lo, catalogá-lo, interpretá-lo, contemplá-lo ou simplesmente rejeitá-lo.
Seremos mesmo como a nossa própria casa!? Talvez os alicerces sejam sempre os mesmos e permaneçam intactos ao longo do tempo.
Somos como uma casa que permanece no mesmo local. Uma casa cheia de espaços, de divisões, que se vão transformando quer em volume quer em superfície. Para cada espaço existem portas de acesso diferentes e cada uma com sua importância. Umas são estreitas e outras bastante largas, mas nem sempre ficam fechadas porque gostamos de ocupar esses espaços e expô-los a quem vier por bem. Algumas delas só nós as poderemos abrir, mas nem sempre gostamos de ver ao que dão acesso. Dão acesso aos espaços mais cómodos, assim com aos mais incómodos. Serão sempre as nossas portas secretas, que guardam as memórias mais puras ou as mais obscuras. No seu interior encontram-se prateleiras com os despojos da consciência. Só as poderemos abrir livremente quando conseguirmos partilhar o seu interior.
Em cada divisão há um tema e muitos interesses que não deixaremos de contemplar, perseguir, modelar e remodelar. E quando já estamos cansados da decoração, abrimos a janela e despejamos tudo sem contemplação, preparando-nos para remodelar de seguida.
Quando a tarefa está terminada, a casa está transformada. Do exterior, as diferenças e alterações são visíveis. Sempre que uma pequena peça do interior se altera, também as linhas exteriores se modificam. Se alterarmos o interior a imagem que projectamos será diferente. A arquitectura muda sintomaticamente e assim continuará com o tempo, pois o espírito da casa é humano e único.
Poderei estar completamente errado com esta metáfora, não sei…mas neste momento, ficarei à espera que algo me faça mudar de opinião.
Acabei de começar a contagem decrescente e já me sinto ansioso em saber que um dia poderei remodelar de novo o interior, pois tenho consciência que vamos fazendo aprendizagens e reciclagens constantes de tudo o que absorvemos. Mas sei que a minha casa só parará, quando o mundo que a rodeia já não puder entrar nela, porque as portas se fecharam eternamente no tempo. Será relembrada por cada um, que um dia a fixou, a contemplou e a descobriu nesse mesmo momento.
Mantenham activa e construtiva a vossa Funky House, e que tudo o que entre nela, tenha um propósito de auto-construção.
Em tudo o que façam esperem pelo efeito, em toda a acção esperem uma reacção pois nunca deixaremos de ser os "Arquitectos da nossa própria Vida". Com esta reflexão apenas pretendi provocar outras reflexões. Mesmo que errada, quem sabe possa ajudar a encontrar uma mais certa.
A ideia da Casa foi mero acaso, um acaso de ocasião...pois cada caso é um caso!!

1 comment:

Miguel Termentina said...

o funk está mesmo bom por estas paragens, o blog foi incluído no Principadu, welcome e continuação de boas divagações