Som da semana: Funke'n'stein - That's Funk!!

Tuesday, June 28, 2011

And the Funk rules... Obrigado George Clinton!

Olá Funkateers, Funkeiros, Funkadélicos, Funkadictos e todos os discípulos do Planet Groove. A Casa da Música foi palco de um momento histórico. O grande guru do Funk, George Clinton acompanhado da super trupe Parliament / Funkadelic "incendiou" a plateia com a loucura necessária pra se viver o espírito do Funk. O velho "dinossauro" continua a impor o seu respeito em palco como figura incontornável da nossa onda. Não tão vivaço como nos tempos aureos de 70 e 80 (com o apoio da cadeirinha) mas ainda conseguiu contagiar-nos com a mensagem. A mensagem do verdadeiro Dr.Funkenstein que nos faz pintar o mundo e abraçar o universo numa comunhão de boas energias, as "good vibes". Um dia Clinton referiu que, se pudesse mandar no mundo "todos os dias seriam como o primeiro dia de primavera". Eis a beleza e o explendor que só o Funk sabe transmitir de forma tão colorida e única.
O ambiente foi aquecendo à medida que o "show" ia fluindo e o público se ia soltando. (Há que referir que o Funk ainda é um "puto" no nosso país... precisa crescer e amadurecer.) 
Mesmo em frente ao palco estava eu a vibrar como que ligado a uma corrente em alta voltagem. Os sons, as músicas, os ritmos, as vozes das babes do coro, as paragens, os ritmos... tudo estava instalado na minha cabeça e pronto a "explodir". É com isto que vivo; é com isto que nasci. É pra isto que fui feito...afunkalhar. A emoção de estar a metros do Guru foi o delírio. Pelo menos para mim que ainda por cima o cumprimentei, mano a mano quando o público entrou de assalto no palco numa epifania metafísica de Funk a abrir. Fuuuuunnktástico! 
O alinhamento poderia estar mais completo e preenchido (ficava ali mais 3 horas...), mas conseguiu dar um cheiro dos grandes hits tais como Knee Deep (logo a abrir), passando pelo mítico hino We Want the funk, Atomic Dog, o poema arrepiante a solo Dope Dogs, um dos momentos altos da noite e no final um estonteante solo quase interminável do guitarrista Michael Hampton (que com o barrete dos Super Dragões) deixou os presentes com os cabelos em pé e um sorriso de orelha a orelha. Simplesmente sublime! A família Clinton trouxe também a palco os netos do mestre, que deram o ar da sua graça. Netos de peixe já sabem nadar e nesta família é importante deixar o legado em boas mãos.
Uma das surpresas da noite foi Mary Griffin, convidada de Clinton, que deixou muitos sem palavras com a sua poderosa voz num Blues bem  condimentado.
O ambiente em palco fo a expressão visual da imagem do Funk: cor, burlesco, sexualidade, provocação e estilo. Os "outfits" trouxeram reminiscências de há 3 décadas com as fardas militares de intervenção do baixista Billy "Bass" Nelson, o estilo rockeiro (uma das influências dos Parliament) da guitarrista Shaunna Hall, a imagem à "pimp" do grande vocalista e tubarão de palco Gene Anderson, os fatos provocadores das meninas do coro que cantam que se fartam; o super bailarino Carlos McMurray de calças brancas felpudas e um físico de verdadeira Sex Machine do Funk como imagem de marca. A cereja no topo do bolo, a inigualável presença da grande atração, o Big George que ainda dá show com 7 décadas de existência mostrando-se um verdadeiro capitão do "love boat do Funk".

Gene "Poo Poo Man" Anderson
Tenho assistido a bom Funk e espero continuar, mas posso dizer que DrFunkenstein cumpriu o desejo de ver, ouvir e cumprimentar o "one and only" Dr. Funkenstein. Um concerto verdadeiramente cool e desconcertante. Único! Até uma próxima folks.

Super "Dope Dog" Funkadelic George Clinton

À saída, ainda tive oportunidade de conhecer pessoalmente o vocalista e funky man - BFUNKOFFATERIUS Bruno Matos, dos Funkoffandfly (ver foto em baixo). "Hey brother, fico à espera de um convite para o próximo concerto ok?! Be Funk, be Funkoffandfly!"

Eis algumas fotos:
Carlos "Sir Nose" MacMurray, o sexy dancer
Mary Griffin: Funktásticamente boa
Kendra Foster, a menina "rebelde" que canta e encanta. Esteve detida em 2001 numa troca de tiros, a doida!! Ó pra ela! Só faltava o Superfly ou o Steve MacQueen e o filme estava feito... A malta do Clinton é mesmo assim.
Na guitarra: The Blue Dragon Michael "Kidd Finkaledic" Hampton com Rico Lewis na bateria
A roliça Patricia Walker ,  Kim Manning, a diva de branco e Paul Hill.

À saída: Bruno Matos (Funkoffandfly) com  a lenda Billy "Bass" Nelson (original Funkadelic).
Um momento para a história, antes que o brother se escapasse!
Um encontro entre "brothers" do Funk, com papeis distintos. Bruno, alegra essa cara man!
Funk for the world

Thursday, June 23, 2011

George Clinton na Casa da Música. YEEEESSS!!!

Brothers and sisters,  «I love this guy». O guru do Funk vem a Portugal. Sexta em Loulé no Med Festival (festval de músicas do mundo) e sábado, 25 de Junho na Casa da Música no PORTO, onde DrFunkenstein (eu - o clone) vai estar, numa espécie de retiro funkadélico em busca de uma epifania extradimensional de Funk, groove e boa música. O big show será às 10:00 na sala Suggia. A casa da Música irá transformar-se na "Mothership" onde também entrarei a bordo numa viagem pelas galáxias do FUNK.  
Confesso que já estou cheio de adrenalina e comecei a contagem decrescente...
Brevemente, a reportagem integral. Até lá Funkadélicos!!! Funk you!


in casa da Música
"GEORGE CLINTON (PARLIAMENT/FUNKADELIC)


Em ano dedicado aos Estados Unidos, a presença de uma figura-chave do funk é um ponto alto da programação da Casa da Música. George Clinton foi um dos maiores inovadores desta linguagem, a par de James Brown e Sly Stone, e fundou as célebres bandas Parliament e Funkadelic nos anos 70 "





We want the funk...

