Som da semana: Funke'n'stein - That's Funk!!

Sunday, February 13, 2011

A ilusão: uma provocação necessária

«A ilusão é o primeiro de todos os prazeres.»
Oscar Wilde

Dizer que o  "foi tempo perdido" a fazer algo de que não produziu o resultado esperado é claramente uma questão de frustração à priori. Talvez devamos começar por inverter essa ideia e supor que a inocuidade de um acto é já por si só um acontecimento muito importante. Não aconteceu nada, mas estar em sintonia com  a passagem do tempo já acarreta algum dinamismo... isto, segundo os parâmetros históricos e cronológicos da ciência. Aproveitar cada segundo para fazer história, ou a vossa própria história. E como neste preciso momento não tenho nada de interessante para fazer, irei perder propositadamente o meu tempo a fluir em pensamentos ou melhor, em conversas comigo próprio em jeito de monólogo,  mas num verdadeiro exercício de devaneio mental à procura de respostas sem perguntas. Se por acaso alguém ler estas palavras e se questionar " este tipo ou é parvo, ou não tem mesmo nada que fazer ou então, há por ali algum desvio, uma perturbaçãozinha psiquiatrica... Há vagas no MiguelBombarda?!) " (Isto, pensado com aquele arzinho arrogante com uma certa fleuma inglesa). Mas o mais divertido da cena é precisamente isto, a provocação
Quantos de nós nos erguemos pela manhã e ligamos o interruptor da ilusão que nos ilumina o caminho do dia, ou da noite no caso de se ser guarda nocturno. O mais interessante é precisamente acordar com esse espírito de aventura, o de embarcar no bote da ilusão. Aquele que nos faz acreditar que um estado de felicidade está na outra margem e nos acena com um lenço de tule transparente. Subscrevendo as palavras do meu amigo Oscar, a ilusão é mesmo o primeiro de todos os prazeres. Acreditar no desejo; acreditar no outro; acreditar no tempo; acreditar nas coisas; acreditar na natureza das coisas, acreditar nos acasos, acreditar em mentiras (diariamente vindas dos sofistas do governo), querer acreditar que nos sairá o euromilhões... Sobretudo acreditar em si próprio. Tudo o resto deverá passar para segundo plano, com todas as consequências que isso trará: a frustração, a expectativa falhada, o desvio, o recalcamento, a frieza do sentimento, a desconfiança, a vingança, a traição, o bloqueio, a raiva. Para gaudio dos psicólogos, psiquiatras, terapeutas e mais uns quantos vasculhadores de mentes "dementes", é o delírio, o climax. "Venha a nós a vossa loucura, seja feita a nossa vontade! Ahahahahahahah! (riso maléfico).
E pronto, acabei a minha sessão  autoterapeutica pra me ir esquivando desta cambada que mencionei em cima. Uma dose comprimida de escrita sem prescrição, de venda livre e às claras. Experimentem, que o Funk é mesmo bom!
Termino com uma adaptação funkiniana para reflectir: "Acreditar ou não acreditar, eis a questão. "

Até breve...

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