Se há uma palavra que consegue ligar estes dois fantásticos grupos de percussão é: RITMO. Uns são nacionais, os outros da terra dos Cangurus. Be-Dom o projecto nacional mais funky a nível de percussão com objectos improvisados, bem à imagem dos inigualáveis STOMP, é uma excelente amostra de qualidade, improviso, show e boa onda. Garantido!
Eis um trecho do Promo-DVD deste peculiar e bomboástico grupo de percussões tuga, à la carte & on the street.
«A ilusão é o primeiro de todos os prazeres.» Oscar Wilde
Dizer que o "foi tempo perdido" a fazer algo de que não produziu o resultado esperado é claramente uma questão de frustração à priori. Talvez devamos começar por inverter essa ideia e supor que a inocuidade de um acto é já por si só um acontecimento muito importante. Não aconteceu nada, mas estar em sintonia com a passagem do tempo já acarreta algum dinamismo... isto, segundo os parâmetros históricos e cronológicos da ciência. Aproveitar cada segundo para fazer história, ou a vossa própria história. E como neste preciso momento não tenho nada de interessante para fazer, irei perder propositadamente o meu tempo a fluir em pensamentos ou melhor, em conversas comigo próprio em jeito de monólogo, mas num verdadeiro exercício de devaneio mental à procura de respostas sem perguntas. Se por acaso alguém ler estas palavras e se questionar " este tipo ou é parvo, ou não tem mesmo nada que fazer ou então, há por ali algum desvio, uma perturbaçãozinha psiquiatrica...Há vagas no MiguelBombarda?!) " (Isto, pensado com aquele arzinho arrogantecom uma certa fleuma inglesa).Mas o mais divertido da cena é precisamente isto, a provocação.
Quantos de nós nos erguemos pela manhã e ligamos o interruptor da ilusão que nos ilumina o caminho do dia, ou da noite no caso de se ser guarda nocturno. O mais interessante é precisamente acordar com esse espírito de aventura, o de embarcar no bote da ilusão. Aquele que nos faz acreditar que um estado de felicidade está na outra margem e nos acena com um lenço de tule transparente. Subscrevendo as palavras do meu amigo Oscar, a ilusão é mesmo o primeiro de todos os prazeres. Acreditar no desejo; acreditar no outro; acreditar no tempo; acreditar nas coisas; acreditar na natureza das coisas, acreditar nos acasos, acreditar em mentiras (diariamente vindas dos sofistas do governo), querer acreditar que nos sairá o euromilhões... Sobretudo acreditar em si próprio. Tudo o resto deverá passar para segundo plano, com todas as consequências que isso trará: a frustração, a expectativa falhada, o desvio, o recalcamento, a frieza do sentimento, a desconfiança, a vingança, a traição, o bloqueio, a raiva. Para gaudio dos psicólogos, psiquiatras, terapeutas e mais uns quantos vasculhadores de mentes "dementes", é o delírio, o climax. "Venha a nós a vossa loucura, seja feita a nossa vontade! Ahahahahahahah! (riso maléfico).
E pronto, acabei a minha sessão autoterapeutica pra me ir esquivando desta cambada que mencionei em cima. Uma dose comprimida de escrita sem prescrição, de venda livre e às claras. Experimentem, que o Funk é mesmo bom!
Termino com uma adaptação funkiniana para reflectir: "Acreditar ou não acreditar, eis a questão. "
Ao contrário do Islamismo, o Catolicismo continua a "oferecer" material de forma gratuita e tolerante, àqueles que fazem da paródia ou do humor, uma arte democrática. Ainda bem que não passa da caricatura de um mero Papa e não de uma figura divina cujo nome rima com Café...
Era uma vez um homem que gostava de pintar mosaicos. Mosaicos de sabores, de cores, de sentimentos, de experiências bizarras, de partilhas, de cheiros, de paisagens e de tudo o que para ele poderia ser diferente, mesmo que não o fosse...
Era uma vez um homem que achava enervante os enervantes...
Era uma vez um homem que quando falava, pescava à bomba num rio...
Era uma vez um homem que ostentava com orgulho as cicatrizes da sua história...
Era uma vez um homem que pensava um dia ser realmente livre quando a sua reputação fosse por água abaixo...
Era uma vez um homem que pedia conselhos ao passado para compreender o presente e enfrentar o futuro...
Era uma vez um homem que sabia ouvir a monotonia de uns, sabia envolver-se no entusiasmo de outros e sabia abraçar as causas de tantos...
Era uma vez um homem que carregava uma mochila, a qual ia enchendo de coisas por onde passava...
Era uma vez um homem que percorria labirintos e trocava impressões com quem por ele passasse...