Tuesday, June 21, 2011

Eu gosto é do Verão!...

Calor, sol, uma praia tranquila e caipirinhas. Alguns ingredientes de sucesso para levantar a moral das tropas, desgastadas por um ano de trabalho ingrato.
O sol do verão chegou (vamos ver até quando…) e continua a fazer a sua missão de biliões e biliões de anos: pintar a paisagem de brilho. E, à imagem de um famoso ilusionista, fazendo levitar tudo o que é orgânico num milagre repetido da mãe Natureza.
Mas deixemo-nos de devaneios epistemológicos acerca do funcionamento deste pequeno órgão do Universo.
Por esta altura começo a dar comigo numa espécie de frankenstein social. O cansaço, a desmotivação e a rotina tomam contornos grotescos. O trabalho mesquinho, o stress caseiro e a hipocrisia mundana fazem o resto, acelerando o processo de activação deste “monstro interior” que, por esta altura, procura desesperadamente sair das catacumbas do quotidiano em busca de uma lufada de ar fresco que lhe acalme o espírito insatisfeito. Esse, sou eu! Um apaixonado fervoroso pela vida e de tudo o que a possa pintar de forma esplendorosa.
Nem sempre é fácil consegui-lo. Falta sempre aquele ingrediente especial que torna aquele momento único, enfim, positivo.
Em cada caminho que percorro, não deixo de procurá-lo, de forma incessante, quase obsessiva, pois sei que por trás de uma qualquer sombra, ele está lá, pronto para se revelar e ser agarrado.
Consigo comparar esta atitude à procura desenfreada de uma droga, da qual já não consigo abdicar. Nem sempre e fácil encontrar coisas boas na vida, basta esperar. Pacientemente. A droga que vos falo é a aquela que provoca as boas vibrações. Quimicamente preparada para assaltar o cérebro “a cavalo” numa endorfina ou numa dopamina, sob a forma de um gesto iluminado. Às vezes sorrisos também contam. Já para não falar das palavras mágicas que conseguem fazer “o meu dia”, numa conspiração de boas ondas. Ou não será esse o propósito da vida!? A procura de momentos felizes.
Muito se tem especulado sobre o que é a vida. Donde vimos e para onde vamos, blá..blá..blá. Descodificar os mistérios da existência nunca foi nem será tarefa consensual. Pessoalmente também tenho a minha teoria. Penso que a vida não é mais do que um aglomerado de experiências que a memória «ainda» retém. Assim, não há vidas boas nem vidas más, mas sim existências que, ao serem relembradas, nos derrubam ou nos levantam, nos alegram ou nos entristecem, nos enganam ou nos ensinam. Afinal, a vida não passa de uma IDEIA que se encontra em prisão perpétua nos labirintos do cérebro e que à mercê do seu carrasco, se vai transformando em amargura ou felicidade.
O meu baú da felicidade está bem guardado numa ilha longínqua algures na costa do cerebelo. E tenho o meu próprio mapa, que até não é assim tão difícil de decifrar. Basta ter a sensibilidade necessária para perceber que o itinerário marcado, leva precisamente ao sítio onde está o baú, de quem o lê.
Por agora, resta-me esperar que o dia D chegue para que “me and my folks”, numa espécie de desembarque da Normandia à portuguesa, descarreguemos as tralhas algures numa costa qualquer. Quiçá sem caipirinhas, mas de papo para o ar recebendo a preciosa oferenda da mãe Natureza, o sol do Verão.

Até à próxima!
DrFunkenstein

Thursday, June 16, 2011

I'm hungry for more!...

A vida não se mede pelo número de vezes que respiramos, mas sim pelo número de vezes que ficamos sem fôlego.
Já passei por bons momentos de apneia. Já despelotei taquicardias e até me aventurei em situações de cortar a respiração. Já fiquei com os pelos arrepiados, os cabelos em pé e a pele de galinha. Já suei as estopinhas, já fiquei embasbacado, fiquei branco como um fantasma e muitas vezes corado. Umas vezes fiquei assustado, outras fui de peito inchado. Numas deu-me tesão, noutras...desilusão!
Também já parti a matar e cheguei a morrer. Lembro-me de sorrir muitas vezes. Gritei, berrei, perdi, rezei, rejubilei, venci, odiei, amei, ouvi... jurei. Mil sensações perdidas num saco cheio de nada ao lado do saco quase vazio cheio de tudo: a renovação permanente do grande objetivo. O big fish(...)
Citando Anthony Bourdain "I'm hungry for more!" Espero estar apenas no aperitivo e poder saborear o que a vida me reserva no prato principal. Quanto à sobremesa, é indiferente. Posso comê-la antes ou depois e em qualquer lugar desde que servida à mercê dos desejos. A espera pela refeição perfeita costuma ser longa, mas o prazer pode ser eterno...
O tamanho da árvore da vida é aquele que não se vê.

Thursday, June 9, 2011

Juízo final...

DrFunkenstein apresenta: « Juízo final ». Uma visão obscura de um dos lados... o obscuro. Quem não o tem! Cada um tem o seu mas pode estar em estado latente. Pra vosso bem, encontrem-no. Dominem-no. Antes que seja tarde de mais.
(com som de Seu Jorge, do album "Almaz" - clicar no botão)

Tuesday, June 7, 2011

Colheita de 1976...a minha!!

«Funky adicts» está na hora de saborear, degustar, absorver e deleitar-se com um pecaminoso groove - colheita de 76.
Produzido e interpretado pelo guru do groove, Stevie Wonder. Em português Stevie "Maravilha"!!!
E digam lá se não é mesmo uma maravilha!
Boa semana e boas vibrações.


