Som da semana: Funke'n'stein - That's Funk!!

Saturday, April 25, 2009

Filhas!!!

Aqui deixo um spot divertido mas também ternurento, dedicado a todos os pais que têm filhas. Abraços e beijos de um...

Funky papi!!! Rendido às...mulheres.

Wednesday, April 1, 2009

A verdade da mentira

Mentira - "é uma declaração feita por alguém que acredita ou suspeita que ela seja falsa, na expectativa de que os ouvintes ou leitores possam acreditar nela. Portanto uma declaração verdadeira pode ser uma mentira se o falante acredita que ela seja falsa; e histórias de ficção, embora falsas, não são mentiras. Dependendo das definições, uma mentira pode ser uma declaração falsa genuína ou uma verdade seletiva, uma mentira por omissão, ou mesmo a verdade se a intenção é enganar ou causar uma ação que não é do interesse do ouvinte. “Mentir” é contar uma mentira. Uma pessoa que conta uma mentira, em especial uma pessoa que conta mentiras com freqüência, é um “mentiroso”."

E quem nunca mentiu que atire a primeira pedra!!!!! Hmmm! Cara de comprometidos, hein!!
Mentir ou não dizer a verdade, será a mesma coisa? Não sei, mas sei que por trás de uma mentira há sempre uma intensionalidade que justifica este acto que não é mais do que humano. No fundo, o grande problema da Humanidade começa com as mentiras internas, ou seja, mentimos a nós próprios pois necessitamos de capas que cubram as fraquezas evidentes aos olhos dos outros. Se enganar já não é cool, pior é o engano a nós próprios. Quando alguém se quer convencer à força de algo, apesar de estar errado, não se apercebe que a sua mentira não é mais do que o produto do seu estado de espírito aprisionado em convicções patéticas fundamentadas por interesses, desgastes emocionais, desgastes físicos ou sentimentos de culpa e arrasta tudo à sua volta. Já o grande filósofo alemão Friedrich Nietzche afirmava: "As convicções são inimigas mais perigosas da verdade do que as mentiras ". E tem a sua lógica, pois quantos são os indivíduos que agem em função de convicções, desde o indivíduo mais anónimo ao político, líder religioso ou figura pública, que vivem em mentiras e de mentiras, e arrastam outros tantos numa gigantesca Bola de Neve psicológica e social. A mentira existe desde que o Homem começou a pensar, por isso seremos sempre confrontados com esta situação. Uma coisa é certa, a mentira pode ser vestida das mais variadas formas, ao sabor de cada "estilista". Pequenina, grande, subtil, caridosa ou piedosa, maldosa, provocadora, com estilo, convicta, com o rabo de fora, escancarada, psicológica, brutal, violenta, sínica, de mau gosto, agradável, promissora, amável, simpática, humilhante ou até mesmo brilhante.

E por entre o mundo da mentira, e como curiosidade a este post, conta a nossa história que no tempo dos reis de França por volta do Sec. XVII-XVII, era comum utilizar a mentira para satisfazer os desejos carnais e de volúpia dos miúdos aos graúdos, do povo à realeza pois já se inventavam jogos com objectivos de afinfalhar o rabo de uma moçoila roliça sem que fosse descarada essa intensionalidade. Refiro-me ao jogo da Cabra Cega. Pois é, como naquela altura o toque físico não era bem visto aos olhos da cultura da época, contornava-se a situação com joguinhos malandros e enquanto andavam de olhos tapados...porque aqui todos queriam ser a cabrinha, lá iam apalpando a fruta a seu belo prazer. E digam lá se este jogo de mentira não era bacano. Chamem-lhes parvos!...

E assim, ao longo da história foram inventadas mentiras para contornar determinadas situações que os próprios homens criaram. Isto parece um um absurdo ou então é uma forma de o homem se entreter a resolver os seus próprios enigmas. Inventam a "libertinagem", depois sensuram-na e no fim arranjam soluções de a contornar sem dar nas vistas. Podemos concluir que o maior inimigo do Homem é o próprio Homem. Bem dizia Napoleão Bonaparte "A História é um conjunto de mentiras sobre as quais se chegou a um acordo." E no fundo continuamos sempre à procura do inalcansável, da perfeição, do alimenmto aos nossos egos e sofremos sempre por isso numa viagem sem retorno. Adoramos a perfeição, porque não a podemos ter; repugna-la-íamos, se a tivéssemos. O perfeito é desumano, porque o humano é imperfeito.

1 de Abril - o dia que celebra a verdade das mentiras...

Thursday, March 26, 2009

Fernando Pessoa e o relato da "crise"

Em tempos de crise, torna-se difícil gerir as emoções pessoais, escravizadas pela conjuntura económica. A tensão aumenta, os ânimos exaltam-se, as expectativas defraudam-se... Mas a verdadeira crise é sempre a interior e por vezes a mais difícil de ultrapassar. Gerir emoções e sentimentos; gerir a própria união familiar e gerir as inter-relações pessoais dentro da sociedade onde estamos inseridos, torna-se nos dias que correm, uma tarefa prioritária por excelência. Aqui fica um testemunho do Poeta, que faz parte incondicional das minhas leituras. O poeta das verdades, incompreendido por uns mas amado por muitos.


Fernando Pessoa (Lisboa, 13 de Junho de 1888 - Lisboa, 30 de Novembro de 1935)

"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá a falência. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo.É ter coragem para ouvir um 'não'. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo..."
(Fernando Pessoa)




Um agradecimento à minha sogra que me enviou esta mensagem :)

Saturday, March 7, 2009

Ainda "ontem"...

Hoje passei a tarde na companhia da minha bebé de 3 semanas. Por entre fraldas, biberões, embalos e pequenos arrotos vivi sensações de extrema felicidade e ternura de pai babado e ao mesmo tempo, transportei-me por entre recordações do passado. É a vida em mutação; é uma caixa cheia de recordações; é uma nova página no livro da minha história.
Ainda "ontem", há 14 anos atrás, vivia aventuras quase diárias na procura constante do desconhecido, na ingenuidade de um jovem que palmilhava ruas e ruelas da grande cidade académica que é Coimbra, em busca de emoções e fantasias, misturadas com momentos de estudo e sonhos recém chegados.
Ainda "ontem", há 13 anos, vivia momentos mágicos, catapultado pelo desporto base da minha vida (atletismo) para grandes palcos da cena nacional, subindo por muitas vezes ao degrau mais alto do pódio. Foi esta lição que me tornou competitivo e ensinou a cerrar os dentes quando quero atingir um objectivo.
Ainda "ontem", há 11 anos, curti a energia de uma banda que fez parte de mim, pelas notas do groove do funk e por sonoridades que pintaram a tela da minha auto-imagem. Por entre "cigarros divertidos", o embalo do velho amigo Wiskey e a cumplicidade com amigos de longa data, a música ia penetrando na corrente sanguinea confluindo com gigantescos orgasmos cerebrais, deixando marcas profundas nos armazens da memória.
Ainda "ontem", há 9 anos, me entregava todos os Verões, a grupos de miúdos de instituições, em colónias de férias, transformando os 10 dias em que passávamos juntos, nos mais fantásticos das suas vidas, recebendo como principal recompensa sorrisos de gratidão...
Ainda por casa de "ontem", tantas e tantas coisas que pairam pelos jardins da memória.
Ainda "ontem" há quase 6 anos conheci uma mulher. Uma mulher que ao passar de cada dia, sem saber e por entre aventuras e desaventuras, se ia tornando na pessoa mais especial da minha vida. Uma mulher que transformou a minha vida, pois fez com que tivesse de lhe dar um sentido diferente mas o mais importante, culminando no ser fantástico que me refiro no início deste post.
Ainda "amanhã", sem limites de tempo, quero tê-la ao pé de mim...quem sabe, às tantas da matina, sentados no carro à porta de uma discoteca qualquer, à espera que as miúdas saiam, por entre copos, namoriscos e aventuras próprias da idade. E depois dir-lhe-ei:
Ainda "ontém", passei a tarde na companhia da minha bebé de 3 semanas. Por entre fraldas, biberões, embalos e pequenos arrotos e vivi sensações de extrema felicidade e ternura de pai babado...