Era uma vez um homem que sabia ser um lugar de passagem...
Era uma vez um homem que fazia refrescos com os limões que a vida lhe dava...
Era uma vez um homem que entendia as artes moribundas e reinventava-as...
Era uma vez um homem que afirmava que a maior parte das vezes que se vê uma luz ao fundo do túnel, é um comboio a vir na nossa direcção...
Era uma vez um homem que ensinava os outros a falar dos elefantes que tinham escondidos na sala...
Era uma vez um homem que sonhava a vida e vivia nos sonhos...
Era uma vez um homem que colecionava sorrisos...
Era uma vez um homem que se orgulhava de possuir o maior tesouro do mundo...
Era uma vez um homem que fazia laços da grossura de um camelo que segura um navio...
Era uma vez vez um homem que consumia simplicidade para lhe aumentar a adrenalina, era a sua dependência, um vício descontrolado, uma espécie de desporto radical da mente...
Era uma vez um homem que preferia desejar que querer...
Era uma vez um homem que vivia nas poesias, passeava pelos contos e descobria-se nas fábulas...
Era uma vez um homem que gostava de escrever e imaginar coisas onde mais ninguém conseguisse chegar. Um dia tornou-se um grande escritor... da sua própria vida, e finalmente conseguiu matar todos os seus desejos. Por isso, intitularara-se a si próprio de «oescritor de epitáfios», mas morreu feliz. Os desejos bons, ficaram registados e perpetuados em lápides singulares com frases dignas de memória. Os maus, esses, também.
Era uma vez um homem que não era um deus. Era também e apenas um homem.
Todos os dias me pergunto se serei capaz de "capturar" o meu Elemento. A chave para a resolução do enigma que é a minha própria existência. Acredito numa espécie de sensibilidade clandestina que faz parte de mim, incondicionalmente. Íntima, profunda, companheira, que me transporta nesta aventura que é o desejo da alma. Mas por vezes também é perversa e opressora...aos olhos dos que só vêem com os olhos. Sei que ainda não consegui povoar para além da minha pequena aldeia de habitantes e admiradores incondicionais, outros horizontes. Talvez longínquos, ou quiçá estarão por detrás do monte que vislumbro sempre que levanto o olhar e contemplo o futuro que me acena, mesmo ali à frente... Não sei! Só o meu Elemento o dirá, seja em forma de sorte, de talento, de vontade ou de coragem e determinação, para nunca deixar de o procurar. Irei continuar a minha missão realizando as tarefas que me couberam quando um dia, sem esperar, as descobri durante uma conversa privada com o meu Eu: amar, respeitar, ensinar, acreditar, escrever, contar, sonhar, pecar... mas sobretudo Viver, comandado pela mesma vontade de sempre, a de exprimir as convicções do coração.
R.B.
"Por vezes, esquecemos as extraordinárias capacidades de imaginação e criatividade com que nascemos. Quando isso acontece, é hora de redescobrir o nosso Elemento: o lugar onde fazemos aquilo que queremos fazer e onde somos aqueles que sempre quisemos ser."
"Sermos bons em alguma coisa e termos uma paixão por essa actividade é essencial para encontrarmos o Elemento. Mas não é suficiente. Essa meta depende fundamentalmente da perspectiva que temos sobre nós próprios e sobre os acontecimentos da nossa vida. O Elementotambém é uma questão de atitude."
Ken Robinson
(uma referência mundial em educação e criatividade) Um Elemento Funkenstein concerteza!!
Quero uma vida em forma de espinha Num prato azul Quero uma vida em forma de coisa No fundo dum sítio sozinho Quero uma vida em forma de areia nas minhas mãos Em forma de pão verde ou de cântara Em forma de sapata mole Em forma de tanglomanglo De limpa chaminés ou de lilás De terra cheia de calhaus De cabeleireiro selvagem ou de édredon louco Quero uma vida em forma de ti E tenho-a mas ainda não é bastante Eu nunca estou contente
BORIS VIAN Canções e poemas
Parece-me a mim que uma grande questão da humanidade é não saber distinguir os contentes dos descontentes...
A década que vamos concluir foi para muitos uma amalgama de emoções. Talvez para outros nem por isso. O que é certo é que o número de "bombistas suicídas" que há em nós tem vindo a aumentar. As explosões de emoções desenfreadas sem controlo são na maioria das vezes, responsáveis pela desarmonização entre as gentes. Se Damásio reformulou o pensamento de Descartes duma forma construtivista "Se sinto e existo, logo penso" ou uma coisa do género..., porque não uma pequena reflexão sobre o assunto?! Talvez o problema esteja no próprio medo de pensar nas coisas e ser traído pelos pensamentos. O apego à área de conforto continua a impedir a clarividência dos bons propósitos.
