Um pouco esquecido é certo, mas tanto nos deixou este simpático homem. Mahatma Gandhi é uma das grandes figuras da História e será sempre uma referência para aqueles que se preocupam com uma existência mais humana, próxima com o seu semelhante e pacifista. Longe de ser um moralista puro e usar a metafísica da salvação, procurou sempre transmitir que, antes de se exercer qualquer tipo de poder reivindicativo é fundamental a criação de uma consciência pessoal, avaliando os comportamentos e compromissos individuais perante os outros. "Peace and love" foi a sua arma.
Gandhi criou uma espécie de ioga do cidadão elaborando uma doutrina do diálogo e da não violência (física ou verbal); a diplomacia acima de tudo. Um cidadão deve ter antes de tudo um domínio de si próprio, antes de entrar em "luta" com aqueles que o oprimem. Um cidadão deve libertar-se do constrangimento dos laços sociais que fazem parte do seu estatuto particular, não os rejeitando, mas assumindo a responsabilidade que eles implicam. Um indivíduo deve reformar-se antes de tornar-se reformador. Pessoalmente, assumo que o meu caminho estará muito longe destes preceitos. Mas continuarei a interpretar aqueles que me inspiram e pela qual vou tomando consciência das coisas. De algumas. Entrar em falsos moralismos é foleiro e afinal de contas quem não tem uma "caixa secreta" debaixo da cama...Não devemos desvalorizar as coisas boas. Pelo contrário, mesmo que façamos coisas más. Lá diz o ditado: "Faz o que eu digo, não faças o que eu faço."
E se alguém não entender ou alguém criticar de ânimo leve os defeitos de "qualquer coisa", demonstra na maioria dos casos a ignorância acerca dessa "qualquer coisa" e a sua incapacidade para a considerar do ponto de vista da "qualquer coisa", deformando a sua visão e falseando a sua interpretação. Qualquer coisa pode ser "qualquer coisa"... o Funk é "qualquer coisa", a cor da pele, a posição social, a orientação sexual, o trabalho, as fantasias, os gostos pessoais, o status, a indiferença, a música, a capacidade de criar algo, o rol de amigos e relações, a capacidade de se abster, a capacidade de provocar reações, a utilização de filosofias baratas pra justificar propósitos, a criação de blogs com a pedagogia do desabafo ou mesmo a capacidade de espicaçar os pensamentos com metáforas, pode ser "qualquer coisa".
Se pelo menos formos capazes de considerar igualmente todas as "qualquer coisa", não hesitaremos em adoptar na nossa, os aspectos aceitáveis das outras. Razões egocentricas?! Não, obrigado!!
E como sentimos os ventos da India, aqui fica um aroma musical com boa onda. Uma mistura de música tradicional indiana e jazz, com cítaras e tablas à mistura: "Ritesh Dash".
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