Friday, March 6, 2009

O contágio da... DANÇA!!!!

Enviaram-me um mail que achei FUNKTÁSTICO publicar aqui. Pelo ritmo, pela originalidade e sobretudo pela Boa Onda que se gerou logo pela manhã. Sortudos os que estavam presentes no local.
A música é capaz de coisas fantásticas.....aconteceu numa estação de metro de Londres, numa segunda-feira de manhã, dia 15 de Jan 2009 11 am e todos foram trabalhar depois, com numa energia maravilhosa. 70 bailarinos misturados dançaram e acabaram interagindo com passageiros. O "show" foi planeado e ensaiado durante 8 semanas, sem o conhecimento do público, é claro!!

Fiquei com inveja de não ter lá estado...




Giro, giro, era uma surpresa dos nossos dirigentes na Assembleia da República. O ambiente anda morto por aquelas bandas...

Saturday, February 28, 2009

4 em 1 com H grande... só com Funk!

Há quem diga que um homem para ser Homem tem que realizar 4 coisas na vida:
1. Plantar uma árvore - já fiz há séculos e muitas...
2. Beber uma garrafa de Wiskey - cada vez que me lembro desse pifo, fico com a cabeça à roda. Esta foi dura. Velhos tempos!...
3. Escrever um livro - já escrevi vários artigos pra revistas. O livro foi pequenino e com os alunos. E um Blog não conta!? Já são mais uns pontitos...
4. Ter um filho - Yes!!! É das melhores sensações do mundo. 5 estrelas realizado!
E pra quem inventou estas estúpidas permissas aqui vai um Funk You!!! Isso mesmo. Há coisas bem mais importantes na vida de um homem do que as 3 primeiras. Se em tudo colocarmos uma pitadinha de Funk naquilo que fazemos, seremos muito mais do que Homens com H grande. Seremos simplesmente e necessariamente Humanos com H grande, e essa é a principal missão da nossa existência. Tenham um dia Funktástico!!!

Thursday, February 19, 2009

... e fez-se luz!!! Agora já sou o maior!!!

16-02-2009 (21:20) fez-se luz!!!
Dedicada a:

Es uma princesa linda, de encantar, abençoada,
que muito, muito... foste sonhada e desejada!
Vieste da terra dos sonhos e tornaste-te real
pra nossos olhos de ternura iluminar como nunca senti igual.
Amor és, de amor és feita e com amor caminharás,
sob o olhar atento da mana e dos papás.
Que a tua vida seja tão cheia e valiosa como tu és para mim!
Sou um Funkenstein, mas acima de tudo sou um PAI BABADO com amor pra te dar sem ter fim.


AMO-TE MUITO MEU ANJO!! Foste o meu maior presente.

Obrigado mamã!! És a maior!

Friday, February 13, 2009

FALTAM 3 DIAS!!!!!

Faltam 3 dias para o grande dia!!!!!!
Olá nina, quero tratar de ti... EVA!! EVA!! EVA!!
Há gente que sabe do que estou a falar, e não consigo esconder a minha alegria. É uma inevitabilidade constatada e assumida com muito orgulho.
Estou na luuuuuuuua, não me chateies que eu agora estou na lua!! E em breve, vou chegar ao céu!... onde tu estás toda nua só com (uma fralda) eh! eh!
Aqui deixo uma homenagem...GENIAL, à grande missão que é ser progenitor.
FuuunKtaaaaástico!!!!!!

Friday, February 6, 2009

O Drama, a Tragédia, o Horror...

Dr Funkenstein tem o prazer de apresentar o artista Sinistro Mauzoni! Designer, músico, D.J., criador e artista plástico, esta multifacetada personagem, tem contribuido singularmente para o panorama artístico da Beira Interior, nomeadamente Castelo Branco - o epicentro da "shock art". É com grande orgulho que apresento o autor e a sua obra (meu brother na vida real) em exposição desde 26 de Janeiro até finais de Fevereiro no Rock Café na capital do Interior - Castelo Branco. Recomendo vivamente uma visitinha e ... arrepiem-se por favor !!! Uma visita funesta ao Drama, à Tragédia, ao Horror.... I'll see you in Hell my Love!!!

Uma pequena viagem às portas do Inferno: http://www.youtube.com/watch?v=TuQgpvom_kI

Sunday, February 1, 2009

Second Life...

Hoje assisti ao filme português Second Life. Apesar da crítica, as expectativas que levava dissiparam-se a meio do filme. O cinema português começa a dar os primeiros passos a caminho da internacionalização e o uso do inglês com português à mistura é a prova disso. Infelizmente esta combinação nem sempre resulta, quando a meio dos diálogos explodem palavras em português e italiano, por vezes sem grande nexo tirando enfase às cenas e conduzindo o público a constantes ajustes, fazendo perder aquela sensação de envolvimento que pretendemos quando vamos ao cinema. Entre o elenco, fizeram parte vários actores de destaque dos grandes cartazes, contracenando com actores, ou melhor, pseudo-actores (apresentadores de Tv, manequins...), que pelo seu mediatismo, serviram apenas de isco ao grande público. O resultado: caras conhecidas mas sem grande carisma; gajas boas; sexo e drogas; alguns disfemismos (carvalhadas...); diálogos teatrais com recurso a clichês encenados e um argumento / história, que por ter sido paletes de vezes repetido em outros grandes filmes da sétima arte, sobretudo pelas bandas de Hollywood, não provocou aquele brainstorming à plateia, que pelo tema, merecia provocar. Um aspecto positivo a salientar, é a fotografia, com recurso a cenários e paisagens bastante interessantes, tornando algumas cenas cativantes sobretudo pela vista aérea. Foi pena o Ivo Canelas não fazer parte do elenco pois é um tipo com personalidade e que sabe dar um ar Hollywoodesco à cena nacional. Um actor Funky com certeza.
O tema implícito, reflexivo por natureza, nunca deixa de ser interessante pela forma como mergulha o público em auto-análises. O fundo da questão prende-se com as escolhas que fazemos ao longo da vida e que, em função delas, nos conduzem por caminhos completamente diferentes, experiências completamente diferentes, mas que no fundo partilham um destino idêntico. Será que vale a pena preocupações com os "se..." e continuar a chorar sobre o leito derramado!? A ideia de uma "segunda vida" é uma concepção daqueles que, por milhões de razões se sentem, por momentos ou constantemente, angustiados com o cenário das suas vidas. A "second life" não é mais que a "first and only life" de cada um, e que paira no subconsciente humano em forma de sonho, fantasia, revolta, medo e mais uma infindável panóplia de sentimentos ocultos provocados pelas experiências do quotidiano. A accção auto destrutiva do ser humano irá continuar enquanto existir humanidade e continuará a cavar as suas próprias fossas da frustração. Apenas os mais optimistas se vão safando pelos caminhos das boas vibrações e continuam a encarar a vida tal e qual ela é, com as consequência das escolhas e a inconsequência das vontades. A possibilidade da concepção "second life" consegue ser plausível unicamente e durante as fracções de tempo em que paira no cérebro a escolha que este irá tomar. 5...4...3...2...1...Ignition! E já está, não há nada a fazer! BOOM à "second life". Isto é a Vida, e mais nada, é o nosso destino. Arrepender-se, voltar atrás, ponderar, pedir perdão, fazer-se a alguém, flirtar, responder, ignorar, decidir...são sempre as primeiras da "first life". É que nem os gatos têm 9 vidas, mas os sacanas com o passar do tempo ficaram de certeza 9 vezes mais tesos que nós. Que o diga Darwin...
Mas no entanto que mania temos nós de fantasiar!... Mas ainda bem, porque o sonho comanda a vida e enquanto o fizer dá-me a possibilidade de criar fantasias mais rebuscadas, mais sensacionalistas, mais extravagantes...oh yeah baby, that's the way. E quem sabe, não possam ser um constante da vida, tão concreta e definida, como outra coisa qualquer. Antes pobre e alegre que rico e aventesma.
E hoje despeço-me à Cristiano Ronaldo: - Prontes, se for com Funk melhor né?! Nunca desisto dos meus objectives e pá próxima, espere cá estar outra vez! Podem largar os fogos!...