Continuo a defender a auto-reflexão regular e a dissecação dos nossos actos num pequeno e inofensivo acto íntimo, de vez enquando. Eu sei que a consciência, essa libertina promíscua do tempo, nos trai e engana enquanto o Diabo esfrega um olho. Tranforma-nos em fantoches articulados sem consciência numa passerelle de medos, enganos, dúvidas, dramas e subterfúgios. E o pior, são representações escancaradas mal disfarçadas por manipulações dilatórias servidas em travessas frias e mal compostas. E tudo isto, porque as emoções pesam mais nos comportamentos que a razão.
DrFunkenstein tem o prazer de apresentar esta grande surpresa da Soul portuguesa de seu nome Aurea. Uma bela alentejana que já cá canta e encanta vinda de Santiago do Cacém (bela terra) no blog da boa onda. E lá vem a inevitável frase: O que é nacional, é bom!
Se ainda não sabes o que oferecer este Natal, oferece a "alma" de AUREA e deixa-te embalar ao ritmo da soul.
"Detentora de voz poderosa e cativante, apesar dos seus 23 anos, Aurea tomou de assalto as ondas hertzianas nacionais com o single de estreia “Busy (For Me)”, que faz parte do alinhamento do seu álbum de estreia, homónimo, lançado a 27 de Setembro de 2010.
Aurea tem a voz do tamanho do mundo e a sua música também não conhece fronteiras. O talento de Aurea para cantar é inato e um dom que não escolhe qualquer um. No entanto, a ajuda da família (que desde sempre esteve ligada à música) foi fundamental no fortalecimento dos laços afectivos por esta área artística.
A frequência no curso de Teatro da Universidade de Évora foi o despertar de Aurea no sentido de uma carreira musical. Juntamente com Rui Ribeiro, estudante de música naquela escola, Aurea ressuscitou um sonho há muito adormecido e que havia sido substituído momentaneamente pelos estudos teatrais. Rui Ribeiro foi o responsável pelas letras dos 9 temas originais deste álbum, um registo pop/soul mas com várias nuances de diversos estilos musicais. Tal como Aurea, este trabalho é musicalmente eclético. A produção deste disco esteve a cargo de João Matos e Ricardo Ferreira. A este último coube também a direcção musical, juntamente com Rui Ribeiro.
As influências desta alentejana de Santiago do Cacém, que residiu muitos anos no Algarve, vão de Aretha Franklin a Joss Stone, passando por John Mayer e Amy Winehouse, estendendo-se a James Morrison e Zero 7. Mas Aurea quer reclamar o seu lugar no mundo da música. E se há alguém que pertence a esse mundo com todo o mérito é ela.
“Busy (For Me)” marca a toada deste primeiro registo, contagiante e eclético, que tem na voz de Aurea o seu fio condutor. Para fruir, mais ou menos lentamente, mas sempre intensamente. " no My Space
Bem sei que já era tempo de lançar aqui umas palavras salteadas, às rodelas, com aqueles temperos que te fazem esboçar sorrisos, levantar o sobrolho ou até quem sabe, fazer-te balbuciar um « está bem!...» sensaborão. Sim, falo precisamente contigo que estás a ler isto neste momento, sejas tu quem fores.
Não é por falta de tempo nem de vontade mas se alguém conhecer o que é a falta de paciência e criatividade que lance a primeira pedra. Uma espécie de cansaço da época, como algumas frutas. Tenho andado à deriva no mar das palavras à procura duma ilha onde atracar com o meu barco de ideias. Às vezes parece que tenho um furo no casco e quando penso que é desta, já se esvaziou e se depositou nas profundezas. Pouco resta para escrever...
Deves estar a pensar que estou a atravessar uma crise existencial. Não! Nada disso. Nem me sinto na obrigação de ter que debitar coisas engraçadas para entreter quem vier ou para exacerbar o meu ego de pseudo-escritor que até, há quem diga, que escrevo umas coisas giras.
O certo é que a quadra que se adivinha continua a martirizar-me o sub-consciente desde o dia em activei o consciente, era eu um catraio... e sou invadido por um misto de sentimentos cruéis que se degladiam entre o mundo das trevas e o reino dos céus. O bem, que paira no ar e contagia o espírito das gentes mas com prazo de validade, veste o seu fato de cordeiro com design bíblico e lá vai harmonizando o trato de quem se cruza e faz questão de partilhar o seu desejo de Feliz Natal enrolado em papel de embrulho amarelo. O mal, esse, ao menos não provoca tanta estranheza já que o vejo todos os dias e não o consigo evitar. Talvez seja a minha luta e a de muitos, na procura de uma arma secreta que lhe subtraia as forças. Provavelmente está mesmo à mão de semear mas parece-me que o sentimento de vergonha e conformismo colectivo se tem apoderado da situação.