 

Sunday, June 5, 2011

Caçadores de sons...

Esta semana descobri por acaso:
RUI GATO – Portugal (Sound Artist)

«De música, Rui Gato já fez de tudo um pouco: spots publicitários, filmes, websites, além de composições originais e pós-produção. O seu trabalho no àrea de sound design inclui variados projectos sonoros, entre eles a última instalação na ExperimenteDesign09 no Jardim de Santos.
A integração entre música e arte também é traço forte da sua experiência, que possui trabalhos de produção musical para obras e exposições.
Ex-participante na edição da Red Bull Music Academy 2003 na cidade do cabo na África do Sul.
Em 2009 esteve entre os 10 artistas internacionais, seleccionados por curadores independentes a inaugurar o projecto mundial inédito Red Bull House of Art.»


Este artista, literalmente um caçador de sons, capta os mais bizarros sons que nos envolvem e que apesar de os conhecermos nem damos por eles. O trabalho de composição e sonoplastia faz o resto. Desde sons mórbidos, melancólicos, tristes, longínquos, confusos ou mesmo alucinados (perfeitos para uma sessão de trips...) tudo é possivel. Não passa muito pelo groove, uma vez que a electrónica poderia preenchê-los com a nossa cena, no entanto é uma boa experiência para quem quer relaxar e esvoaçar noutra dimensão. A dimensão das viagens sonoras, numa verdadeira tripe sinestésica. Neste tipo de performance há ainda a possibilidade de ouvir "palavras dançantes" (poesia) que voam ao sabor dos sons. Um verdadeira experiência Funky.

Para saber mais clica e passar um bom bocado num mundo de experiências sonoras, visita o site aqui.
Não te esqueças de colocar os auscultadores, de preferência, e acender um cigarro divertido...   ;)

Para uma experiência ao vivo :
16 Junho

Quinta-Feira
"Palavras e Coisas", com Rui Gato
(Tertúlia)
Teatro-Cine de Torres Vedras » TCcafé
mais informações clica

Thursday, May 26, 2011

Linha de produtos DrFunkenstein

Amigos funkys, DrFunkenstein irá lançar brevemente uma linha de produtos com motivos, imagens e cenas relacionadas com este Blog e toda a onda funk. As T-shirts, bonés, blocos de notas, canecas e porta-chaves já estão na calha. Brevemente iremos publicar o aspeto gráfico da nossa cena funk com vários modelos disponíveis. Depois, caso haja interesse em adquirir algum produto, basta enviar um mail com o pedido o qual merecerá a nossa melhor atenção. Asta la vista!!!

Tuesday, May 17, 2011

Quác!

Era uma vez um homem que vivia farto da complicada vida que levava. Foi dar um passeio e sentou-se à beira de um lago. Viu um pato que nadava tranquilo nas águas calmas e pôs-se a observá-lo. Pensou para si: « Que inveja. Também eu gostaria de viver assim - nadar tranquilamente na água cristalina, alimentar-me descansado, dormir sereno e não ter de pensar em coisas inúteis e complicadas. Gostaria de ser como um pato bravo.»
E nisto, entusiasmado com o seu devaneio, começou a tentar comunicar em linguagem de pato. Grasnou, grasnou e grasnou. «Quác, quác, quaáaaac!! Ó patinho» 
Imitou a linguagem de pato tão bem que o pato se virou para o homem e lhe disse em linguagem de humano: « Tenho pena que não saibas mergulhar e permanecer algum tempo debaixo de água. Quác! Cuidado!»
Segundos depois o homem cai ao lago com um chumbo no rabo, vindo de não se sabe donde. Desapareceu nas profundezas do lago... 
Tinha começado a caça aos patos e o pato, esse, ainda continua vivo e com orgulho em ser pato.

Louis Pasteur disse um dia: No campo da observação, a chance favorece somente as mentes preparadas."
____________________________________________________
Moral da história: O propósito que a mãe Natureza confere a um ser, está muito mais além do que um simples e insensato parecer. Há homens, patos e patos muito Homens.  

Uma Funktástica semana e um abraço especial para uma "bomboca" feita com um recheio muito especial que dá vontade de esborrachar e comer  ;)
«I am wat I am»



Tens razão Chaplin, "a vida é uma tragédia quando vista de perto, mas uma comédia quando vista de longe."

Sunday, May 1, 2011

Saiu-me pela boca...

Por vezes, caímos no erro de teorizar demasiado as emoções; quando nos emocionamos, derrubamos abruptamente a maior das teorias.

E já agora, é provável que a palavra  «abruptamente» ganhe finalmente um sentido mais vigoroso e há muito merecido, com o novo acordo hortográfico. Lia-se «abrupta» e passará a ler-se «à bruta» com a queda do "p", ou estarei a confundir... eh eh  ;)

DrFunkenstein feat. R.B.

Tuesday, April 26, 2011

A nova revolução...do FUNK: LINK

25 de Abril já era. Hoje, 26 de Abril, DrFunkenstein lança o mote para uma nova revolução...a revolução do Funk em Portugal. Já por aqui passou o melhor do Funk da língua de Camões (Cool Hipnoise, Ed Mota, Funk Como Le Gusta, Funkoffandfly e tantos outros  que povoam a música de notas com alma e com o melhor do groove. Pra quem anda na onda, são autenticos orgasmos cerebrais...)
E como não podia deixar de ser, mais uma estreia aqui no palco virtual, no Funky blog: LINK nome pela qual é conhecido Rui Vieira, (os Ruis sempre em cima ;) DJ e produtor no meio do hip-hop nacional, estreia-se agora a solo com o FUNKTÁSTICO album «Long Play» onde o funk entra a matar com o melhor das vozes nacionais tais como: o incrível Dino, o fantástico NBC, o fabuloso Milton, o virtuoso New Max ou a brilhante Marta Ren

Ele quer uma Chance, ela também. Nós queremos uma Chance, o país quer uma Chance e precisa de uma Chance, todos querem uma Chance e eu também.
Óra tomem lá, que esta é para todos!...