Friday, January 16, 2009

Friday...Just Funk! Entrei em cruise control...

...Fim de semana. Ponto final. Por entre um cigarro pensativo, percorro com um zapping cinco dias de memórias. Apesar de intensos, terminam com um final fora "daquele" tom. Clico no Track seguinte e fico à espera que o vibrating lounge do fim de semana (2+1) me fortaleçam o espírito...esse malvado estado. Comecei a baixar o volume, apesar das 2 horas que faltam para o fim da viagem semanal. O sinal da bateria acendeu e é hora de encostar à box. Energia Funk precisa-se! SOS Brown, Parker, J. G. Watson, Ayers, Clinton, Jackson, J5, P.Enemy, Bootsy & C.ª

Decidi o meu epitáfio: Entrei em cruise control...

Tuesday, January 6, 2009

Mais uma arma contra um “bicho” chamado Matemática!

De entre as disciplinas que faziam parte da minha lista negra enquanto estudante, a Matemática ocupava um lugar privilegiado. Hoje tenho a plena convicção de que a forma como eram abordados os conteúdos, não era a mais apelativa. A austeridade curricular instituída naquela época, transformava a Matemática numa disciplina de referência, reflectindo todo o rigor e frieza do seu ensino tornando-a elitista no rol das disciplinas curriculares. Para além deste aspecto também pesava a qualidade pedagógica do docente assim como a postura (rígida) perante os conteúdos. Por vezes foi traumatizante... Depois cresci e tornei-me professor! E gosto!
Hoje considero que a Matemática deverá ser injectada no “código genético da praxis académica” desde a mais tenra idade, a começar pelo jardim-de-infância e/ou 1º ciclo. A arte poderá ser um veículo importante para as primeiras aquisições. É através da arte, sob diversas expressões artísticas, (pinturas, literatura infantil, gravuras, música, etc.) que são identificados os primeiros conteúdos matemáticos. Utilizando o espírito crítico estão criadas as bases para o nascimento da matemática experimental. Destacam-se entre eles a identificação, a classificação de objectos, o sentido do número, a sequencialização, a geometria e noção das formas, as grandezas e medidas e a análise e organização de dados.
Não sendo professor de Matemática, e apesar das limitações que me são inerentes por natureza, reconheço cada vez mais importância na forma como são transmitidos os conteúdos. A forma como é explorado um conteúdo, utilizando o sentido lúdico e por vezes sensacionalista, cria no aluno uma certa inquietude tornando-se a Matemática um novo centro de interesse. Felizmente, é possível contrariar o ditado “burro velho não aprende…” E se o click surgiu tardiamente na minha vida, torcendo-se o pepino de pequenino, o resultado poderá produzir um aumento natural de alunos pensadores, críticos e calculista.
Deixo-vos uma proposta literária que poderá ser uma mais valia na exploração do mundo dos números a partir de um certo nível de ensino.
Malba Tahan é o pseudónimo de um escritor e matemático brasileiro já extinto, Júlio César de Mello Souza, que dedicou grande parte da sua vida ao ensino da matemática utilizando histórias da cultura oriental. O seu livro mais conhecido “O Homem que Calculava” , um dos meus livros de eleição, com tradução e edição em Portugal, está repleto de aventuras em cenários árabes, onde atractivas soluções a problemas de álgebra e aritmética nos fascinam e cativam. A personagem principal é um pastor com uma habilidade fora do comum para os cálculos, de seu nome Beremiz Samir, resolvendo problemas com grande talento e simplicidade. Por entre a Matemática envolvemo-nos em curiosos aspectos da cultura oriental, deliciosamente ornamentados por uma literatura simples mas atractiva.
E para que saibam, não só de afunkalhanços patetas vive este blog. A cultura também mora por estas bandas e é cool partilhá-la...

A saber, talvez numa Fnac perto de si!




Tuesday, December 30, 2008

2009 - Este ano é que vai ser!... com C.S.I. à mistura

Caros blogers, leitores casuais, curiosos, pesquisadores intencionais ou ocasionais, conhecidos, amigos e afins, quero desde já deixar o meu desejo de um Funktástico 2009 para todos. Sem hipocrisias. A sério! Mesmo, ok?! Porque faço minhas as palavras do grande Zé da Fruta: ESTE ANO É QUE VAI SER!
E se 2008 foi um ano bissexto, giro e tal, porreiro, passou-se..., como diz o mítico Roy Ayers ("Just things, and bees and flowers"- un hino ao funky lounge) 2009 vai ser "aquele" ano! É um feeling pessoal. Sim porque a profecia da desgraça proclamada por Sócrates nada me intimida, mas ainda me dá mais força pra dar a volta por cima. "Yes We Can!!!" Não vivo com o reflexo da política nem quero reger a minha vida pela conjectura que atravessamos mas confesso que me irrita solenemente. Para mim não passam de cromos com estatuto com recalcamentos de infância e origem no Cabo nas Tormentas, o bicho papão da nossa história que continua a provocar insónias a muita gentinha.
Também posso ser uma espécie de cromo, mas sou de uma onda bem mais positiva. E tu também és cromo(a)?! Se calhar também és e não sabes... Mas não há crise porque saber rir de nós próprios é uma grande terapia e há estudos que o comprovam. É com este espírito que deves enfrentar o Bicho Papão de 2009, sem medo e com o maior optimismo que conseguires reunir.
O velho 2008 foi um ano rico em cromos: os meus amigos, os meus colegas de trabalho, a minha família, os colegas de BTT, os cromos da TV (com um óscar para a Teresa Guilherme em Momento da Verdade, o programa mais decadente que já vi em Portugal), os cromos do governo (óscar para melhor filme de terror a Maria de Lurdes Rodrigues), os cromos da música (com uma menção honrosa da chunguice a Tony Carreira) e enche o Pavilhão Atlântico...sem comentários; entre outros. Para Barack Obama vai o óscar Funky!! Para bom entendedor meia palavra basta.
E é com cromos que me despeço, pois aqueles que me inspiram jogam todos em casa, na vila histórica de Mafra, que um dia certo escritor...já com uma grande viagem de elefante pelos caminhos da literatura, imortalizou em Memorial do Convento.
O DrFunkenstein irá continuar a dar cartas por esta paragens, com afunkalhanços à lá carte mas sempre em prol da filosofia Funkadélica. Em 2009 continuará uma nova saga de C.S.I. Mafra mas por estas bandas.
Feliz 2009, PORQUE ESTE ANO É QUE VAI SER!!...