Não fazer nada ou simplesmente lançar-se no abismo da inevitabilidade deixa-me inevitavelmente, enjoado. Mas porque raio continuamos a tropeçar em "vacas sagradas" nos campos do cinísmo pastoral?
O Natal devia celebrar o nascimento do ímpeto pró-activo em cada um de nós ao longo de todos os dias do ano e não, never, no way, pero no coño o oportunismo comercial que nos deixa angustiados numa corrida contra o tempo em busca de remédios para a consciência disfarçados de presentes. Mas temos pena!...
Mas não quero deixar a ideia que sou um ogre alheio a este espírito. Sou um sentimentalão convicto e até porque se cruzou na minha vida uma bela mãe Natal que me convidou para um presépio ao vivo. Com ela vieram duas duendes que fazem com que a minha caverna seja calorosamente agradável, enfeitada com um pinheirinho verde carregado de bolas, bonecos simpáticos e laços de ternura. E são estes laços, tricotados com o mais fino e puro dos sentimentos que me empurram para a fábrica do Pai Natal e para que na noite de Natal, me reconforte o facto das minhas princesas estarem seguras e protegidas do mal, brincando felizes e contentes com aqueles brindes que a sorte lhes trouxe enquanto o bolo Rei ainda vier recheado.
Felizes dias! Antes, durante e depois do Natal. (R.B.)
"Ser sisudo não é sinal de competência, é só sinal que se é sisudo"
Pedro Tochas
(Speaker irreverente, Pedro Tochas é conhecido no meio empresarial pelo sucesso das suas Palestras Motivacionais, caracterizadas por estimular as pessoas a desenvolver novas formas de encararem os problemas, de comunicarem e a ultrapassar preconceitos. O “Think out of the box” com muito humor e descontracção.
As suas Palestras são delineadas uma a uma, pois para Pedro Tochas o essencial é perceber a cultura das empresas e o que as faz mexer.)
Se queres passar um tempo com boa disposição e carregar as baterias da motivação vem aprender a pegar um touro pelos cornos e a beijar um leão na boca. É já no dia 24 de Novembro, pelas 18:30 no Centro Cultural Olga Cadaval em Sintra, uma palestra dirigida sobretudo a profs e educadores. Não faltes e entra no espírito.
Inscrições: dedu@cm-sintra.pt ou fax: 219236152
Se queres saber mais sobre o funkyPedro Tochas, FRIZE!............................Já podes descongelar. Agora clica aqui.
Ter ritmo é sem sombra de dúvida uma capacidade que nem toda a gente consegue alcançar. Há diversos tipos de ritmo: o ritmo cardíaco, o ritmo do corpo nos movimentos, na dança, no sapateado, no caminhar, o ritmo na música, na execução de instrumentos, o ritmo nas palavras, o ritmo na fala, no canto, na arte, o ritmo na cadência no desporto...na vida. A vida deve conter ritmo e é esse ritmo que gera boas dinâmicas sem sombra de dúvida.
Todos os dias me cruzo com sensaborões, sizudos, amorfos, pachorrentos, apáticos, estáticos, quadrados, atrofiados, parados, obcecados, insonsos e mais uns tantos palonços. Conclusão: todos sofrem de "arritmias", o que de certa forma começa a ser uma mal já com alguma expressão nas sociedades em que vivemos. Esta falta de ritmo de que falo, começa infelizmente desde muito cedo, de pequenino, no seio familiar quando se vive rodeado de antas que nunca foram estimuladas nem sabem estimular. Numa banda, cada elemento preenche um espaço na melodia final e aquilo que faz diferença ao ouvido é que todos navegam na mesma onda de ritmo. Uma criança de tenra idade começa a cantarolar e a acertar nos tempos de uma música ou frase musical quase por instinto, o que demonstra que o ritmo faz parte de nós apesar de muitas vezes ficar enferrujado e cair numa apatia. Ora, uma intervenção precoce nesta área potencia nos indivíduos uma abertura diferente para o que os rodeias. Encarar a vida com ritmo e treinando o ritmo mesmo que ao som de um "estalar dos dedos"ou do bater de um pé debaixo da mesa, predispõem-nos ao avanço e não ao recuo das decisões; torna oleada a nossa engrenagem das escolhas; ajuda-nos a antecipar o que vai acontecer a seguir, no próximo batimento, no próximo segundo, na próxima etapa; faz-nos sorrir; é relaxante; gera contágio e união; diverte e preenche...