E agora embrulhado em papel de veludo... só pra elas


Até à próxima e Funk You!!! Visitem este LINK.

Thursday, April 14, 2011

Mouseland - terra de ratos (um retrato bem atual do nosso país)

Se há histórias que não passam disso mesmo -  histórias, há histórias que ainda não passaram há história. Não são nada mais do que a história retratada e reeditada numa história, cujo enredo nos parece tão familiar que até assusta.
Ao terminarem o filme animado, façam o obsequio de me chamar tendencioso. é que vamos indo pra barlavento ao sabor do sotavento, mas mantenho-me firme no meu posto de vigia...a bombordo, com a esperança de não ver o barco afundar, pois já sinto água pelos joelhos...

A fábula Mouseland (em português: "Ratolândia") foi inicialmente contada por Clarence Gillis e mais tarde popularizada em discurso por Tommy Douglas, líder dos partidos políticos Co-operative Commonwealth Federation (CCF) e de seu sucessor New Democratic Party (NDP), ambos social-democratas, na província canadiana de Saskatchewan. A fábula expressava a visão do CCF de que o sistema político canadiano estava viciado,  pois oferecia aos eleitores um falso dilema: a escolha de dois partidos, dos quais nenhum representava seus interesses e vontades.
Na fábula, os ratos (o povo canadiano) votavam nos gatos negros (Partido Progressivo Conservador) e depois de algum tempo descobriam o quão difícil suas vidas eram. Depois votavam nos gatos brancos (Partido Liberal) e assim ficavam alternando entre os dois partidos.
Um dos ratos tem então a ideia de que os ratos deveriam formar seu próprio governo. Este rato é acusado de ser um bolchevique (comunista) e é preso. A fábula termina com a "moral" de que é possível prender o rato, mas é impossível prender a sua ideia.


Para bons entendedores, as imagens falam por si, apesar das legendas em castelhano.

Friday, April 8, 2011

Amanhã...vai ser outro dia



Amanhã vai ser outro dia! - diz o Chico


Mas hoje, era o amanhã de ontem...


E agora Chico, quantos amanhãs passaram
pelos ponteiros do relógio,
pela tela negra da noite,
pela cor verde que deram à esperança,
pelo azul celeste que pintou os sonhos.


Mas ontem, também era o amanhã que prometeste...


Pois claro Chico,
o amanhã é o hoje!


E já foi o ontem
e será o um dia.


Pois claro Chico,
amanhã, é apenas mais um apelido
do grande nome que tem a Vida.


É isso Chico!
Amanhã,
é simplesmente o nome
mais bonito que alguém pode querer desejar.
Amanhã... vai ser o melhor.

R.B.

Saturday, March 19, 2011

Dia do pai...

Todos os dias deveria ser celebrado o Dia do Pai,
o dos filhos, o da criança,
o do Amor, o da esperança.
O da música, o do verdade,
o da mãe, o da saudade...
Ser pai é simplesmente Funktástico. Mas hoje só é o dia do pai, porque existes.
A minha homenagem a todos os filhos porque sem eles não haveria Dia do Pai nem da Mãe.
Obrigado por afunkalharem o nosso dia, quando chegamos mortos a casa, depois de um dia trabalho. Obrigado por afunkalharem o nosso sossego e a nossa privacidade. Obrigado por afunkalharem o nosso sistema nervoso com as vossas birras e reclamações de atenção. Obrigado por afunkalharem as decisões sobre a vossa educação e cavarem trincheiras entre nós. Obrigado por nos afunkalharem a carteira com os vossos pequenos caprichos. Obrigado por nos afunkalharem com preocupações quando estão tristes. Obrigado por afunkalharem e despejarem as vossas tralhas pela sala e tudo quanto é canto, fazendo parecer o desembarque da Normandia. Obrigado mesmo por nos afunkalharem a vida, com a vossa alegria, a vossa originalidade, a vossa energia, a vossa personalidade e a vossa ternura, tornando-a muito mais preenchida.
Porque a vida sem este Funk não era a mesma coisa!...

Stevie Wonder também nos deixou o seu contributo com este "super hino à paternidade" na altura em que aderiu ao clube. :)

Friday, March 11, 2011

«Feminas» in (memories)

Músicas do coração, músicas com história, músicas com alma, músicas de sempre e para sempre...












Thursday, March 10, 2011

O contador de histórias

Roberto Carlos Ramos, Palestrante Motivacional http://www.robertocarloscontahistoria.com/roberto.asp


"Roberto é Pedagogo, Mestre em Educação pela Unicamp, Pós-Graduado em Literatura Infantil pela PUC-MG, membro da Associação Internacional dos Contadores de Histórias e Valorizadores da Expressão Oral Mundial, sediada em Marselha (França). Em 2001 foi eleito como um dos dez maiores contadores de histórias da atualidade em Seattle, nos Estados Unidos.
Essa postura positiva perante a vida, com força de vontade e coragem para enfrentar desafios, o qualificou como palestrante de renome internacional. O contador de histórias já proferiu palestras em grandes empresas do Brasil e Estados Unidos.
Em busca da motivação e lição de vida do ex-menino de rua, empresas como a Petrobrás, a Cenibra, a Companhia Vale do Rio Doce, Gerdau do Brasil, Belgo Mineira, O Boticário, Grupo Votorantim, Skol, Godyer, Ipiranga, Fiat, OAB e Sebraes de várias regiões passaram a convidá-lo para falar aos funcionários. Também foi convidado a falar ao Presidente da República durante o governo Itamar Franco.

Entre uma e outra história, Roberto Carlos mostra com bom humor que é possível superar as dificuldades mesmo quando são grandes. Roberto Carlos trabalha com a motivação para fazer com que as pessoas se sintam capazes de mudar as próprias vidas e encarar desafios de forma positiva para superar os obstáculos.