E em 2009 não perder em TV Funkenstein :

C.S.I. Mafra - Cromos Sob Investigação


Thursday, December 18, 2008

Um Funky Natal para todos vós

O DrFunkenstein deseja a todos os um Funky Natal, cheio de brilhantina, lantejoulas, estrelas reluzentes, cor, bolas de espelhos e muito "groove" nos corações.
O Natal só faz sentido se houver alguma cena que ilumine a malta ao longo de um ano inteiro.
Não faz sentido ficarmos ofuscados com o brilho comercial do Natal apenas nesta época, se não houver algum brilhantismo individual em prol de alguma causa positiva ao longo de um ano inteiro.
Não faz sentido oferecer prendas se durante um ano inteiro não oferecemos sorrisos e empatias.
Não faz sentido ficar mais sensível agora se ao longo do ano fomos insensíveis.
Não faz sentido criar um ambiente especial se ao longo de um ano nunca se criaram ambientes especiais.
Para mim o Natal é todos os dias. Este ano tem um significado especial. Na minha vida existem 3 mulheres muito importantes (até nem é mau estar rodeado de mulheres...), e está para breve o dia de estreia de mais uma. O debut no palco da vida para a 4ª! Vai ser Especial esse dia de Natal apesar de não ser em Dezembro.
Aqui deixo um beijo muito especial para elas, que me vão contagiando todos os dias com o brilhozinho do Natal.
E nesta quadra natalícia deixo uma sugestão funky para preencher de boa música a época que atravessamos. "Funky Christmas" do lendário James Brown.




Saturday, November 1, 2008

Histórias de Vidas em Sketches (II)

Aqui deixo mais um sketch de inspiração hitchcokiana made por DrFunkenstein. Aterrorizem-se por favor...

O aviso

Era Domingo e a “família” estava reunida. Festejava-se mais um aniversário da matriarca do clã. Tinham combinado uma celebração de evocação à experiência e à sabedoria por mais um ano. Ao se encontrarem todos reunidos decidiram entrar. Um arrepio atravessou-me a espinha, como se de algo transcendente me quisesse dizer: Saiam!
Havia gente. Muita gente. Olhavam-nos de soslaio. Enquanto uns se refastelavam com a carnificina dos seres já inanimados, outros agoniavam enquanto eram encaminhados para a fila da tortura. O tempo era tortuoso e aguardava-nos sensações horríveis. Não consegui deixar de pensar no arrependimento que me invadia. Estúpido engano o nosso.
Mais alguns minutos eternos de espera até que aquela mulher nos faz o sinal. Éramos os próximos. Pensei que talvez fosse rápido, já não aguentava mais, apenas queria sair dali o mais rapidamente possível porque o cheiro era intenso, mas infelizmente aquele era um dia negro. Lá diz o dito: “Há dias de manhã, que um homem à tarde, não pode sai à noite.”
Fomos forçados a sentar-nos. 5 por metro quadrado como prisioneiros agrilhoados e apertados numa nau escravizadora do Portugal de outrora. O desconforto começara-se a sentir, os membros inferiores estavam como que acorrentados e os tóraxes começavam a sentir-se esmagados pela pressão à retaguarda por excesso de acomodações.
A mulher aproximou-se com cara de desprezo e deu-nos a escolher… Ah triste ironia, pois quem nos tinha escolhido tinham sido “Eles”.
Talvez pudesse ter sorte, mas não. Era uma autêntica roleta russa. As cartas estavam em cima da mesa e cada um aguardava com nervosismo o que irreversivelmente se poderia escolher naquele sítio horrendo, mesquinho e agoniante.
Observei os outros. Uma mulher já de meia-idade desconfortavelmente situada, visivelmente frustrada e arrependida por se ter deixado encontrar naquele lugar, olhava-me sofrida. Abanava a cabeça com um gesto de cumplicidade pela mesma desgraça pois partilhava connosco longos momentos de agonia. Entretanto, eis que alguém deixa cair dissimuladamente um bilhete em pedaço de papel gorduroso. Caiu-me no colo e quase como um reflexo fechei-o na minha mão. Fiquei apreensivo mas não me contive. Desenrolei o bilhete e dizia em letra trémula. «Saiam daqui agora. Ainda têm tempo. Isto não presta.» Fiquei perplexo e fitei os meus com ar de despreocupação. Fingi pois não lhes quis aumentar o pânico. Não mereciam nem mais um segundo de tortura.
O tempo consumia-se e mais dois idosos eram apanhados nas malhas daqueles velhacos e energúmenos. Fizeram-me pena, mas não havia nada a fazer…
Longos minutos depois, regressa a mulher do “Demo”. Traz consigo o que menos desejámos naquele sitio… Que seja rápido! – pensei. Só queria fugir dali e comigo levar os meus. Mas a tortura ainda não tinha acabado.
Ao abrir a boca uma sensação de frio e dureza atravessou-me o esófago, como se tivesse engolido um punhal. A insistência obrigou-me a repetir aquele gesto que se tornara um suplício até que finalmente e contrariando os carrascos, desisti.
Com um vazio no estômago e os olhos carregados de raiva, procurei outra saída. Desta vez um pouco menos agressiva. Com a faca tive que cortar. O desespero anestesiara-me e a dor psicológica era maior do que a impressão de espetar na carne. Cerrei os dentes e aguentei…
Já prestes a terminar aquele momento de tortura, consegui sair e com um pé fora da porta jurei a mim mesmo nunca mais me aproximar daquele sítio.

Tinha sido o pior bacalhau que já comera. Frio e duro, com cebola em cima para disfarçar a incompetência do cozinheiro. As batatas eram oleosas e escassas. Só a carne do lombo de porco mereceu uma pequena consideração. E o serviço…horrível. Uma mulher mal encarada com sotaque de leste e desajeitada com o serviço, quase nos obrigava a escolher o que tinha. Já para não falar do tempo de espera até me sentar e o tempo que aguardei pela comida.
Jurei a mim mesmo, que nunca mais voltaria àquele... restaurante.

Friday, October 31, 2008

Funky Halloween!!...ou Pão por Deus.