O ritmo está inserido em tudo na nossa vida e viver a vida com ritmo é sentir o coração sob a influência de um groove, como o ritmo do Funk. Para ouvir um exemplo clica aqui.
Este é apenas um meio de expressão para agarrar a vida pelos cornos, resta saber se cada um saberá agarrar o seu.
(E porque é de pequenino que se torce o pepino, nem que seja com palminhas nas mãos um em frente ao outro, como me quer ensinar todos os dias a Joana quando chega da escola com mais uns truques...de ritmo. Às vezes é seca, mas está lá!!)
Ritmo "on the table"
"Ritmo vem do grego Rhytmos e designa aquilo que flui, que se move, movimento regulado."
Quando a vida me dá limões
e o ácido me corrói a lucidêz,
deixo as coisa em standby.
Fico à espera do dia que não acontece
a olhar a vontade
que umas vezes vem e outras...vai.
_____________________________ "Pára-quedas"
Quando salto lá do alto
vejo tudo pequenino,
em queda livre
num voo picado
sem medo do destino.
Carrego uma vontade
sem par nem paragem,
apenas me desloco
no tempo que passa
acordado pela aragem.
E quando dou por mim
estou bem no meio
de uma parábola.
Às vezes até paranormal...
Mas sem paranóias
nem falsos paraísos,
num sono hipnótico
mais ou menos neurótico...
E antes de cair,
basta puxar o meu para-quedas.
Para quem não sabe, sou um grande fã de lustração e animação. Estas formas de arte, ricas pela sua beleza e criatividade conseguem muitas vezes espremer emoções e sentimentos que nos vão dando umas bofetadas de vez enquando. Um dos principais objectivos de uma ilustração ou animação é criar laços com o leitor, sejam quais forem. Quando o leitor ou espectador se identifica fortemente com uma cena, a fusão com a representação artística atinge o seu expoente máximo. Ora, foi por acaso que tive acesso a esta curta metragem animada, a qual me sensibilizou bastante por analogia a um aspecto particular da minha vida: a paixão pelas bicicletas, e já ter alguém que me segue as pisadas também em duas rodas, com grande entusiasmo e sempre com aquele brilho nos olhos quando ouve a palavra bicicleta.(considerada já, a quarta palavra mais importante do seu banco lexical a seguir às palavras: pai, mãe e mana).
Um gosto particular de um pai por alguma coisa, nunca deve ser imposto aos filhos, mas ver uma filha andar à sombra do pai por muuuuita vontade própria e com o mesmo entusiasmo é com toda a certeza motivo de muito orgulho.
Este filme animado, triste, melancólico e surpreendente, prima por uma beleza refinada e ao mesmo assalta-nos os sentidos pela mensagem; na vidase as preocupações dos pais pelos filhos são constantes e nem sempre conseguimos dormir à espera de uma mensagem ou um sinal de tranquilidade, o mesmo sucede com os filhos em relação aos pais... não tenham dúvidas.
(Vejam até ao fim)
À Eva, a caçula da família que já monta em três rodas e sonha com duas e à Joana que voa em duas mas nem sempre faz as curvas ;)
O homem do momento é Liu Xiaobo, vencedor do prémio nobel da paz 2010. Este dicidente chinês, cuja luta pela democracia no seu país tem sido a sua bandeira ao longo de dezenas de anos, encontra-se preso pelas autoridades chinesas apenas porque defende a instituição da democracia no país do Sol Nascente. Provavelmente ainda não conhece o prémio que lhe foi atribuido, graças ao sinismo, ao secretismo e ao despotismo do governo opressor chinês. Infelizmente, o dragão continua o principal inimigo do povo onde a ditadura é a lei...no decorrer do século XXI. Os chineses não são maus, mas a China sim.
DrFunkenstein felicita o homem da PAZ, Liu Xiaobo pelos seus ideias pacifistas e defensores dos direitos humanos. O funk está lá!...
Dedicado àqueles e aquelas que passam a vida a queixar-se da vida... que há para aí muitos. Deixem-se de Ais! e façam mas é algo funky pela vida. Bem, mas há Ais! e Ais!... uns até são bem funky ;) ora oiçam lá.
Roy Ayers, um músico do bom groove, tem sido ao longo dos anos uma fonte de inspiração. São raízes musicais onde muitas vezes bebi e matei a sede de Funk e do groove e carreguei baterias para continuar o caminho. Já fiz grandes travessias mas o destino final ainda está muito longe. Há que olhar em frente, porque para a frente é que é o caminho ao som da Evolução de Roy Ayers onde o amor e o respeito ao próximo são a essência de uma vida Funky, positiva. "Brothers and sisters" abraço carregado de boas energias do DrFunkenstein. Ah, e mantenham-se sintonizados! :) (Funk)Will Bring Us Back Together, for ever...