Algumas palestras de Roberto Carlos:
Pedagogia do amor
Dedicada aos pais e educadores, a apresentação aborda o tema “A Pedagogia do Amor”, com relatos da infância e da educação que Roberto Carlos recebeu, ambas marcados por fatos peculiares.
O tema aborda vários aspectos da motivação, de como se pode chegar a um resultado educacional favorável estimulando as crianças por meio da educação emociona. Essa palestra tem como princípio a confiança e o resgate do humanismo no processo do ensino."

A vida deste «mestre» do conto e do uso da palavra, deu um filme de grande cariz pedagógico e não só. Uma história simpes mas apaixonante que retrata a sua vida.

"Contador de Histórias, filme de Luiz Villaça baseado na vida do mineiro Roberto Carlos Ramos, é a história de como o afeto pode transformar a realidade.
Caçula entre dez irmãos, Roberto desde cedo demonstra um talento especial para contar histórias, transformando, com a narrativa, suas próprias experiências de frustração em fábulas cativantes.
Aos 6 anos, o menino cheio de imaginação é deixado pela mãe em uma entidade assistencial recém criada pelo governo. Ela acredita estar, assim, garantindo um futuro melhor para seu filho.
A realidade na instituição é diferente do que se promovia pela propaganda na TV; e Roberto, aos poucos, perde a esperança. Aos treze anos, após incontáveis fugas, ele é classificado como ‘irrecuperável’, nas palavras da diretora da entidade.
Contudo, para a pedagoga francesa Margherit Duvas (Maria de Medeiros), que vem ao Brasil para o desenvolvimento de uma pesquisa, Roberto representa um desafio. Determinada a fazer do menino o objeto de seu estudo, tenta se aproximar dele.
O garoto em princípio reluta, mas, depois de uma experiência traumática, procura abrigo na casa de Margherit. O que surge entre os dois é uma relação de amizade e ternura, que porá em xeque a descrença de Roberto em seu futuro e desafiará Margherit a manter suas convicções.
O Contador de Histórias foi rodado em Belo Horizonte, São Paulo, Paulínia e Portugal. A atriz fraco-portuguesa Maria de Medeiros (Pulp Fiction, Henry & June, Capitães de Abril) interpreta Margherit. Roberto Carlos é interpretado pelo atores Marco Ribeiro (6anos), Paulinho Mendes (13 anos) e Clayton Santos (20 anos). Denise Fraga assina a produção com Francisco Ramalho Jr.. "

Fonte: warnerbros

Ver site do filme aqui



Uma recomendação DrFunkenstein!!

Wednesday, March 9, 2011

O outro lado

O outro lado, é um lado que também existe apesar de tantas e tantas vezes o ignorarmos... O outro lado é o lado inevitável dos lados. É como o dia para a noite, a morte para a vida. Viver apenas num dos lados é limitar a nossa existência àquilo que apenas conhecemos, sentimos, vimos, ouvimos e pensamos. É um lado autista, como que fechado numa concha e enterrado a 10 metros de profundidade nas areias salgadas do Mar Morto.
Mas, o outro lado, pode estar tão acessível como meter a mão ao bolso e é nos, tão óbvios, mas pouco suspeitos dos sítios, que nunca esperamos encontrar algo que nos surpreenda e faça descobrir uma perspectiva diferente na nossa. Uma espécie de miopia emergente que coloca a quilómetros de distância o que está a um palmo do nariz. Com o andar da carruagem, vão despontando como ervas daninhas, ideologias alimentadas pela visão turva, que se degladiam em nome de crenças próprias face à «frente das evidências».
Compreender e conhecer o outro lado é essencial para se aprender a conhecer bem o seu. O grande e verdadeiro "segredo" das coisas está do outro lado do pano, nos bastidores, sem maquilhagem, sem adereços, sem truques, apenas com a simplicidade e a igualdade que o caracteriza e que é comum aos do que estão do lado da plateia. Afinal, a  vida é uma questão de pontos de vista onde o que faz sentido é a pluralidade, a diversidade, a igualdade, a fraternidade e a tolerância, onde o reduto das coisas simples é a fonte de uma vida sã. Sejam felizes! Sejam Funky!
E há falta de visão, recomendo a MultiÓpticas que está a fazer descontos de acordo com a idade ;)


O outro lado pode estar mesmo ali em frente e ser... o mesmo.


O outro lado da rua from hugo ferreira on Vimeo.

Monday, March 7, 2011

E tu, és resiliente?!

«Resiliente». Ser ou não ser, eis a questão. DrFunkenstein ajuda-te a descobrir. Entra nesta onda e flui. Flui para longe, muuuuito longe.  Sê resiliente, sê FUNKY!



Thursday, March 3, 2011

FunK - alimenta o espírito

«Os últimos dias não foram propriamente psicadélicos, extasiantes, nem tão pouco excitantes.» Hmm?! Lá vêm os ecos de um alter ego que anda por aí a tripar sem pedir licença e me encosta à parede. É certo que nem sempre ando sintonizado com o meu caleidoscópio sensorial que volta e meia me profana a fleuma e me transforma num John Travolta dançando o Stay in alive. Mas porra, o que  se há-de fazer!? Os momentos que nos deixam de rastos levam-nos a pensar que só estamos na Terra de passagem, e isso é inevitavelmente bom, se pensarmos que não temos assim tanto a perder, quando a consciência é assaltada pelos "piratas das profundezas". Se não os consegues vencer, junta-te a eles.
Que empiece la revolución
O carnaval aproxima-se e  eu já fiz as minhas escolhas: vou de Che Guevara com uma boina negra à Vitorino ou de Bob Marley... Por onde quer que vá e veja descontentamento, sobretudo em zonas sociais afundadas pelo fascismo, vejo estes símbolos da revolta. Os símbolos de descontentamento universal manifestados sobretudo na sub-cultura underground, à imagem de um espírito convicto que carrego desde a nascença... 
Cada um ostenta as cicatrizes da sua história. Umas, da guerra das escolhas que dura uma vida, outras, apenas de contemplações de factos que nos vão espicaçando a sensibilidade todos os dias. Enquanto isso, vou gravando nestas conversas sérias, monótonas...sinistras, cenas de um quotidiano que, apesar de ser deliciosamente cativante, também é ácido quanto baste. Mistura-se tudo num refugado de ingredientes que vou recolhendo aqui e ali e cozinha-se em lume brando até lhe sentirmos o gosto e perceber, escancaradamente que lhe falta o ingrediente principal. É claro que não o vou revelar aqui, isso arruinaria a receita do chefe. Sugiro que cada um o descubra por si, mesmo que aos olhos dos outros não combine. Há coisas que nunca imaginei que combinassem, mas apesar de tudo, combinam. É a verdadeira força da Natureza Humana na sua mais refinada atuação. Eis o verdadeiro valor da diversidade, apesar de, particularmente, adorar as coisas simples. Como alguém disse um dia, "elas são o último refúgio de um espírito complexo".
Mantenham-se sintonizados na onda do FunK! Abraço Funkadélico e alimentem o espírito.