Frankenstein versus Funkenstein
Enquanto a tradição decorre, os putos lá vão com os seus saquinhos à caça do comercial "Trick or treat", que em bom português é o nosso Pão por Deus. O Halloween passa a ser a tradição cá pelo "rectângulo" à beira mar plantado. A origem da nossa tradição já passou à história entre os mais novos e deu lugar a uma tradição importada com aspectos de diversas partes do globo. A expressão Halloween (noite assombrada) provém da Irlanda e diz respeito a celebrações celtas onde no dia 31 de Outubro para 1 de Novembro se celebrava uma espécie de sabat de sacerdotizas (bruxas) de cariz oculto e pagão. A expressão viajou até aos States e entretanto começou a ser adulterada com objectivos comerciais. Existe também o paralelismo com as celebrações católicas do 1 de Novembro (Dia de todos os Santos e de Finados). E lá vêm as almas penadas dar mais uma vez o mote para o clima paranormal da cena. Em Portugal o Pão por Deus devido ao Terramoto de 1 de Novembro de 1755 (coincidência ou não...), onde milhares de desalojados procuraram nas zonas limitrofes a Lisboa, ajuda alimentar e outra, onde o chavão seria, suponho, "Pão por amor de Deus", passando a expressão Pão por Deus para a ribalta dos pormenores histórico-sociais. E a tradição continuou até chegar à minha infância onde também bati todos os cantinhos lá do bairro, carregado com um saco de coisinhas boas, graças aos mais generosos crentes na tradição.
É caso para dizer: "A tradição já não é o que era". Obrigado capitalismo...

Mas continuarei a dizer : FELIZ PÃO POR DEUS!

Sunday, October 26, 2008

Histórias de Vidas em Sketches (I)

Qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência. No entanto as personagens e as situações são baseadas em factos reais, com ficção à mistura com uma pequena dose humorística. Os temas são simplesmente situações que entram numa encruzilhada de aspectos baseados na realidade social vigente. Estes são alguns Sketches que irei publicar onde pretendo partilhar algumas ideias de um projecto que está em "standby" e que, quem sabe um dia, venha a ter pernas para andar...
A branca

Enquanto pseudo escritor, tenho passado algum tempo atrás de um computador, convencido por alguns… supostos momentos de inspiração, em criar textos. Textos auto reflexivos, textos humorísticos, irónicos ou lacónicos, textos da treta parecendo por vezes careta ou com linguagem irreverente parecendo um tipo muito à frente. Bem mas aquilo que quero hoje contar, bem aquilo que vos venho dizer é…pode-se dizer que… bem, é qualquer coisa como… (...










...) … Ups! Não estava nada à espera disto. Deu-me uma branca. Só um momento, já volto.

"Uma multa de merda"



Era já lusco fusco quando Gracinda Beijinho saiu de casa. Estava frio, mas o calor humano e amor que transmitia ao seu cãozinho era maior. A solidão era triste nesta idade e um animal de estimação preenchia uma grande lacuna emocional.
Hora das necessidades! Saiu de casa. Levava o seu canito pela trela enquanto que o maroto, regava aqui e ali, muros e recantos do passeio.
Gracinda Beijinho era uma velhota solitária, viúva. Era simpática e querida por todos lá no bairro. Já se arrastava mas não prescindia da voltinha diária ao fim da tarde, quase como um ritual obrigatório. Afável e respeitadora, nunca deixara ao abandono um presente mal cheiroso do seu Fiel mais que tudo.
Mas, naquele dia, quando se preparava para fazer desaparecer a prova do crime, eis que esquecera do bem dito saquinho.
Sentia-se culpada. As faces ficaram coradas de vergonha pois podia comprometer o seu sentido de cidadania. Desta e única vez, era inevitável.
Tremendo como varas verdes, a doce velhota, foi-se arrastando pela energia do cachorro, mas sempre com a desconfiança de ser vista. O seu reumático impedia que se deslocasse mais depressa.
Aproximou-se da porta de casa e quando estava prestes a entrar, o seu corpo debilitado estremeceu. Com um arrepio na espinha, sentiu-se apanhada como um rato.
- Desculpe senhora! Mas ali atrás reparei que foi algo descuidada e infringiu a lei da higiene pública. Blá, blá, blá… por isso, no cumprimento do meu dever vou ter que autuá-la. – interveio a autoridade...
Pobre Gracinda! Sem capacidade de argumento, nada pôde fazer, frente a um G.N.R. intimidador e calmeirão, com cara de poucos amigos.
No dia seguinte dirigiu-se ao posto e procedeu ao pagamento sem qualquer reclamação. 60 Euros, qualquer coisa como, um terço da sua reforma.
Saiu com a cara simpática que a caracterizava, mas com um sentimento de injustiça.
Ao atravessar a rua foi obrigada a deter-se, pois diante de si passavam 2 soldados de Cavalaria, montados em imponentes corcéis. É sabido que em algumas localidades, a G.N.R. patrulha as ruas a cavalo.
Avança dirigindo o olhar para o outro lado da rua e… quando dá mais um passo, sente o seu pé enterrar-se em algo macio, pastoso e quente. Tinha pisado três quilos de merda compacta de cavalo. Um monte de merda!
Atravessada por um sentimento de fúria, não conseguiu conter-se e solta:
- Meeerdaaaaaaa!
Nem uma resposta à sua indignação imediata. Sem que notassem o seu grito de revolta, as duas máquinas de cagar urbanas e seus “condutores”, continuaram em passo altivo e cínico, ecoando os cascos pela estrada de alcatrão por entre carros e peões...

Moral da história: Os cães ladram e a caravana passa.


Friday, October 24, 2008

Reflexão de fim-de-semana

Se um dia quiser desaparecer por sentir um enorme vazio dentro de si, vá comer! Pode ser fome. Isto não deixa de ser verdade...cada um só acredita naquilo que quer, ou então, nem acredita naquilo que gostava de acreditar.

E também há Fernandos quem um dia disseram:

"O único sentido íntimo das coisas é elas não terem sentido íntimo nenhum."
Fernando Pessoa



"E esta heim!"
Fernando Peça

"Mai nada!"
Fernando Rocha

Friday, October 17, 2008

Contrariedades

Do que é bom...desconfia-se...
Do que é mau...desculpabiliza-se...
Do que é banal....torna-se diferente...
Do que é normal...disseca-se...
Do que é vulgar...exagera-se...
Do que é invulgar...desvaloriza-se...
Do que é possível...desacredita-se...
Do que é impossível...confia-se...
Do que é hipotético...refuta-se...
Do que é comum...discorda-se...
Do que é certo...ignora-se...
Do que é óbvio...afasta-se...
Do que é adquirido...contradiz-se...
Do que é honesto...abstrai-se...
Do que é básico...argumenta-se...
Do que é sentimento...
Há quem viva de contrariedades, que, com o passar do tempo se tornam na essência mais realista da sua existência. Se a vida fosse tão bela e linear, e comparada a um estilo musical seria sem sombra de dúvida o Funk. Mas depois há o canto gregoriano; o jazz abstracto; a balada melancólica ; o heavy metal agressivo e o grunge com distorções à mistura... que numa combinação errada lá vão produzindo uma certa ondulação, que pelo andar da banda, vai ecoando destoada da batuta do maestro...


Sunday, October 12, 2008

Anhar ou não Anhar - Eis a questão!