Cecília Meireles, poeta brasileira e escritora de livros infantis foi contemporânea do grande Fernando Pessoa, que dispensa apresentações... Um homem tão brilhante que por vezes vivia ofuscado com tanto brilho e nem sempre via o caminho à sua frente. Numa das viagens a Portugal, Cecília Meireles marcou um encontro com o poeta Fernando Pessoa no café "A Brasileira", em Lisboa.
Sentou-se ao meio-dia e esperou em vão até às duas horas da tarde. Decepcionada, voltou para o hotel, onde recebeu um livro autografado pelo autor lusitano. Junto com o exemplar, a explicação para o "furo": Fernando Pessoa tinha lido o seu horóspoco pela manhã e concluído que não era um bom dia para o encontro. Enfim...
O interessante deste sucedido é o facto de duas mentes tão vanguardistas e convergentes em muitos assuntos, encararem o destino de forma tão suigeneris...
Esta pode ser a verdadeira dicotomia do tempo: o presente do agora e o presente do futuro que só é feito na cabeça de cada um. Provavelmente este último com menos fatalismos...mas apenas para quem acredita. Ou o "não esperes que o tempo não volta para trás" ou o "quem espera sempre alcança".Faça-se à vossa vontade, senhores poetas.
Cecília Vs Fernando ()
Ela é resolvida, ele é ponderado; ela sente-se completa, ele completamente inacabado; ela só olha em frente, ele vai olhando para trás; ela comunga da vida, ele consome-se com a vida; ela é irónica, ele é sarcástico; ela é só uma, ele é apenas 5; ela vive e pensa para as crianças, ele acha que o melhor do mundo são as crianças; ela é uma pensadora, escritora e poeta fabulosa, ele...também. Ela do Simon & Garfunkel, ele dos Abba.
A nostalgia é por ventura um sentimento que lava a alma. A sensação de nostalgia também sabe bem quando acompanhada por uma melodia a condizer. A música e a sua mensagem quantas vezes nos fizeram e fazem reflectir nas coisas da vida.
Já não consigo passar sem o meu momento de solidão, de nostalgia, de paz regeneradora. A tranquilidade de um momento pode ser o antídoto perfeito para o desgaste do dia. Um dia que pode conter em si a violência que nos amola: a violência do trabalho, a violência dos horários, a violência dos deveres e obrigações, da intolerância, das acções...das palavras. A violência, essa maldita que é o cancro da sociedade. Sejam cool, sejam funky.
Enfim...inquitações, quem as não tem. Contradições, quem as não diz. Indecisões, quem as não sente e muitos outros palavrões que existem e têm a sua razão de ser apenas com um propósito: a auto reflexão (que infelizmente é uma "disciplina" abandonada e marginalizada) para se ser sempre melhor do que ontem.
E como a vida é feita de momentos, quero partilhar três momentos que são celestiais melodias melancólicas com a assinatura do grande JP Simões e em bom português!
Do país do Sol Nascente chega um ideia bastante interessante, no que diz respeito à cultura da imagem e da interacção com o livro. É nada mais nada menos que um “livro arco-iris”.
Trata-se de um “flipbook” ou seja, uma daquelas publicações que trazem uma animação que é “reproduzida” quando se passam as páginas.
A ideia foi criada pelo japonês Masashi Kawamura e usa a mecânica do livro para projetar no ar um bonito arco-íris. Uma ideia simples e original!
Desde que foi publicado, já apareceu na TV japonesa, em jornais, blogs e por aí fora... Além disso já ganhou vários prémios internacionais.
As minhas férias ficaram marcadas por esta cena, onde presenciei uma estratégia publicitária muito peculiar. Aconteceu no Alentejo numa terra de seu nome Deixa os Restos, próximo de Santiago do Cacém. Ao que parece, ali tudo se aproveita. Mesmo!
Ia eu calmamente na estrada quando começo a vislumbrar esta miragem: uma bela moçoila alentejana, encostada a um carro à beira da estrada com um pernil de se lhe tirar o chapéu. É claro que a Maria não achou muita piada a um olhar à sucapa pelo retrovisor, mas lá dei uma de sério e fiz que nem vi nada ;) À segunda passagem achei estranho, aquela matrafona estar na mesma posição. Tive mesmo que satisfazer a curiosidade e descobri esta forma suigeneris de fazer publicidade a um...restaurante de emigrantes vindos da Áustria. E digam lá se não resultou!? Era de plástico mas parecia de carne e osso. Só tive pena de não entrar no restaurante...