Saturday, February 26, 2011

BE-DOM vs STOMP...a funky drumers batle

Se há uma palavra que consegue ligar estes dois fantásticos grupos de percussão  é: RITMO. Uns são nacionais, os outros da terra dos Cangurus. Be-Dom o projecto nacional mais funky a  nível de percussão com objectos improvisados, bem à imagem dos inigualáveis STOMP, é uma excelente amostra de qualidade, improviso, show e boa onda. Garantido!  
Eis um trecho do Promo-DVD deste peculiar e bomboástico grupo de percussões tuga,  à la carte & on the street.

Be-dom


VsStomp

Sunday, February 13, 2011

A ilusão: uma provocação necessária

«A ilusão é o primeiro de todos os prazeres.»
Oscar Wilde

Dizer que o  "foi tempo perdido" a fazer algo de que não produziu o resultado esperado é claramente uma questão de frustração à priori. Talvez devamos começar por inverter essa ideia e supor que a inocuidade de um acto é já por si só um acontecimento muito importante. Não aconteceu nada, mas estar em sintonia com  a passagem do tempo já acarreta algum dinamismo... isto, segundo os parâmetros históricos e cronológicos da ciência. Aproveitar cada segundo para fazer história, ou a vossa própria história. E como neste preciso momento não tenho nada de interessante para fazer, irei perder propositadamente o meu tempo a fluir em pensamentos ou melhor, em conversas comigo próprio em jeito de monólogo,  mas num verdadeiro exercício de devaneio mental à procura de respostas sem perguntas. Se por acaso alguém ler estas palavras e se questionar " este tipo ou é parvo, ou não tem mesmo nada que fazer ou então, há por ali algum desvio, uma perturbaçãozinha psiquiatrica... Há vagas no MiguelBombarda?!) " (Isto, pensado com aquele arzinho arrogante com uma certa fleuma inglesa). Mas o mais divertido da cena é precisamente isto, a provocação
Quantos de nós nos erguemos pela manhã e ligamos o interruptor da ilusão que nos ilumina o caminho do dia, ou da noite no caso de se ser guarda nocturno. O mais interessante é precisamente acordar com esse espírito de aventura, o de embarcar no bote da ilusão. Aquele que nos faz acreditar que um estado de felicidade está na outra margem e nos acena com um lenço de tule transparente. Subscrevendo as palavras do meu amigo Oscar, a ilusão é mesmo o primeiro de todos os prazeres. Acreditar no desejo; acreditar no outro; acreditar no tempo; acreditar nas coisas; acreditar na natureza das coisas, acreditar nos acasos, acreditar em mentiras (diariamente vindas dos sofistas do governo), querer acreditar que nos sairá o euromilhões... Sobretudo acreditar em si próprio. Tudo o resto deverá passar para segundo plano, com todas as consequências que isso trará: a frustração, a expectativa falhada, o desvio, o recalcamento, a frieza do sentimento, a desconfiança, a vingança, a traição, o bloqueio, a raiva. Para gaudio dos psicólogos, psiquiatras, terapeutas e mais uns quantos vasculhadores de mentes "dementes", é o delírio, o climax. "Venha a nós a vossa loucura, seja feita a nossa vontade! Ahahahahahahah! (riso maléfico).
E pronto, acabei a minha sessão  autoterapeutica pra me ir esquivando desta cambada que mencionei em cima. Uma dose comprimida de escrita sem prescrição, de venda livre e às claras. Experimentem, que o Funk é mesmo bom!
Termino com uma adaptação funkiniana para reflectir: "Acreditar ou não acreditar, eis a questão. "

Até breve...

Saturday, February 12, 2011

Democratizar...a religião

Ao contrário do Islamismo, o Catolicismo continua a "oferecer" material  de forma gratuita e tolerante,  àqueles que fazem da paródia ou do humor, uma arte democrática. Ainda bem que não passa da caricatura de um mero Papa e não de uma figura divina cujo nome rima com Café...

