Som da semana: Funke'n'stein - That's Funk!!

Tuesday, June 21, 2011

Eu gosto é do Verão!...

Calor, sol, uma praia tranquila e caipirinhas. Alguns ingredientes de sucesso para levantar a moral das tropas, desgastadas por um ano de trabalho ingrato.
O sol do verão chegou (vamos ver até quando…) e continua a fazer a sua missão de biliões e biliões de anos: pintar a paisagem de brilho. E, à imagem de um famoso ilusionista, fazendo levitar tudo o que é orgânico num milagre repetido da mãe Natureza.
Mas deixemo-nos de devaneios epistemológicos acerca do funcionamento deste pequeno órgão do Universo.
Por esta altura começo a dar comigo numa espécie de frankenstein social. O cansaço, a desmotivação e a rotina tomam contornos grotescos. O trabalho mesquinho, o stress caseiro e a hipocrisia mundana fazem o resto, acelerando o processo de activação deste “monstro interior” que, por esta altura, procura desesperadamente sair das catacumbas do quotidiano em busca de uma lufada de ar fresco que lhe acalme o espírito insatisfeito. Esse, sou eu! Um apaixonado fervoroso pela vida e de tudo o que a possa pintar de forma esplendorosa.
Nem sempre é fácil consegui-lo. Falta sempre aquele ingrediente especial que torna aquele momento único, enfim, positivo.
Em cada caminho que percorro, não deixo de procurá-lo, de forma incessante, quase obsessiva, pois sei que por trás de uma qualquer sombra, ele está lá, pronto para se revelar e ser agarrado.
Consigo comparar esta atitude à procura desenfreada de uma droga, da qual já não consigo abdicar. Nem sempre e fácil encontrar coisas boas na vida, basta esperar. Pacientemente. A droga que vos falo é a aquela que provoca as boas vibrações. Quimicamente preparada para assaltar o cérebro “a cavalo” numa endorfina ou numa dopamina, sob a forma de um gesto iluminado. Às vezes sorrisos também contam. Já para não falar das palavras mágicas que conseguem fazer “o meu dia”, numa conspiração de boas ondas. Ou não será esse o propósito da vida!? A procura de momentos felizes.
Muito se tem especulado sobre o que é a vida. Donde vimos e para onde vamos, blá..blá..blá. Descodificar os mistérios da existência nunca foi nem será tarefa consensual. Pessoalmente também tenho a minha teoria. Penso que a vida não é mais do que um aglomerado de experiências que a memória «ainda» retém. Assim, não há vidas boas nem vidas más, mas sim existências que, ao serem relembradas, nos derrubam ou nos levantam, nos alegram ou nos entristecem, nos enganam ou nos ensinam. Afinal, a vida não passa de uma IDEIA que se encontra em prisão perpétua nos labirintos do cérebro e que à mercê do seu carrasco, se vai transformando em amargura ou felicidade.
O meu baú da felicidade está bem guardado numa ilha longínqua algures na costa do cerebelo. E tenho o meu próprio mapa, que até não é assim tão difícil de decifrar. Basta ter a sensibilidade necessária para perceber que o itinerário marcado, leva precisamente ao sítio onde está o baú, de quem o lê.
Por agora, resta-me esperar que o dia D chegue para que “me and my folks”, numa espécie de desembarque da Normandia à portuguesa, descarreguemos as tralhas algures numa costa qualquer. Quiçá sem caipirinhas, mas de papo para o ar recebendo a preciosa oferenda da mãe Natureza, o sol do Verão.

Até à próxima!
DrFunkenstein

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