Podia estar numa boutique... mas estava à beira da estrada.
Provavelmente estarão a fazer a mesma cara que eu quando li o prólogo da notícia. Até posso fazer uns deslizes na gramática, nos textos e naquilo que escrevo, mas caro senhor jornalista João Filipe do jornal Folha de Portugal, a "bem dizer" do bom jornalismo é preciso cuidado com estes fogachos informativos. Se a intenção foi produzir um certo humor nos leitores, até conseguiu, com alguma ironia pela alcunha do jogador, mas quando voltei a ler pela segunda vez reparei que talvez não tenha sido bem assim.
"Tiago Manuel Dias Correia (Bebé), nasceu a 12 de julho de 1990, no Cacém, com 1,90 e 75kg."
Bem, se nasceu já com esta altura e este peso, diga-se de passagem: grande bezerro!! Isto sem querer insultar a senhora, sua mãe.
Caro João Filipe, vamos lá por uns pontos finais e uma vírgulas no lugar certo que isto de andar a gozar com o Bebé não é bonito. Para além de que um bebé deste tamanho bem lhe pode fazer mossa, já para não falar do tamanho da progenitora ou respectivos criadores.
No póximo clube onde já foi inscrito, o Manchester United, havemos de ler nos periódicos: «Jogador português Bebé, faz parecer companheiros de equipa, liliputianos. A era do Peter Crouch chegou ao fim... »
Um belo hino à vida que cada cada um tem, quer ou pode construir. Viver não custa, o que custa é saber viver...
Título: Se a vida é - Pet Shop Boys, do album Bilingual.
"Se a Vida é"
Come outside and see a brand new day
The troubles in your mind will blow away
It's easy to believe they're here to stay
But you won't find them standing in your way
Se a vida é, I love you (Ooh-ooh-ooh-ooh)
Come outside and feel the morning sun (Aah-aah-aah-aah)
Se a vida é, I love you (Ooh-ooh-ooh-ooh)
Life is much more simple when you're young (Aah-aah-aah-aah)
Come on, essa vida é
That's the way life is
That's the way life is
Although we see the world through different eyes
We share the same idea of paradise
So don't search in the starts for signs of love
Look around your life, you'll find enough
Se a vida é, I love you (Ooh-ooh-ooh-ooh)
Come outside and feel the morning sun (Aah-aah-aah-aah)
Se a vida é, I love you (Ooh-ooh-ooh-ooh)
Life is much more simple when you're young (Aah-aah-aah-aah)
Come on, essa vida é
That's the way life is
That's the way life is
Why do you want to sit alone in gothic gloom
Surrounded by the ghosts of love that haunt your room?
Somewhere there's a different door to open wide
You gotta throw those skeletons out of your closet and come outside
So you will see a brand new day
The troubles in your mind will blow away
It's easy to believe they're here to stay
But you won't find them standing in your way
Se a vida é, I love you (Ooh-ooh-ooh-ooh)
Come outside and feel the morning sun (Aah-aah-aah-aah)
Se a vida é, I love you (Ooh-ooh-ooh-ooh)
Life is much more simple when you're young (Aah-aah-aah-aah)
Come on, essa vida é
That's the way life is
That's the way life is
Come on, essa vida é
That's the way life is
That's the way life is
Se a vida é, I love you (Ooh-ooh-ooh-ooh)
Come outside and feel the morning sun (Aah-aah-aah-aah)
Se a vida é, I love you (Ooh-ooh-ooh-ooh)
Life is much more simple when you're young (Aah-aah-aah-aah)
Se a vida é
Viver é como andar de bicicleta: É preciso estar em constante movimento para manter o equilíbrio.( Albert Einstein )
Já tive o prazer de pedalar em Amesterdão, a minha cidade preferida por várias razões, e certamente um dia lá irei novamente. Continuo a alimentar o sonho de, em Portugal, quem sabe, poder ver milhares de pessoas pelas ruas das cidades, pedalando alegremente com ar feliz mas sobretudo saudável. Ciclovias precisam-se!!
Para os amantes das bicicletas como eu, este é um assunto que, infelizmente, tem sido esquecido constantemente pelos nossos autarcas. Temos pena. Lá continuarei a parafrasear Martin Luther King : I have a dream!...
Porque a certa altura, a gente tem que estar cansado.
De nada me serviria sabê-lo,
Pois o cansaço fica na mesma,
A ferida dói como dói
E não em função da causa que a produziu.