Friday, February 11, 2011

O escritor de epitáfios

A hora do conto

Era uma vez um homem que gostava de pintar mosaicos. Mosaicos de sabores, de cores, de sentimentos, de experiências bizarras, de partilhas, de cheiros, de paisagens e de tudo o que para ele poderia ser diferente, mesmo que não o fosse...
Era uma vez um homem que achava enervante os enervantes...
Era uma vez um homem que quando falava,  pescava à bomba num rio...
Era uma vez um homem que ostentava com orgulho as cicatrizes da sua história...
Era uma vez um homem que pensava um dia ser realmente livre quando a sua reputação fosse por água abaixo...
Era uma vez um homem que pedia conselhos ao passado para compreender o presente e enfrentar o futuro...
Era uma vez um homem que sabia ouvir a monotonia de uns, sabia envolver-se no entusiasmo de outros e sabia abraçar as causas de tantos...
Era uma vez um homem que carregava uma mochila, a qual ia enchendo de coisas por onde passava...
Era uma vez um homem que percorria labirintos e trocava impressões com quem por ele passasse...
Era uma vez um homem que sabia ser um lugar de passagem...
Era uma vez um homem que fazia refrescos com os limões que a vida lhe dava...
Era uma vez um homem que entendia as artes moribundas e reinventava-as...
Era uma vez um homem que afirmava que a maior parte das vezes que se vê uma luz ao fundo do túnel, é um comboio a vir na nossa direcção...
Era uma vez um homem que ensinava os outros a falar dos elefantes que tinham escondidos na sala...
Era uma vez um homem que sonhava  a vida e vivia nos sonhos...
Era uma vez um homem que colecionava sorrisos...
Era uma vez um homem que se orgulhava de possuir o maior tesouro do mundo...
Era uma vez um homem que fazia laços da grossura de um camelo que segura um navio...
Era uma vez vez um homem que consumia simplicidade para lhe aumentar a adrenalina, era a sua dependência, um vício descontrolado, uma espécie de desporto radical da mente...
Era uma vez um homem que preferia desejar que querer...
Era uma vez um homem que vivia nas poesias, passeava pelos contos e descobria-se nas fábulas...
Era uma vez um homem que gostava de escrever e imaginar coisas onde mais ninguém conseguisse chegar. Um dia tornou-se um grande escritor... da sua própria vida, e finalmente conseguiu matar todos os seus desejos. Por isso, intitularara-se a si próprio de «o escritor de epitáfios», mas morreu feliz. Os desejos bons, ficaram registados e perpetuados em lápides singulares com frases dignas de memória. Os maus, esses, também.
Era uma vez um homem que não era um deus. Era também e apenas um homem.

R.B.  - DrFunkenstein

Tuesday, February 8, 2011

O elemento

Todos os dias me pergunto se serei capaz de "capturar" o meu Elemento. A chave para a resolução do enigma que é a minha própria existência. Acredito numa espécie de sensibilidade clandestina que faz parte de mim, incondicionalmente. Íntima, profunda, companheira, que me transporta nesta aventura que é o desejo da alma. Mas por vezes também é perversa e opressora...aos olhos dos que só vêem com os olhos. Sei que ainda não consegui povoar para além da minha pequena aldeia de habitantes e admiradores incondicionais, outros horizontes. Talvez longínquos, ou quiçá estarão por detrás do monte que vislumbro sempre que levanto o olhar e contemplo o futuro que me acena, mesmo ali à frente... Não sei! Só o meu Elemento o dirá, seja em forma de sorte, de talento, de vontade ou de coragem e determinação, para nunca deixar de o procurar. Irei continuar a minha missão realizando as tarefas que me couberam quando um dia, sem esperar, as descobri durante uma conversa privada com o meu Eu: amar, respeitar, ensinar, acreditar, escrever, contar, sonhar, pecar... mas sobretudo Viver, comandado pela mesma vontade de sempre, a de exprimir as convicções do coração.
R.B.

"Por vezes, esquecemos as extraordinárias capacidades de imaginação e criatividade com que nascemos. Quando isso acontece, é hora de redescobrir o nosso Elemento: o lugar onde fazemos aquilo que queremos fazer e onde somos aqueles que sempre quisemos ser."

"Sermos bons em alguma coisa e termos uma paixão por essa actividade é essencial para encontrarmos o Elemento. Mas não é suficiente. Essa meta depende fundamentalmente da perspectiva que temos sobre nós próprios e sobre os acontecimentos da nossa vida. O Elemento também é uma questão de atitude."
Ken Robinson
(uma referência mundial em educação e criatividade) Um Elemento Funkenstein concerteza!!


Wednesday, December 22, 2010

Quero uma vida em forma de espinha

Quero uma vida em forma de espinha
Num prato azul
Quero uma vida em forma de coisa
No fundo dum sítio sozinho
Quero uma vida em forma de areia nas minhas mãos
Em forma de pão verde ou de cântara
Em forma de sapata mole
Em forma de tanglomanglo
De limpa chaminés ou de lilás
De terra cheia de calhaus
De cabeleireiro selvagem ou de édredon louco
Quero uma vida em forma de ti
E tenho-a mas ainda não é bastante
Eu nunca estou contente


BORIS VIAN
Canções e poemas

Parece-me a mim que uma grande questão da humanidade é não saber distinguir os contentes dos descontentes...

Tuesday, December 21, 2010

...coisa e tal. Crónica de uma reflexão

A década que vamos concluir foi para muitos uma amalgama de emoções. Talvez para outros nem por isso. O que é certo é que o número de "bombistas suicídas" que há em nós tem vindo a aumentar. As explosões de emoções desenfreadas sem controlo são na maioria das vezes, responsáveis pela desarmonização entre as gentes. Se Damásio reformulou o pensamento de Descartes duma forma construtivista "Se sinto e existo, logo penso" ou uma coisa do género..., porque não uma pequena reflexão sobre o assunto?! Talvez o problema esteja no  próprio medo de pensar nas coisas e ser traído pelos pensamentos. O apego à área de conforto continua a impedir a clarividência dos bons propósitos.
Continuo a defender a auto-reflexão regular e a dissecação dos nossos actos num pequeno e inofensivo acto íntimo, de vez enquando. Eu sei que a consciência, essa libertina promíscua do tempo, nos trai e engana enquanto o Diabo esfrega um olho. Tranforma-nos em fantoches articulados sem consciência numa passerelle de medos, enganos, dúvidas, dramas e subterfúgios. E o pior, são representações escancaradas mal disfarçadas por manipulações dilatórias servidas em travessas frias e mal compostas. E tudo isto, porque as emoções pesam mais nos comportamentos que a razão.

Antagonismos e coisa e tal

Eu coisa e tal
Tu coisa e tal
E o nós?
Tão bem que ficávamos num casulo, numa nóz.
Se tu coisa e tal
Então eu coisa e tal
E os dois?
Tão bom seria dançar no antes e no depois.
Mas eu sou coisa e tal
Porque tu coisa e tal
Mas já fomos!
Que raiva, que desconsolo
porque raio coisa e tal
é aquilo que somos!?

Monday, December 13, 2010

Neste Natal ofereça Soul...

DrFunkenstein tem o prazer de apresentar esta grande surpresa da Soul portuguesa de seu nome Aurea. Uma bela alentejana que já cá canta e encanta vinda de Santiago do Cacém (bela terra) no blog da boa onda. E lá vem a inevitável frase: O que é nacional, é bom!
Se ainda não sabes o que oferecer este Natal, oferece a "alma" de AUREA e deixa-te embalar ao ritmo da soul.



"Detentora de voz poderosa e cativante, apesar dos seus 23 anos, Aurea tomou de assalto as ondas hertzianas nacionais com o single de estreia “Busy (For Me)”, que faz parte do alinhamento do seu álbum de estreia, homónimo, lançado a 27 de Setembro de 2010.
Aurea tem a voz do tamanho do mundo e a sua música também não conhece fronteiras. O talento de Aurea para cantar é inato e um dom que não escolhe qualquer um. No entanto, a ajuda da família (que desde sempre esteve ligada à música) foi fundamental no fortalecimento dos laços afectivos por esta área artística.
A frequência no curso de Teatro da Universidade de Évora foi o despertar de Aurea no sentido de uma carreira musical. Juntamente com Rui Ribeiro, estudante de música naquela escola, Aurea ressuscitou um sonho há muito adormecido e que havia sido substituído momentaneamente pelos estudos teatrais. Rui Ribeiro foi o responsável pelas letras dos 9 temas originais deste álbum, um registo pop/soul mas com várias nuances de diversos estilos musicais. Tal como Aurea, este trabalho é musicalmente eclético. A produção deste disco esteve a cargo de João Matos e Ricardo Ferreira. A este último coube também a direcção musical, juntamente com Rui Ribeiro.
As influências desta alentejana de Santiago do Cacém, que residiu muitos anos no Algarve, vão de Aretha Franklin a Joss Stone, passando por John Mayer e Amy Winehouse, estendendo-se a James Morrison e Zero 7. Mas Aurea quer reclamar o seu lugar no mundo da música. E se há alguém que pertence a esse mundo com todo o mérito é ela.
“Busy (For Me)” marca a toada deste primeiro registo, contagiante e eclético, que tem na voz de Aurea o seu fio condutor. Para fruir, mais ou menos lentamente, mas sempre intensamente. " no My Space
Para saberes mais clica aqui.

Saturday, December 11, 2010

Uma mensagem de Natal

Bem sei que já era tempo de lançar aqui umas palavras salteadas, às rodelas, com aqueles temperos que te fazem esboçar sorrisos, levantar o sobrolho ou até quem sabe, fazer-te balbuciar um « está bem!...» sensaborão. Sim, falo precisamente contigo que estás a ler isto neste momento, sejas tu quem fores.
Não é por falta de tempo nem de vontade mas se alguém conhecer o que é a falta de paciência e criatividade que lance a primeira pedra. Uma espécie de cansaço da época, como algumas frutas. Tenho andado à deriva no mar das palavras à procura duma ilha onde atracar com o meu barco de ideias. Às vezes parece que tenho um furo no casco e quando penso que é desta, já se esvaziou e se depositou nas profundezas. Pouco resta para escrever...
Deves estar a pensar que estou a atravessar uma crise existencial. Não! Nada disso. Nem me sinto na obrigação de ter que debitar coisas engraçadas para entreter quem vier ou para exacerbar o meu ego de pseudo-escritor que até, há quem diga, que escrevo umas coisas giras.
O certo é que a quadra que se adivinha continua a martirizar-me o sub-consciente desde o dia em activei o consciente, era eu um catraio... e sou invadido por um misto de sentimentos cruéis que se degladiam entre o mundo das trevas e o reino dos céus. O bem, que paira no ar e contagia o espírito das gentes mas com prazo de validade, veste o seu fato de cordeiro com design bíblico e lá vai harmonizando o trato de quem se cruza e faz questão de partilhar o seu desejo de Feliz Natal enrolado em papel de embrulho amarelo. O mal, esse, ao menos não provoca tanta estranheza já que o vejo todos os dias e não o consigo evitar. Talvez seja a minha luta e a de muitos, na procura de uma arma secreta que lhe subtraia as forças. Provavelmente está mesmo à mão de semear mas parece-me que o sentimento de vergonha e conformismo colectivo se tem apoderado da situação.
Não fazer nada ou simplesmente lançar-se no abismo da inevitabilidade deixa-me inevitavelmente, enjoado. Mas porque raio continuamos a tropeçar em "vacas sagradas" nos campos do cinísmo pastoral?
O Natal devia celebrar o nascimento do ímpeto pró-activo em cada um de nós ao longo de todos os dias do ano e não, never, no way, pero no coño o oportunismo comercial que nos deixa angustiados numa corrida contra o tempo em busca de remédios para a consciência disfarçados de presentes. Mas temos pena!...
Mas não quero deixar a ideia que sou um ogre alheio a este espírito. Sou um sentimentalão convicto e até porque se cruzou na minha vida uma bela mãe Natal que me convidou para um presépio ao vivo. Com ela vieram duas duendes que fazem com que a minha caverna seja calorosamente agradável, enfeitada com um pinheirinho verde carregado de bolas, bonecos simpáticos e laços de ternura. E são estes laços, tricotados com o mais fino e puro dos sentimentos que me empurram para a fábrica do Pai Natal e para que na noite de Natal, me reconforte o facto das minhas princesas estarem seguras e protegidas do mal, brincando felizes e contentes com aqueles brindes que a sorte lhes trouxe enquanto o bolo Rei ainda vier recheado.

Felizes dias! Antes, durante e depois do Natal.
(R.B.)