Quem nunca experimentou a sensação de "Anhar", provavelmente não conhece uma das ocupações mais relaxantes, quer para o corpo quer para o espírito. Os fins de semana são as alturas ideais para o "Anhanço" e este foi especialmente um deles para a Funky family. E não é que é mesmo bom poder ficar na cama até mais tarde, sem horários para cumprir, sem rotinas para seguir! E mal te levantas, comes qualquer coisa (se for bom, melhor) e passas o resto do dia com os presuntos esticados naquele móvel celestial que se chama Sofá. Lá fora a chuva cai e a sensação de conforto aumenta. É então que o ambiente caseiro atinge uma dimensão de prazer único. Entre torradas, chazinhos e bolo de iogurte, o comando vai trabalhando constantemente na procura do canal certo. O Zaping consegue assumir função de desporto nomeadamente no desenvolvimento das articulações do polegar, o que já é qualquer coisita se me chamarem lambão. Sem dar por ela, queimam-se horas à imagem de minutos...
A actividade de Anhar já era por mim sobejamente conhecida à bastante tempo mas passar o fim de semana sem fazer pívia, sem o mínimo trabalho sabendo que tenho cenas importantes para adiantar, apenas passando categoricamente o tempo sem fazer puto, é simplesmente confortante para o body & soul. Cá em casa já nos consideramos praticantes de Anhanço e cada vez com mais intensidade. Esta prática intimista, ganhou consistência nas nossas vidas por intermédio de uma ilustre amiga que representa para nós uma Expert, uma Guru ou mesmo uma Profeta do Anhanço, já com um vastíssimo currículo nesse campo. Graças a ela esta expressão voltou a ganhar um sentido específico cá pelas ordes. Se em tempos pensaríamos que era uma mera perca de tempo, hoje alterámos completamento esse conceito dada a sua importância.

Mas como em tudo na vida, há o bom e o mau. Um mau Anhanço não será tão prazenteiro como um Anhanço com qualidade: num ambiente confortável, acolhedor, sem ruídos enervantes, um televisor generoso com uma lista interminável de canais, um bom filme de vídeo, uma boa aparelhagem, um sofá fofo e generoso de preferência com chaise long, temperatura ideal e petiscos a condizer. A chuva é nestes casos um envolvimento por excelência nesta prática. Estas são apenas algumas propostas para um Anhanço burguês, mas haverá com certeza outras propostas bem interessantes. O diálogo; o paleio; o sofismo; a trela; a conversa; essas trivialidades são imediatamente relegadas para segundo plano, pois podem interferir no reset que vai acontecendo ao nível cerebral.

E é assim meus caros, um post nada de especial a condizer com um tema dedicado ao nada de especial...

Anhar - o m.q. empatar (tempo); baldar-se; esticá-la; chonar; sornar; hibernar...

Wednesday, October 8, 2008

Instinto comum em naturezas diferentes...

O cão, o gato e o rato. De eternos inimigos em cadeia passaram a conviver unanimemente sem perseguiçoes. Apesar de poder haver uma educação nesse sentido, o resultado é simplesmente um apogeu à diferença Se eles conseguem nós também...deveríamos. Aqui fica um pequeno filme para reflectir.
A vida é feita de pequenos nadas, mas só os iluminados conseguem encontrar a paz na coisas mais simples. É aquilo que os transforma em grandes. E enquanto vivemos em disputas diárias sob o comando dos nossos gladiadores internos - os egos, não há lugar para o respeito, a harmonia, a partilha, a solidarieade... o reconhecimento sem retorno. É pena que num mundo onde somos pu... nunca deixará de haver disputas.

Saturday, September 13, 2008

Conta-me como foi...

Hoje foi daqueles dias em que inevitavelmente, fui forçado a recorrer às memórias. Começou o ano lectivo e mais uma vez, assisti àquelas cenas que certamente ficarão, tal como eu, na memória de muitos e muitas… a entrada pela primeira vez na escola, vulgo “primária”. Doces anos a meia dúzia! E é especial ver a kiducha da casa também no seu debut. É lindo!
É sempre um momento especial poder observar as caras daqueles minorcas. Uns cheios de entusiasmo enquanto outros de pânico numa combinação perfeita com os respectivos progenitores. Lá se vão arrastando para as salas atrás daqueles que, ao longo de 4 ou mais anos vão ser os seus mestres, amigos, pais, guarda-costas, guias ou ainda… babysitter (pena é que cada vez a cena se repita com mais frequência.)
Ao contrário de há 30 anos atrás os petizes assemelham-se mais a bebés em ponto grande, carregados com pilhas duracell mas sem o necessário controlo de autonomia na programação a que foram sujeitos, antes de serem lançados no mercado. Antigamente a malta saía de casa já com a lição estudada antes de entrar na escola. “Porta-te bem ou levas no focinho, e ai de ti que tenha que ir à escola!” ouvia eu quase todos os dias. E não é que resultava mesmo! Quatro anos depois, estava pronto para a vida. O verdadeiro artista! A “querida” e distinta professora era soberana e a partir daí estávamos à mercê de sua majestade, sem caganeirices. Agora os professores (uma espécie de reprogramadores de miúdos no início de vida escolar) têm pela frente uma tarefa bem mais complicada. Há que ir aos livros de programação, aferir escrupulosamente os passos a seguir e incutir um novo software com várias funções básicas tais como: conseguir ficar sentadinho durante mais de 10 minutos; não interagir com os colegas buzinando constantemente os ouvidos do stôr; evitar fazer xixi nas calças, meter o dedo no nariz ou fazer queixinhas para chamar a atenção. E há aqueles que ainda nem sequer sabem limpar o rabiosque, já para não falar em comer com talheres ou limpar os beiços cheios de chocolate depois de comer o gorduroso Bolicao ao intervalo. Meus amigos, garanto-vos que a tarefa não é fácil. Também um dos problemas que um professor tem que enfrentar, é aturar os paizinhos. Este capítulo exige uma formação especial já que o burgo assume-se como uma das maiores ameaças à qualidade do ar que se respira nas escolas. Sobre este assunto, um conselho é “no mercy” aos progenitores galinha. Aquela guerra é só minha e mais nada! Trata-se de “savoi faire”, ou um espécie de pressão psicológica ao estilo do “Silêncio dos Inocentes”. -Eh lá o gajo é duro, parece que sabe controlar a cena! – dizem os pais já resignados com a sorte do filho, mas já desarmados pelos limites impostos. Mas sempre antes isso que mole, o que dava azo a umas manipulações birrentas dos papás. É que começar com uma derrota em casa a coisa fica difícil pró resto do campeonato. E não é preciso ser nenhum guru da educação ou um Eduardo Sá (des)iluminado para constatar estas cenas vulgares do sistema. Hoje a psicologia é palavra de ordem nas escolas. E se as avaliações psicológicas dos pequenos ditadores se encomendam tal qual os pedidos de um movimentado restaurante da city, também seria recomendável fazê-lo aos fabricantes das peças… A verdade dos factos baseia-se sempre na origem das causas.
Contudo, e felizmente, posso dizer convictamente que os professores são melhores, mais ecléticos, mais atentos, mais capazes, mais interactivos, mais justos e muito mais funcionais. Mas como não há bela sem senão também são mais burocratas, mais resignados, menos cúmplices entre colegas, mais escravos do marketing das editoras e das marcas, mais acorrentados ao sistema. Os tempos são outros é verdade, mas porque tive uma infância “resmas” de feliz num ambiente bairrista da capital da beira baixa, não consigo deixar de me desprender deste saudosismo de época que vai e volta ao sabor dos tempos. Enquanto durar irei sempre ver esta doce imagem, com retratos de inocência e ternura que me iluminam os olhos atentos e continuando a sentir o ensino não apenas com rectidão, mas sobretudo com o coração.

Monday, September 8, 2008

(Des)articulações da (des)educação

Antes de mais, cumprimentos funkinianos a todos. Cá estou eu novamente, após uma longa pausa de férias e de início do ano laboral, no meu caso, ano lectivo. E enquanto por aí andei de lés a lés por terras lusitanas e assim o orçamento o permitisse (sim, porque vida de professor é difííííííícil), algures num castelo assombrado ministerial, se apurava um doce veneno, a servir aos servos da terrível bruxa má de seu nome Lurdes “maquiavélica” Rodrigues. Confesso que o entusiasmo não foi o mesmo de anos anteriores, e o que faço por paixão há 9 anos não deixa de o ser. Mas é com amargura e raiva interior que me embrenho nos meandros do sistema, onde (apesar do inegável valor dos professores na luta por esta nobre causa) repugna-me o sabor traiçoeiro do veneno que é a Avaliação dos professores neste molde. E não é difícil aperceber-se do nervosismo e da insegurança que paira no ar. É uma missão ingrata quer para avaliadores quer para avaliados, até porque existe demasiada cumplicidade entre colegas nas escolas e agrupamentos, alguns de uma vida de ensino. Nada será impossível, apesar das premissas picuinhas e arrogantes, que estão implícitas na avaliação de desempenho dos docentes.
Como se não bastasse, agora a nova palavra de ordem cá no sítio é ARTICULAÇÃO. Ele é porque temos que articular as actividades umas com as outras, articular currículos, articular anos de escolaridade, articular disciplinas, articular decisões entre grupos, articular interesses, etc, etc, etc. Há uns anos atrás a palavra da moda era INTERDISCIPLINARIEDADE. É o uso da terminologia implícita na evolução do ensino em Portugal no seu melhor. Isto a mim cheira-me a provocações ao trabalho de quem ensina, vindo dos senhores das secretárias na obrigação de produzir mais uns decretos, uns artigos ou uma leis completamente desadequadas a uma sociedade remendada, onde os modelos de outros países se copiam sem critério e sem escrúpulos. Não nos tomem por parvos pois temos consciência destas terminologias e sempre trabalhámos nestas bases, de acordo com os recursos, os meios e os indivíduos ao longo de anos, sempre atentos a mudanças favoráveis e actualizações constantes. Não nos façam sentir estúpidos pois todo este parlapiê não nos intimida nem nos desmoraliza.
Hoje caminhamos num túnel sem luz, desarmados de convicções, como uns verdadeiras marionetas articuladas ao sabor de um governo que usa a educação de forma superficial. Um verdadeiro showbizz de sensacionalismos aos olhos dos menos esclarecidos. Inventam-se “Magalhães” e softwares com verdadeiras negociatas de grande escala, tudo em nome do progresso e das novas tecnologias... Se for para facilitar a vida aos profs, é por os putos atrás do portátil com o software adequado e os gajos aprendem sozinhos. Se calhar assim há mais tempo para perder com a dita avaliação, pois o tempo bem empregue é passado a preencher resmas de papéis. Relatórios de avaliação de tudo e mais alguma coisa, relatórios para salvaguardar o rabo dos ataques da legislação, relatórios para descargas de consciência, relatórios para retirar apoio pedagógico a alunos que disso dependem para progredirem, relatórios que ninguém lê e que no fundo irão parar ao arquivo morto. Parece-me a mim que hoje em dia o professor passa a ser o centro da educação e não o aluno. Se não fossem os constantes ataques ministeriais a esta classe não haveria tanto medo, tanta angústia e tanta necessidade de cada professor construir o melhor "abrigo" que puder e souber…E logo o sinismo e a hipocrisia se fizeram convidados.
Aqui manifesto o meu profundo desagrado pela utilização da arma mais mortífera que um governo, à imagem de uma Europa desigual, utiliza para desmantelar as classes estruturais de um povo, A ESTATÍSTICA em nome da ECONOMIA.
Articuladamente falando, desejo um bom ano lectivo com muita mobilidade nas “articulações”, de preferência sem rupturas, entorses ou fracturas de um sistema que, de certeza, não passava num detector de metais de um aeroporto, pois está cheio de agrafos e de parafusos de platina…

Monday, July 14, 2008

A Vida é feita de pequenos Nadas...

Por trás de toda a complexidade da vida, existe escondido algures, um pequeno mundo de coisas simples. Estaremos nós tão ofuscados com a dinâmica infernal de existir, que nos bloqueia a capacidade de valorizar o que é simples? E porque nos deixamos perturbar tão facilmente quando, ao de leve, somos confrontados com as nossa próprias atitudes ou comportamentos?
A própria sociedade nos torna assim...inseguros, hesitantes, confusos, hipócritas, fúteis. As pequenas coisas essenciais à vida entraram numa "era glaciar". A essência da vida encontra-se ameaçada mas nada está perdido. Nada é irreversível se cada um de nós, com pequeninos gestos for contribuindo para esse mundo utópico, que assim o deixaria de ser...num ápice.
E é com a ajuda do grande Gabriel O Pensador que termino este post. Uma mensagem simples e simplesmente genial que ilustra o Funk da vida.
Está a ver?

Estás a ver o que eu estou a ver?
Estás a ver estás a perceber?
Estás a ouvir o que eu estou a dizer?
Estás a ouvir estás a perceber?

Eu tenho visto tanta coisa nesse meu caminho
Nessa nossa trilha que eu não ando sozinho
Tenho visto tanta coisa tanta cena
Mais enbaquitante do que qualquer filme de cinema
E se milhares de filmes não traduzem nem reproduzem
A amplitude do que eu tenho visto

Não vou mentir pra mim mesmo acreditando
Que uma música é capaz de expressar tudo isso
Não vou mentir pra mim mesmo acreditando
Mas eu preciso acreditar na comunicação
Mas eu preciso acreditar na...
Não há melhor antídoto pra solidão
E é por isso que eu não fico satisfeito
Em sentir o que eu sinto
Se o que eu sinto fica só no meu peito
Por mas que eu seja egoísta
Aprendi a dividir as emoções e os seus efeitos
Sei que o mundo é um novelo uma só corrente
Posso vê-lo por seus belos elos transparentes
Mudam cores e valores mas tá tudo junto
Por mas que eu saiba eu ainda pergunto

Tás a ver a vida como ela é?
Tás a ver a vida como tem que ser?
Tás a ver a vida como agente quer?
Tás a ver a vida pra gente viver?

Nossa vida é feita
De pequenos nadas

Tás a ver a linha do horizonte?
A levitar, a evitar que o céu se desmonte
Foi seguindo essa linha que notei que o mar
Na verdade é uma ponte
Atravessei e fui a outros litorais
E no começo eu reparei nas diferenças
Mas com o tempo eu percebi
E cada vez percebo mais
Como as vidas são iguais
Muito mais do que se pensa

Mudam as caras
Mas todas podem ter as mesmas expressões
Mudam as línguas mas todas têm
Suas palavras carinhosas e os seus calões
As orações e os deuses também variam
Mas o alívio que eles trazem vem do mesmo lugar
Mudam os olhos e tudo que eles olham
Mas quando molham todos olham com o mesmo olhar
Seja onde for uma lágrima de dor
Tem apenas um sabor e uma única aparência
A palavra saudade só existe em português
Mas nunca faltam nomes se o assunto é ausência
A solidão apavora mas a nova amizade encoraja
E é por isso que agente viaja
Procurando um reencontro uma descoberta
Que compense a nossa mas recente despedida
Nosso peito muitas às vezes aperta
Nossa rota é incerta
Mas o que não incerto na vida?

Tás a ver a vida como ela é?
Tás a ver a vida como tem que ser?
Tás a ver a vida como agente quer?
Tás a ver a vida pra gente viver?

Nossa vida é feita
De pequenos nadas


A vida é feita de pequenos nadas
Que agente saboreia, mas não dá valor
Um pensamento, uma palavra, uma risada
Uma noite enluarada ou um sol a se pôr
Um bom dia, um boa tarde, um por favor
Simpatia é quase amor
Uma luz acendendo, uma barriga crescendo
Uma criança nascendo, obrigado senhor
Seja lá quem for o senhor
Seja lá quem for a senhora
A quem quiser me ouvir e a mim mesmo
Preciso dizer tudo que eu estou dizendo agora
Preciso acreditar na comunicação
Não há melhor antídoto pra solidão
E é por isso que eu não fico satisfeito em sentir o que eu sinto
Se o que sinto fica só no meu peito
Por mais que eu seja egoísta
Aprendi a dividi minhas derrotas e minhas conquistas
Nada disso me pertence
É tudo temporário no tapete voador do calendário
Já que temos forças pra somar e dividir
Enquanto estivermos aqui
Se me ouvires cantando, canta comigo
Se me vires chorando, sorri

Tás a ver a vida como ela é?
Tás a ver a vida como tem que ser?
Tás a ver a vida como agente quer?
Tás a ver a vida pra gente viver?

Nossa vida é feita
De pequenos nadas


Thursday, July 10, 2008

"Abram alas para o pequeno Funkenstein ..."

É com muito orgulho que venho publicamente congratular o pequeno espermatozóide "Funkenstein". A última semana foi verdadeiramente rica em emoções e bons feelings.
A ti meu querido, parabéns! Nesta épica corrida pela vida foste o mais rápido, o mais forte e o primeiro...a entrar. Seja como for já és um vencedor!
Espero ancioso por ti, assim como a tua funky family, little sister e bela mamã. Sejas como fores, (ele ou ela), irás contar sempre com a asa protectora do DrFunkenstein, em todos os momentos da tua vida. O Big Dady cá estará pra te guiar pelo Funk da vida, numa viagem preenchida de muitos e bons momentos. Que o Funk esteja sempre contigo, pois o manto de amor que te irá envolver já está pronto pra te receber.

Monday, July 7, 2008

Funky Team BTT no Alentejo sem lei...

A Funky Team Extreme BTT de Mafra (de verde ao centro) teve o prazer de ser patrocinada pelo Blog DrFunkenstein. O evento de XC "competitivo" mas não profissional, decorreu no dia 5 de Julho denominado de "4 Horas de resistência de Tolosa" (Nisa-Alentejo). Apesar do calor extremo participaram cerca de 40 equipas, desde participantes em categoria individual ou até 3 elementos no máximo. A Funky Team Extreme BTT participou com uma dupla conhecida do Oeste (Rui em Merida Carbon Team e Jonas em Specialized Epic Carbon) e contabilizou 9 voltas a um circuito de cerca de 11 km rolantes mas com algumas subidas traiçoeiras e descidas técnicas, alcançando a 9ª posição da clasificação geral. Nada mau pra quem dedicou toda a tarde a pedalar em alta intensidade com intevalos de descanso individual de cerca de 28 minutos de média, o que revela algum sacrifício e espírito de equipa por uma paixão comum que são as Bikes Todo Terreno. A dupla está de parabéns!


Fica também uma saudação especial aos camaradas do Oeste que alinharam com as camisolas da Bicigal e que entraram na boa onda de convívio aliado à competição.


É importante salientar o apoio da claque de serviço (a funky family) que se aguentou firme durante a grande "seca" numa tarde tórrida, em terras alentejanas. O ambiente da animação foi o típico da região, com música de Quim Barreiros pra animar, a mini fresquinha, as zangas entre os bêbados da casa presentes e os mirones do costume. Em termos de música ambiente só tenho a dizer que no final fiquei com uma grande azia nos ouvidos, pelo motivo de terem passado pelo menos 20 vezes o conhecido hino da bimbalhada "O bacalhau quer alho" e "A garagem da vizinha"...


No final o balanço foi positivo. Depois de uma tarde a afunkalhar em cima da bike, a fiel companheira na procura de adrenalina, e sempre a bombar com o groove nas pernas, posso dizer que a satisfação foi enorme...





A dupla da Funky Team Extreme BTT Mafra
Frases do dia:

"Poucos mas bons";

"Quem corre por gosto não cansa";

"Não é dor, é paixão",

"A dor é momentânea, mas a "satisfação" é terna..."

Aqui fica um cheirinho da última subida do percurso em direccão ao campo de futebol onde eram feitas as transições e a chegada. Sempre a abrir...

Wednesday, July 2, 2008

O medo de hoje, a realidade de amanhã...Diesel-10 euros o litro

Se há coisas que acho ridículo é a persistencia do governo em abstrair-se da actual situação do preço dos combustíveis. O nosso Estado é um estado masoquista, pois adora asfixiar-se com as próprias medidas. Auto alimenta-se com os impostos dos combustíveis, IVA, e outros, mas no entanto asfixia as suas células (povo) tornando-as incapazes de suportar a forma de vida a que estão sujeitos. E prevê-se que o agravamento seja contínuo e assistiremos assim à morte de um povo por doença prolongada... Antídoto precisa-se!! Não será a baixa de preços um estímulo para a nossa economia, ou continuaremos eternamente escravizados por lobies e ditadores ocultos de fato e gravata.
Eu já comecei a pensar seriamente nesta situação e provavelmente a utilização do automóvel será um luxo daqui a uns tempos. Só mesmo pessoas abastadas o poderão fazer. Ainda havemos de chegar ao extremo de entrar em cenas ao estilo do filme "Mad Max" com Mel Gibson, onde se lutava ferozmente entre paisagens desertas e remostas, com veículos improvisados, por umas gotas do tão precioso combustível.

A lei da Selva irá emergir... ou estaremos nós a ser governados por primatas? Pensando bem a evolução da espécie ainda está no início e o reino dos "homens inteligentes" ainda está para vir.O melhor é começarem a pensar comprar uma boa bicicleta e fazer uns treinitos regulares. Porque subir a Calçada de Carriche, o Castelo de São Jorge, ou a Serra de Sintra não é para todos... E a Natureza agradece.