Sim, estou cansado,
E um pouco sorridente
De o cansaço ser só isto -
Uma vontade de sono no corpo,
Um desejo de não pensar na alma,
E por cima de tudo uma transparência lúcida
Do entendimento retrospectivo...
E a luxúria única de não ter já esperanças? Sou inteligente: eis tudo. (perdoem-me a modéstia, mas como eu te entendo caro Álvaro)
Tenho visto muito e entendido muito o que tenho visto,
E há um certo prazer até no cansaço que isto nos dá,
Que afinal a cabeça sempre serve para qualquer coisa.
A procura da luz é algo que me faz continuar este sinuoso caminho que é a vida. Um dia lá chegarei...
Que o Funk e a boa onda iluminem esse caminho em busca dessa Luz. Eu por cá, vou sempre tentando, mesmo quando alguém desliga o interruptor de vez enquando e sem avisar...
"O homem não foi feito para ver a luz, mas para ver apenas as coisas iluminadas pela luz." (Goethe)
Viver com a Luz do Funk é mais ou menos assim:
www.spokenfunk.com - onde se aprende a viver o espírito da boa onda. Recomendável a sisudos, apáticos, mal humorados e àqueles que vivem na escuridão...
Finalmente as férias merecidas! Depois de um ano cheio de trabalho, de emoções e muitas aprendizagens, vem o descanso do guerreiro. O primeiro alvo será o red district do país: Castelo Branco, onde o calor desértico faz derreter os mais duros. Um regresso às origens sabe bem e é sempre reconfortante. Depois, alteração de rota. Costa alentejana é o destino... com mar, Sol, campo e água...muita água. E claro está, a companhia ideal: a Drª Funkenstina e as duas funky babes. Na viagem a música é parceira. Ritmos calientes para animar e o melhor funk do mundo com algumas incursões pelo hip hop e rap da old school. O pior são as tendências dos mais novos porque num abrir e fechar de olhos, o rádio costuma ser invadido por um CD outsider da Hanna Montana. Enfim, coisas de miúdos.
Aqui expresso o desejo de umas excelentes férias para todos os amigos e visitantes Funkenstein. Até um dia destes!
Para a mais que tudo, a música preferida...que cheira sempre a verão. The Roots, uma banda com o patrocínio DrFunkenstein.
Para os amantes da ilustração, aqui fica a sugestão de um livo muito funky pela extravagância das formas, onde o traço do ilustrador vai fazendo nascer peixinhos fanktasticamente representados. A criatividade de Kennon James acenta sobretudo no mundo do fantástico, utilizando como técnica principal o desenho livre de traço definido, o qual eu me revejo bastante. Para mais informações ver o blog: http://kennonjames.blogspot.com/ ou http://kennonjames.blogspot.com/2008/11/funky-fish-book-2nd-printing.html
"And to jump start pre-sales while it's at the printers I will, once again, be giving away 10 ORIGINAL, FREE fish drawings that actually appear in the book itself to the first 10 sold. What a deal!
The first print run flew off the shelves and I hope the 2nd run does as well."
O nome de Sharon Jones consta de uma lista das 10 melhores cantoras de Soul da actualidade publicada na famosa revista Roling Stone. Destacam-se também Joss Stone, Duffy, Amy Winehouse e algumas ilustres desconhecidas. No entanto é Sharon Jones que merece aqui o nosso destaque uma vez que, de forma soberba, despertou um sério revivalismo da onda Funk onde o Soul de fusão se apresenta numa mistura poderosa de sons quentes e sensuais.
Quem ouve a potente cantora e seu grupo, The Dap-Kings, pode pensar que seus discos foram gravados nos anos 70 - mas seu primeiro trabalho, Dap Dippin' with Sharon Jones & the Dap Kings, é de 2002; 100 Days, 100 Nights é de 2007 e o mais recente disco, chegou ao mercado em 2010, Sharon Jones & the Dap-Kings - I Learned The Hard Way.
DrFunkenstein já tem na sua posse os últimos dois álbuns. Como não poderia deixar de ser, o melhor som groove faz sempre parte da casa.
Funkadictos, que loucura! No 100 Days, 100 Nights é de 2007, a música que abre o disco e tem o mesmo nome e por sinal, é linda, é um blues dançante, daquele que vai embalando e quando dás conta de ti, tás noutro planeta!
Quem vibrou com o Back to black da Amy, vai adorar a Sharon Jones. Ah, e justiça seja feita: a banda que toca com ela é funktásticamente boa.
Para ver e ouvir: "Sharon Jones and the Dap-Kings - I'll Still Be True" (Live at SXSW)...como DrFunkenstein.
100 dias e 100 noites pra ouvir embalar o espírito: